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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

ESTUDO BIBLICO: FAÇO PARA DA FAMÍLIA DE JESUS / PARTE 2

FAÇO PARTE DA FAMÍLIA DE JESUS

PARTE 2

Analisemos um pouco a vida da primeira mulher citada na genealogia de Jesus.

  • A primeira mulher relatada é Tamar, e sua história está relatada no capítulo 38 do livro de Gênesis.
    • Tamar era nora de Judá, um dos filhos de Jacó.
      • Ela se casou com o filho mais velho de Judá chamado Er, um homem que não temia a Deus.
      • Andava pelo seus próprios caminhos e acabou morrendo cedo, deixando Tamar viúva.

  • Naquele tempo existia uma lei em Israel: quando o marido morria e deixava seu esposa viúva na juventude e sem filhos, o irmão do marido devia se casar com a viúva para dar descendência ao falecido.
    • Foi assim que Tamar se casou com Onam.
      • Outro homem que não temia a Deus e que andando por seus próprios caminhos também morreu cedo.
      • Tamar ficou viúva pela segunda vez, jovem e sem filhos.

  • E a lei civil de seu tempo dizia que ela devia se casar com o terceiro irmão.
    • Mas o irmão era muito novo ainda, sendo chamado de Selá.
    • Então Judá prometeu a sua nora que quando Selá crescesse se cumpriria a lei, mas Selá cresceu e Judá não o deu em casamento a Tamar.

  • Podemos aqui parar e pensar um pouco como esta mulher estava se sentindo interiormente.
    • Seguramente, ela sentiu-se injustiçada, ferida e machucada.
    • Seus direitos estavam sendo desrespeitados.

  • Que tipo de pessoa Tamar reflete em nossos dias:
    • Refletia o tipo de mulher que fazia valer os seus direitos e para defendê-los não media consequências.
      • Um dia, disfarçou-se de prostituta, ficou na entrada da cidade e enganando seu próprio sogro, deitou-se com ele e ficou grávida.
      • Segundo a lei, ela devia ser condenada à morte, todavia ela jogou na cara do sogro a grande injustiça que ele tinha cometido com ela.
      • Judá ficou perplexo, derrotado e sem argumentos.

  • A história de Tamar nos revela que fazer justiça com suas próprias mãos não nos leva a ter paz. Tamar é símbolo do ser humano que quando se sente machucado e ferido não pensa duas vezes para machucar a quem o feriu.
    • Ela foi ferida e injustiçada, partindo para a luta ela venceu, mas ficou carregando o sentimento de culpa.
      • Ela fez justiça com suas próprias mãos, mas caiu na promiscuidade.
      • Ela fez justiça, mas essa justiça tinha um sabor muito amargo e doloroso.
      • Depois de vencer, descobriu que não tinha valido a pena descer tão baixo para conquistar seus direitos.
    • Talvez você se encontra como esta mulher:
      • Atormentado pelo complexo de culpa;
      • Chorando e desesperado;
      • Não consegue dormir;
      • Vive atormentado pela consciência;
      • Sente que não há salvação para você;

  • Porque você tem se sentido como esta mulher?
    • Talvez você se sinta assim porque num momento de injustiça resolvemos partir para a luta, para dar o troco;
    • Talvez queremos muitas vezes fazer o outro sentir o que nós estamos sentindo;
    • Infelizmente a única coisa que conseguimos é uma consciência sendo martelada dia e noite.

 

  • Um dia Tamar se sentiu mais ou menos como nos e caiu diante de Deus dizendo:
    • Senhor, não valeu a pena ter feito justiça com minhas próprias mãos.
    • Não compensou ter caído no pecado, tentando golpear aquele que estava sendo injusto comigo.
    • Eu me machuquei, não valeu a pena, Senhor, sinto-me perdida, atormentada pela culpa, por favor, tem compaixão de mim.

  • E querido, Deus ouviu a oração daquela mulher, e esta ouvindo a sua também, de modo que está abrindo os braços e dizendo.
    • Filha, não me importa o seu passado, aqui estão meus braços abertos, volte para mim.
    • Tamar voltou aos braços de Deus e sentiu o beijo da paz, o abraço da reconciliação.
    • Lembre-se: quando Deus perdoa, Ele esquece completamente o passado.

  • Enfim, porque o nome de Tamar esta escrito no livro da genealogia de Jesus?:
    • A resposta é simples: ela não tinha mais passado;
      • Ela nasceu quando voltou para Deus.
    • É isso que Jesus está dizendo pra você hoje.
      • Não importa onde você foi;
      • Nem quão baixo você caiu;
      • Não importa o que você fez;
      • Pode ser que na sua vida tudo pode ter dado errado, mas se você voltar, o mesmo que aconteceu com Tamar acontecerá com você, seja, você passará a fazer parte da família de Deus, e seu nome também será integrado na árvore genealógica de Jesus. Não é maravilhoso?

OBS: Não percam amanhã a terceira parte deste estudo.

