A
COGNOSCIBILIDADE (CONHECIMENTO) DE DEUS
Será que podemos realmente conhecer a Deus?
Quanto de Deus podemos conhecer?
1. Se pretendemos conhecer a Deus, antes
é necessário que ele se revele a nós.
a.
Paulo
diz que o que podemos conhecer sobre Deus está claro às pessoas “porque Deus
lhes manifestou” (Rm 1.19).
2. Quando falamos do conhecimento
pessoal de Deus, que vem pela salvação, essa ideia fica ainda mais explícita.
Disse Jesus:
a.
“Ninguém
conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a
quem o Filho o quiser revelar” (Mt 11.27).
3. A necessidade de Deus revelar-se a
nós também se percebe no fato de que o pecador interpreta erroneamente a
revelação de Deus encontrada na natureza.
a.
Portanto,
precisamos das Escrituras para interpretar corretamente a revelação natural.
b.
Por
conseguinte, dependemos da ativa comunicação divina nas Escrituras para
alcançar verdadeiro conhecimento de Deus.
4. Como Deus é infinito, e nós, finitos
e limitados, jamais poderemos compreender plenamente e exaustivamente a Deus.
a.
Diz
o salmo 145: “Grande é o SENHOR e mui digno de ser louvado; a sua grandeza é
insondável” (Sl 145.3).
b.
Jamais
seremos capazes de medir ou conhecer plenamente o entendimento de Deus:
i. É imenso demais para que o igualemos
ou entendamos.
c.
Assim,
podemos conhecer algo do amor, do poder, da sabedoria, etc., de Deus.
i. Mas jamais poderemos conhecer
completa ou exaustivamente o seu amor.
ii. Jamais poderemos conhecer
exaustivamente o seu poder.
iii. Jamais poderemos conhecer
exaustivamente a sua sabedoria, etc.
5. Essa doutrina da incompreensibilidade
de Deus tem muita aplicação positiva para nossa vida.
a.
Significa
que jamais seremos capazes de conhecer “demais” sobre Deus, pois jamais nos
faltarão coisas para aprender sobre ele, e assim nunca nos cansaremos de nos
deleitar com a descoberta de mais e mais coisas da sua excelência e da grandeza
das suas obras.
b.
Se
desejássemos um dia nos igualar a Deus em conhecimento, ou se desejássemos
encontrar prazer no pecado do orgulho intelectual, o fato de que jamais
cessaremos de crescer no conhecimento de Deus seria para nós fator
desencorajador — poderíamos sentir-nos frustrados pelo fato de Deus se revelar
um objeto de estudo que jamais poderemos dominar!
c.
Mas
se nos deleitamos no fato de que só Deus é Deus, de que ele é sempre
infinitamente maior do que nós, de que somos criaturas dele, que lhe devemos
culto e adoração, então essa nos será uma ideia bastante encorajadora.
6. Embora não possamos conhecer
exaustivamente a Deus, podemos conhecer coisas verdadeiras sobre ele.
a.
De
fato, tudo o que as Escrituras nos falam sobre Deus é verdadeiro.
i. É verdade dizer:
1.
que Deus é amor (1Jo 4.8),
2.
que
Deus é luz (1Jo 1.5),
3.
que
Deus é espírito (Jo 4.24),
4.
que
Deus é justo ou reto (Rm 3.26) e assim por diante.
b.
Podemos
conhecer alguns pensamentos de Deus — até muitos deles — com base na Bíblia, e
quando os conhecemos, como Davi, os consideramos “preciosos” (Sl 139.17).
c.
Ainda
mais significativo é perceber que conhecemos o próprio Deus, e não meramente
fatos sobre ele ou atos que ele executa.
i. Aqui Deus diz que a fonte da nossa
alegria e da nossa noção de importância deve vir não das nossas capacidades ou
posses, mas do fato de conhecê-lo.
d.
O
fato de conhecermos o próprio Deus é demonstrado ainda pela percepção de que a
riqueza da vida cristã envolve um relacionamento pessoal com Deus.
i. Falamos com Deus em oração, e ele
fala conosco pela sua Palavra.
ii. Temos comunhão com ele na sua
presença, entoamos seus louvores e temos consciência de que ele pessoalmente
habita no meio de nós e dentro de nós para nos abençoar (Jo 14.23).
iii. De fato, pode-se dizer que esse
relacionamento pessoal com Deus Pai, com Deus Filho e com Deus Espírito Santo é
a maior de todas as bênçãos da vida cristã.
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