Deus lhe faça feliz!!!

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

ESTUDO BIBLICO: FAÇO PARA DA FAMÍLIA DE JESUS / PARTE 1



FAÇO PARTE DA FAMÍLIA DE JESUS

Introdução

Todos nós temos uma família e muitos de nós não nos enquadramos ou não encontramos um equilíbrio em nossas vidas porque não construimos uma família com base em Jesus sendo assim constantemente nos vem a mente alguns questionamentos a saber:

  1. O que fazemos quando a lembrança do passado não nos deixa ser feliz?
  2. Aonde ir quando temos vergonha de nossas origens porque elas são de certo modo grotescas?
  3. Pode uma vida ser restaurada quando a prórpia pessoa chega a conclusão de que não há mais saída para ela?

Observem o texto para esta mensagem:

Judá gerou de Tamar a Perez e a Zerá; Perez gerou a Esrom; Esrom, a Arão; Arão gerou a Aminadabe; Aminadabe, a Nassom; Nassom, a Salmom; Salmom gerou de Raabe a Boaz; este, de Rute gerou a Obede; e Obede a Jessé; Jessé gerou ao rei Davi; e o rei Davi, a Salomão, da que fora mulher de Urias (Mateus 1:3-6).

Você pode estar se perguntando: que mensagem pode sair de um texto aparentemente tão árido como este?

Em primeiro lugar, precisamos saber que o capítulo 1 do Evangelho de Mateus apresenta a árvore genealógica de Jesus.

  1. Se você tivesse que fazer a sua árvore genealógica, tentaria talvez colocar as pessoas mais ilustres.
  2. Tentaria encontrar alguma pessoa de renome, algum herói nacional, alguma pessoa da realeza.
  3. Ninguém gostaria de colocar em sua árvore genealógica pessoas de má reputação ou de origem vergonhosa.

Em segundo lugar, os judeus especialmente os fariseus, tinham uma oração muito curiosa que dizia:

Senhor, te agradeço porque não nasci escravo, nem gentil e nem mulher.

Um Judeu nunca colocaria na sua árvore genealógica o nome de uma mulher, muito menos se ela tivesse uma má reputação. Mas na genealogia de Jesus, são mencionadas quatro mulheres a saber:
  1. TAMAR
  2. RAABE
  3. RUTE
  4. O NOME DA QUARTA NÃO É MENCIONADO, MAS SE FALA DE DAVI, QUE TEVE UM FILHO CHAMADO SALOMÃO, QUE NASCEU DA QUE FORA MULHER DE URIAS. BATE-SEBA ERA NO NOME DA ESPOSA DE URIAS.

OBS: A CONTINUIDADE DESTE ESTUDO SEGUE AMANHÃ NÃO PERCA, DEUS TEM UMA MENSAGEM MUITO ESPECIAL PARA VOCÊ POR MEIO DESTE ESTUDO.

Série: Como ouvir a voz de Deus – Parte 04

 

COMO DEUS FALOU NOS DIAS DO AT E DO NT

 
 

Cabe ressaltar inicialmente o seguinte questionamento: Se Deus ainda se comunica conosco, de que forma Ele o faz?

No AT e NT isso ocorreu de varias maneiras, de modo que aqui estaremos destacado 07(sete) modos de comunicação.

 

Revelação Direta: veja o seguinte texto bíblico:

 

E ADONAI disse a Abrão: “Saia de seu país, afaste-se de seus parentes e da casa de seu pai, e vá à terra que eu mostrarei a você. Farei de você uma grande nação, eu o abençoarei, engrandecerei seu nome; e você será uma benção. Abençoarei quem o abençoar; amaldiçoarei quem o amaldiçoar; e por seu intermédio todas as famílias da terra serão abençoadas”. (Gn 12:1-3)

Nota-se através deste texto uma comunicação direta de Deus com Abraão, onde diretamente lhe deu uma comunicação e lhe transmite a sua missão.

 

Revelação por meio de sonhos:

Vários personagens bíblicos tiveram esta experiência porem tomemos por base neste estudo a experiência de Daniel, Deus lhe revelou o destino do mundo numa série de sonhos:

  • Este visualizou impérios que surgiram;
  • Teve a percepção de acontecimentos mundiais futuros;

Porem aqui cabe ressaltar um detalhe: A Bíblia jamais nos ordena que busquemos conhecer a mente de Deus por meio de sonhos.

Este tipo de revelação da parte de Deus muitas vezes é para que possamos entender qual a sua vontade perante uma determinada situação.

 

Revelação por meio da Palavra Escrita:

 

Podemos destacar dois exemplos clássicos:

 
  1. A concessão dos Dez Mandamentos a Moisés, e o modo pelo qual Deus comunicou sua vontade ao povo através da Lei.
  2. O segundo Deus falou de maneira audível a Saulo de Tarso que estava prestes a perseguir os cristãos na estrada de Damasco. A Bíblia diz que Saulo “caindo ao chão, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo! Por que me persegue?” (At 9:4)
 

Revelação por meio dos Profetas:

 
  1. Umas das expressões mais usadas pelos profetas era: “Assim diz o Senhor!”
  2. Isto levava o povo a total obediência por sabia que era uma palavra provinda do Senhor.
 

Revelação por meio das circunstâncias:

 

No tempo dos juízes Deus escolheu Gideão para ser o líder em uma batalha contra o inimigo do povo;

Mediante sua revelação a Gideão este se amedrontou e decidiu colocar um velo de lã na eira. Em uma manhã ele pediu que a lã estivesse encharcada e a eira seca, na manhã seguinte pediu que a lã estivesse seca e a eira molhada de orvalho;

Deus usou esta circunstancia de modo que atendeu o pedido de Gideão e a fé deste fortalecida.

 

Revelação por meio de anjos:

 

Um exemplo dentre vários que a Bíblia menciona foi quando o anjo Gabriel revelou a Maria e a José o nascimento de Jesus Cristo;

 

Revelação por meio do Espírito Santo

 

O texto a seguir demonstra claramente esta perspectiva:

“Eles viajaram para a região da Frígia e da Galácia, por terem sidos proibidos pelo Espirito Santo de anunciar a mensagem na província da Ásia. Quando chegaram a fronteira da Mísia, tentaram entrar na Bitínia, mas o Espirito de Jesus os impediu.” (At 16:7-7)

Enfim fica claro neste texto como o Espirito Santo operou na vida de Paulo impedindo-o de ir a província da Ásia quando este procurava ir até lá.

Concluindo vimos por meio deste breve esquema 7 maneiras pelas quais Deus se revelou no AT e NT, porem como Deus fala conosco hoje? Este será o assunto que estaremos publicando amanhã na continuação desta serie COMO OUVIR A VOZ DE DEUS.

 
PAX DOMINI

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

TEOLOGIA: Porque estudar Teologia?





TEOLOGIA SISTEMÁTICA: PORQUE ESTUDAR TEOLOGIA?

Temos por definição de teologia sistemática qualquer estudo que responda à pergunta:

  • “O que a Bíblia como um todo nos ensina hoje sobre qualquer assunto?”.
    •  Ela viabiliza a reunião e entendimento de “todas as passagens relevantes da Bíblia sobre vários tópicos” para, então, sintetizar o seu ensino de forma que auxilie o crer acerca de cada tema.

A teologia sistemática se diferencia da teologia do Antigo Testamento, da teologia do Novo Testamento e da teologia bíblica.

  • Tanto a teologia do AT., NT. e  a Bíblica são organizadas “na ordem em que são apresentados na Bíblia”.
  • Já a teologia bíblica é técnica para a teologia, pois contém a teologia do Antigo Testamento e a teologia do Novo Testamento.
  • Ela também faz uso do material da teologia bíblica construindo sobre seus resultados quando são necessários para o desenvolvimento de uma doutrina.
  • Entretanto, o núcleo da teologia sistemática concentra-se na compilação e, depois, na sintetização do ensino de todas as passagens bíblicas sobre um assunto específico.

Definir teologia sistemática pressupõe o como uma doutrina em estudo é vista em termos de seu valor prático para a vida cristã.

  • Usando essa definição de teologia sistemática, fica claro que os cristãos, na sua maioria, fazem teologia sistemática a partir do momento em que dizem algo acerca do que a Bíblia, ele está sintetizando um dado conhecimento.

No estudo sistemático é de extrema importância que qualquer pessoa “tenha em mente a firme resolução de abandonar como falsa qualquer ideia que seja claramente contestada pelo ensino das Escrituras” e também não creia numa doutrina específica, a não ser que seja convencido a partir do próprio texto das Escrituras.

A palavra doutrina pode ser entendida, como “o que a Bíblia como um todo nos ensina hoje acerca de algum tópico específico”.

  • As doutrinas podem ser bem amplas ou bem restritas, como a:
    • “Doutrina de Deus” (inclui tudo o que a Bíblia nos apresenta acerca de Deus),

    • Doutrina da eternidade de Deus;

    • Doutrina da Trindade, etc.

Pode-se fazer uma certa confusão entre teologia sistemática e ética cristã.

  • Mas, para ficar claro a “teologia sistemática está no que Deus quer que creiamos e conheçamos” (idéias);
  • Ao pensarmos em ética cristã reconhecemos o que Deus quer que façamos e nas atitudes (situações) que venhamos a ter, ou seja: “Ética cristã é qualquer estudo que responda à pergunta ‘O que Deus exige que façamos e que atitudes ele exige que tenhamos hoje?’  com respeito a qualquer situação”.

Partindo das seguintes pressuposições:

  1. A Bíblia é verdadeira e é, na realidade, nosso único padrão absoluto da verdade;
  2. O Deus sobre quem fala a Bíblia existe e é quem a Bíblia diz ser, começamos nossos estudos.

E a partir dessa base, entendemos que os cristãos devem estudar teologia sistemática, devem se envolver no processo de reunir e de compendiar os ensinos e não apenas continuar lendo a Bíblia com regularidade.

  • O resultado dessas ações nos leva a pensar que a teologia sistemática, por trabalhar de forma a organizar seus ensinos bíblicos ou de explicá-los de maneira mais clara do que a própria Bíblia faz, nos leve a negar implicitamente a clareza das Escrituras.
  • Mas não foi essa a ordem de Jesus em Mateus 28, Ele quer que ensinemos:

Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até a consumação do século (Mt 28.19-20).

Ensinar o que Jesus ordenou é simplesmente ensinar o que Ele falou nas narrativas dos evangelhos e no Novo Testamento.

  • Inclui também a interpretação e a aplicação da vida e dos ensinos que deixou.
    • A Grande Comissão não é só a evangelização, mas o ensino.

    • E a tarefa de ensinar o que Jesus e o que a Bíblia nos ensina hoje.

    • Assim, para ensinar é necessário reunir e abreviar os textos das Escrituras sobre um determinado assunto.

    • Através de passagens mais relevantes e resumos do conteúdo, ensinaremos melhor.

    • “A razão básica para estudar teologia sistemática, então, é que ela nos capacita a ensinar a nós mesmos e a outros o que a Bíblia toda diz, cumprindo dessa forma a segunda parte da Grande Comissão”.

Razão básica para este estudo, além de ser um meio de obedecer ao mandamento do nosso Senhor, é que existem mais algumas vantagens:

  • “Estudar teologia nos ajuda a vencer nossas idéias erradas”.
  • “Estudar teologia sistemática nos torna “capazes de tomar decisões melhores mais tarde em novas questões de doutrina que possam surgir”.
  • “Estudar teologia sistemática irá ajudar-nos a crescer como cristãos”.

  Mas nem sempre a teologia sistemática foi vista com bons olhos.

  • Alguns estudiosos desconfiam da teologia sistemática em função da não-contradição.
  • Dizem que por serem suas conclusões “requintadas demais” é que os “teólogos sistemáticos devem estar, portanto, colocando à força os ensinos da Bíblia dentro de um molde artificial, distorcendo o verdadeiro significado das Escrituras a fim de conseguir um conjunto ordenado de crenças”.

Respondemos da seguinte forma:

  • Identifique que partes da Bíblia tem sido interpretada erradamente e, “se entendemos de maneira precisa os ensinos de Deus nas Escrituras, devemos esperar que nossas conclusões “se harmonizem umas com as outras” e sejam mutuamente coerentes.
  • Coerência interna, portanto, é um argumento a favor, não contra, qualquer conclusão específica da teologia sistemática”.

Outro questionamento sobre a teologia sistemática esta na “escolha e organização dos assuntos e até mesmo ao próprio fato de se fazer o estudo das Escrituras por assuntos”.

  • Pontuamos que nossas considerações iniciais determinam nossas conclusões sobre assuntos polêmicos.
  • Para responder a essa objeção, entendemos que cabe a discussão sobre a necessidade do ensino das Escrituras, mais para tanto nosso alvo é descobrir o que Deus exige de nós em todas as áreas do nosso interesse hoje.

O estudo da teologia sistemática, a partir do conteúdo bíblico, apresenta algumas normas:

  • Estudar teologia é “uma atividade espiritual em que precisamos da ajuda do Espírito Santo”.
  • Estudar teologia sistemática é aprender informações dos ensinos das Escrituras não muito divulgados entre os cristãos.
  • Em Tiago 1:19-20 aprendemos que “o entendimento das Escrituras deve ser compartilhado em humildade e amor”.
  • Para extrair conclusão lógica de um determinado texto, assim como Jesus e os escritores do NT requer um estudo com a razão.

A “Bíblia é o último padrão da verdade; e, juntos, esses fatos nos mostram que somos livres para usar nossa razão a fim de extrair conclusões de qualquer passagem das Escrituras, até o ponto em que essas deduções não contradigam o ensino claro de alguma outra passagem das Escrituras”.

O ensino teológico não pode ser adquirido sem o auxílio de outras pessoas.

  • Permitir aqueles que tem melhor entendimento das Escrituras venha até nós, é um excelente passo.
  • Uso de outros livros e conversas sobre o que estamos estudando “podem explicar os ensinos bíblicos com clareza e ajudar-nos a entendê-los com mais facilidade”.

O processo de compilação e entendimento bíblico compreende:

  • Encontrar todos os versículos relevantes.
  • Ler os versículos relevantes, fazer anotações e tentar resumir os seus pontos principais.
  • Sintetizar em um ou mais pontos que a Bíblia afirma sobre aquele assunto.

Estudar teologia é fazer estudo do Deus vivo e das maravilhas de todas as suas obras na criação e na redenção.

  • Ao estudar os ensinos da Palavra de Deus, não devemos nos surpreender se muitas vezes nosso coração prorromper espontaneamente em expressões de louvor e deleite como as do salmista:
    • Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração (Sl 19.8).
    • Mais me regozijo com o caminho dos teus testemunhos do que com todas as riquezas (Sl 119.14).
    • Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! Mais que o mel à minha boca (Sl 119.103).
    • Os teus testemunhos, recebi-os por legado perpétuo, porque me constituem o prazer do coração (Sl 119.111).
REFERÊNCIA:

Teologia Sistemática. Wayne Grudem, Edições Vida Nova. Introdução – p. 1-22

Série: Como ouvir a voz de Deus–Parte 03

POR QUE DEUS FALA HOJE?

Existem várias razões convincentes pelas quais Deus mantem sua comunicação aberta com cada um de nós.

Porém, muitos ainda carregam dentro de si às seguintes perguntas:
  • Por que Deus ainda hoje que falar conosco?
  • Ele já não disse o bastante do Gênesis ao Apocalipse?

Vejamos algumas das razões pelas quais Deus se comunica conosco:

  1. Ele nos ama tanto quanto amava as pessoas do Antigo e do Novo Testamento;
    • Deus ainda fala conosco porque deseja estabelecer com cada um de nós um relacionamento de amor;

    • Cabe ressaltar que um relacionamento de amor envolve uma conversação entre as duas partes;

    • Se nosso relacionamento com Ele for de mão única, ou seja, se não houver comunicação e dialogo, logo não existirá comunhão.

    • Portanto Deus deseja ter comunhão conosco tanto quanto desejava ter comunhão com os antigos, basta somente estarmos dispostos a nos comunicarmos com Ele.

  2. Precisamos da sua orientação definida e decisiva em nossas vidas, tal como aconteceu com Josué , Moisés, Jacó e Noé;

    • O desejo de Deus é que façamos as escolhas certas;

    • Ele assume a responsabilidade de nos oferecer informações exatas;

    • Enfim como seus filhos necessitamos de seus conselhos para sermos eficazes na tomada de nossas decisões cotidianas.

  3. Ele sabe que necessitamos de consolo e segurança assim como acontecia com os crentes de outrora;
    • Existem momentos em nossas vidas em que não encontramos um direcionamento para seguir em frente;

    • Muitos de nós sofremos fracassos em nossas vidas, do mesmo modo que Josué e o povo de Israel sofreram em Ai (Js 7:1-26);

    • Tenhamos em mente que quando vivenciarmos alguma derrota em nossa vida, Deus sabe o quanto precisamos de seu consolo e segurança.

  4. Ele deseja que o conheçamos;
    • Qual a prioridade dos nossos objetivos?

    • Nosso relacionamento com Deus tem sido um relacionamento de intimidade, ou de mão única?

    • Torna-se evidente aqui que para que possamos ouvir a voz de Deus é necessário estabelecer um elo de comunicação , onde Ele fale conosco e nós o escutemos, e que falemos com Ele, e Ele nos ouça.

    • Enfim se Deus realmente tivesse deixado de falar com certeza não o conheceríamos e muito menos saberíamos como Ele é, o que nos falta somente é estabelecer um tempo de intimidade igual estabelecemos quando estamos com um amigos ou membro de nossa família.

Que a graça e a paz do Senhor Jesus esteja com todos.

Obs: Amanhã estaremos meditando sobre “Como Deus falou nos dias do Antigo e do Novo Testamento.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

QUESTÕES TEOLÓGICAS: O FENÔMENO DO CAIR NO ESPÍRITO

QUESTÕES POLÊMICAS: CAIR NO ESPÍRITO

INTRODUÇÃO

Após polêmica levantada no meio evangélico com a reportagem do Domingo Espetacular da TV Record exibida no ano passado, ficaram alguns questionamentos. Segue o vídeo para poder entender a questão:

Matéria Exibida pela Rede Record de Televisão.

Afinal a questão é:

  1. Tais manifestações são de Deus?
  2. Glorificam a Deus sejam em igrejas ricas e dentre cristãos cultos ou entre cristãos (crentes) simples e com insuficiente conhecimento bíblico?
  3. Será que tal manifestação promovida por estrangeiros tem validade, ou será que promovido por brasileiros de periferia perde a validade?
  4. Tal manifestação será um embuste, um erro, um engano para ambos, custe a quem custar?
  5. O que vale mais a Bíblia, as Escrituras ou o peso pessoal de uma celebridade ainda que cristã?
  6. Importa a razão de uns contra outros, sentimentos, opiniões pessoais, comprometimentos pessoais devidos a simpatias, respeito mútuo, convergência de ideias, ou ainda suspeitos interesses?
  7. Enfim o crente na sua privacidade e responsabilidade pessoal deve ter as suas convicções baseadas em simples homens e mulheres ou em Deus através unicamente de Sua Palavra, doa a quem doer?

Cabe ressaltar inicialmente que o fenômeno "Cair no Espírito", “Renovo” ou “Visitação” são os termos mais comuns usados para referir-se ao desfalecimento experimentado por uma pessoa ao ser ungida com óleo ou ao receber uma oração, com ou sem imposição de mãos.

Para entendermos melhor este movimento estaremos neste artigo destacando alguns aspectos que a meu ver são importantes para termos uma opinião imparcial sobre a chamada “Benção de Toronto” e o “avivamento de Brownsville”, de modo que estaremos inicialmente verificando a história destes movimentos.

Na sequência estaremos abordando a teologia deste movimento, juntamente com a visão dos movimentos neopentecostais e pentecostais clássicos e a opinião de alguns teólogos referente a este assunto.

Finalmente no intuito de fechar a discussão buscaremos verificar os pontos abordados nas escrituras sobre o que elas mencionam sobre o mesmo seguido de algumas considerações e conclusão sobre este fenômeno do “cair no espírito”.

HISTÓRIA: COMO TUDO COMEÇOU

1. “A benção de Torronto”

No início de 1994 o mundo evangélico ficou agitado com as notícias de que um avivamento irrompera em uma das Igrejas do Vineyard Fellowship ("Comunhão da Videira") em Toronto, cidade importante do Canadá. Tratava-se da Toronto Airport Vineyard Fellowship ("Comunhão da Videira do Aeroporto de Toronto"), pastoreada pelo pastor John Arnott e sua esposa Carol, também pastora. Evangélicos aos milhares, especialmente pastores (segundo Arnott, mais de 30.000 pastores e líderes) vieram de várias partes do mundo para a Igreja do Aeroporto, para ver e receber a "bênção de Toronto", como ficou conhecido o movimento.

Carol e John Arnott
O que faz o movimento diferente do que acontece nas demais igrejas carismáticas do mundo é que ele afirma que Deus os tem visitado com um avivamento em que a presença do Pai torna-se tão intensa, e seu amor tão claramente revelado, que as pessoas são enchidas pela alegria do Espírito Santo, e reagem com gargalhadas, risos incontroláveis, chegando a cair no chão, a rolar de rir. Outras reações físicas mais conhecidas, como "cair no Espírito", tremores, gritos, etc. também estão presentes. Mas é a "gargalhada santa" que tem se tornado a principal característica deste movimento, apesar de que seus líderes sempre procuram dizer que o mais importante é a presença de Deus e as vidas transformadas.

A "bênção de Toronto" tem se espalhado pelas igrejas carismáticas pelo mundo afora. O Brasil não é exceção. As características do movimento já se fazem presente, inclusive em algumas igrejas locais das denominações históricas.

A antes desconhecida "Comunhão da Videira do Aeroporto de Toronto" começou a se tornar famosa quando John Arnott veio ser seu pastor. Arnott se converteu ainda adolescente numa cruzada de Billy Graham[1] em 1955 no Canadá, e filiou-se a uma igreja Batista. Segundo suas próprias palavras, aprendeu com as igrejas Pentecostais de Toronto que "havia mais" do que era ensinado pela Igreja Batista.[2] Tornou-se membro de uma igreja Pentecostal, e posteriormente entrou no ministério na área de Toronto, em 1981. Casou-se com Carol, que também foi ordenada como pastora.

Em 1993 começaram a pastorear a "Comunhão da Videira do Aeroporto de Toronto". O ministério de John Arnott e sua esposa era típico dos pastores de igrejas da "Terceira Onda": cura interior, batalha espiritual, libertação, expulsão de demônios, etc. Várias pessoas tiveram influência decisiva na vida e na formação teológica de Arnott.

Ele reconhece entre elas:

  • Kathryn Kuhlman[3],

  • O renomado pastor carismático Benny Hinn[4]

  • E, naturalmente, John Wimber[5].[6]

Em 1992 John e Carol Arnott foram a uma conferência de Benny Hinn em Toronto. Ambos se sentiam exaustos e secos no ministério. Saíram da conferência com o propósito de buscar da parte de Deus a "unção" que viram em Hinn (que nas conferências de Benny Hinn se manifesta especialmente pelas pessoas "caírem no Espírito").

Em Novembro de 1993, o casal Arnott foi à Argentina, conhecer o "avivamento" que estava acontecendo através de Claudio Freidzon[7], um líder das Assembléias de Deus naquele país. Numa das reuniões, John e Carol foram à frente, e Freidzon orou por eles. John caiu no chão. Quando se levantou, Freidzon lhe perguntou: "Você quer a unção?" John respondeu, "Quero, sim, quero de verdade". "Então, aqui está ela, receba-a", disse Freidzon, batendo com sua mão espalmada na mão aberta de John. E segundo John relata, naquele momento Deus lhe falou dizendo: "O que você está esperando? Por favor, receba-a, é sua!". E então ele recebeu a "unção" pela fé.[8]

Em Janeiro de 1994 John Arnott convidou Randy Clark, seu amigo e pastor de uma outra igreja Vineyard em Saint Louis, Missouri, nos Estados Unidos, para uma série de conferências.

Ouçamos o testemunho do próprio Arnott sobre o que aconteceu:

No dia 20 de Janeiro de 1994 a bênção do Pai caiu sobre as cento e vinte pessoas que estavam presentes para o culto naquela quinta-feira à noite em nossa Igreja. Randy deu seu testemunho, e o período de ministério começou “o pastor e obreiros oram com imposição de mãos sobre os que vieram à frente em resposta ao apelo”. As pessoas caíram pelo chão debaixo do poder do Espírito, rindo e chorando. Tivemos que empilhar as cadeiras para termos espaço para todos. Alguns tiveram mesmo que ser carregados para fora.[9]

 Arnott diz que a reação das pessoas naquela noite em cair no chão e rolar de rir, às gargalhadas, tomou-o e a Randy de surpresa, pois estavam esperando conversões e curas (além das quedas, naturalmente). A partir dai, em cada reunião da Igreja, durante o período de ministração, o fenômeno se repetiu: pessoas caindo de costas no chão (agarradas pelos "apanhadores", uma equipe que se posiciona atrás dos que vão à frente, para ajudá-los a cair sem se machucar), algumas explodindo em gargalhadas, literalmente rolando de rir no chão, outras ficando duras no chão, com os olhos fitando o vazio e as mãos estendidas para o alto. Outras, tremendo histericamente, outras gritando. Para John e Carol Arnott, a "unção" que tanto haviam buscado finalmente chegara — embora certamente de uma forma inesperada, sob a forma da "gargalhada sagrada", ou "riso santo". Arnott veio depois a batizar este comportamento como a "bênção do Pai", mas o nome que realmente pegou foi "a bênção de Toronto", nome dado por alguns jornalistas ingleses que vieram a Toronto observar o fenômeno.

Este tipo de comportamento dos que frequentavam a Igreja do Aeroporto logo chamou a atenção do mundo evangélico, particularmente dos carismáticos, bem como da imprensa secular. A "bênção de Toronto" ocupou as primeiras páginas de jornais em alguns lugares ao redor do mundo. Cedo o local de reuniões que cabia cerca de 700 pessoas ficou pequeno para a quantidade de curiosos, e dos que queriam receber a "bênção", que vinham de todas as partes do mundo. Um novo local de reuniões comportando cerca de dois mil lugares foi preparado. Algumas linhas aéreas tiveram de dobrar o número de vôos para Toronto, e os hotéis da região passaram a promover pacotes especiais para os que vinham para as reuniões da Igreja do Aeroporto.

John Wimber, o líder da denominação A Videira, à qual pertencia então a Igreja do Aeroporto de Toronto, veio dos Estados Unidos a Toronto verificar in loco o que estava acontecendo. E voltou dizendo que o que estava ocorrendo lá, o riso santo, era obra de Deus.

Mas nem tudo era motivo de riso. Em 1995, um novo fenômeno começou a se repetir nas reuniões, que finalmente provocou o desligamento da Igreja de Arnott da Videira. Aconteceu enquanto Arnott estava ausente em conferências na Igreja Vineyard de Randy Clark, nos Estados Unidos. Um pastor chinês, líder das Igrejas chinesas cantonesas de Vancouver, Canadá, durante o período de ministração na Igreja do Aeroporto, começou a urrar como um leão. Arnott foi chamado às pressas de volta, para resolver o problema. A liderança que havia ficado à frente da Igreja lhe disse que entendiam que o comportamento bizarro do pastor chinês era do Espírito Santo.

Arnott entrevistou o pastor chinês diante da congregação durante uma reunião, e para surpresa de todos, ele caiu sobre as mãos e os pés, e começou a rugir como um leão na plataforma, engatinhando de um lado para o outro, e gritando "Deixem ir meu povo, deixem ir meu povo!". Ao voltar ao normal, o pastor explicou que durante anos seu povo tinha sido iludido pelo dragão, mas agora o leão de Judá haveria de libertá-los. A igreja irrompeu em gritos e aplausos de aprovação, e Arnott convenceu-se que aquilo vinha realmente do Espírito de Deus.[10]

A partir daí, os sons de animais passaram a fazer parte da "bênção de Toronto", embora, como Arnott insiste, não sejam muito frequentes.[11] Há casos de pessoas rugindo como leão, cantando como galo, piando como a águia, mugindo como o boi, e gritando gritos de guerra como um guerreiro. Para Arnott, estes sons são "profecias encenadas", em que Deus fala uma palavra profética à Igreja através de sons de animais. Arnott passou a admitir e a defender este comportamento como parte do avivamento em andamento na Igreja do Aeroporto.

Mas John Wimber não se deixou persuadir pela argumentação da liderança da Igreja do Aeroporto de Toronto. Ao fim de 1995 foi dizer a Arnott que eles estavam desligados da Videira. A razão principal segundo Wimber é que não via base bíblica para profecia através de sons de animais emitidos por cristãos em êxtase. A igreja do Aeroporto de Toronto, entretanto, já havia ganhado popularidade suficiente para se manter sozinha. Na verdade, tornou-se o centro de um movimento que tem ganhado simpatizantes e aderentes de várias denominações pelo mundo afora.

2. O avivamento de Brownsville (Pensacola)

No Dia dos Pais, Domingo, 18 de junho de 1995, o fogo caiu na igreja Brownsville Assembly of God (Assembleia de Deus), na cidade de Pensacola, Flórida - EUA. O pastor, John Kilpatrick, buscava avivamento há anos, e sua esposa tinha visitado o mover de Toronto. Naquele domingo de manhã um visitante, evangelista Steve Hill, pregou. Steve tinha experimentado uma renovação espiritual depois de receber oração na Inglaterra, de um pastor Anglicano que tinha recebido a "benção de Toronto".

 

Naquele culto de domingo de manhã, o poder do Espírito Santo se manifestou de tal forma que centenas de pessoas vieram à frente receber oração, e naquele dia um avivamento começou que durou por mais de cinco anos. Uma característica própria do "Avivamento de Brownsville" foi a ungida pregação evangelística de Steve Hill, que ficou na igreja até junho de 2000. Mais que 150.000 pessoas responderam aos apelos para salvação. Anunciando sua saída da igreja em janeiro de 2004, John Kilpatrick disse que o avivamento recebeu 4,5 milhões de visitantes.

No seu livro "Feast of Fire" (Banquete de Fogo) escrito em novembro de 1995, John Kilpatrick descreveu o avivamento:

Com toda honestidade, eu realmente duvidava se o avivamento ia acontecer; e eu certamente nunca esperei que um avivamento desta magnitude acontecesse. Em poucas semanas uns 97.000 homens, mulheres, meninos, meninas, adolescentes, avós, amigos, vizinhos, colegas de trabalho e parentes visitaram nossos cultos noturnos pela primeira vez. Ate agora nós registramos mais de 10.000 conversões a Jesus Cristo. Eu fui surpreendido por ver que, apesar das minhas suspeitas e o meu ceticismo, Deus teve misericórdia de mim e eu sei, com os milhares de outros que fizeram parte deste grande banquete de fogo, que eu nunca serei o mesmo. Por que? Porque Deus nos visitou. Cada noite quando eu entro no santuário da Assembléia de Deus de Brownsville na Rua West DeSoto, minhas emoções transbordam e minha mente fica pasma enquanto eu vejo os ombros de nossos meninos adolescentes, normalmente controlados e moderados, tremerem incontrolavelmente debaixo do poder sobrenatural de Jesus. Eu observo os homens de negócios ricos com seus ternos caros enquanto eles se ajoelham e choram. O Espírito Santo leva as palavras de perdão e graça faladas por nosso evangelista, Steve Hill, e dá paz e reconciliação a esses que estão preocupados e aflitos. Eu assisto mulheres de idade e jovens mães dançando no Senhor, crianças pequenas rindo e levantando as suas mãos no mais alto louvor. Os viciados em drogas e as prostitutas caem ao chão prostrados diante de Deus, enquanto eles confessam a esperança de Cristo pela primeira vez na sua vida.

Ken Griffin, um membro da igreja na época e hoje um dos seus líderes relembra: “Assim que ele começou a orar pelas pessoas, todo tipo de coisa começou a acontecer… Algumas pessoas  caíram no espírito, outras foram curadas e o culto que começou de manhã foi terminar depois das 4 horas da tarde”.

A notícia rapidamente se espalhou que pessoas estavam sendo milagrosamente curadas e houve muitos convertidos. Logo, os cultos de avivamento ocorriam quatro ou cinco noites por semana. As pessoas precisavam esperar em longas filas para entrar na igreja localizada em um dos bairros mais pobres de Pensacola, pequena cidade do norte da Flórida.

Durante vários anos depois daquela noite, milhões de visitantes de todo o mundo foram até a pequena igreja para testemunhar o maior reavivamento pentecostal moderno. A cada noite, multiplicavam-se os testemunhos de curas de doenças como câncer. Calcula-se que, no seu auge, a Assembléia de Deus de Brownsville atraia cerca de 5.500 pessoas por noite durante seis anos.

O avivamento de Brownsville continuou até o ano de 2001. Quase uma década depois do seu auge, a igreja está à beira da ruína financeira. Ela acumula cerca de US$ 11,5 milhões em dívida. “Toda segunda-feira eu pergunto quanto foi a oferta (de domingo) e decidimos o que vamos pode pagar durante a semana”, disse Evon Horton, atual pastor da AD Brownsville.

Os bancos vazios no santuário de 2.200 lugares assustam os seis pastores que permanecem à frente da igreja. Hoje são cerca de 800 membros presentes na igreja e o pastor Horton diz que espera por uma bênção de Deus, um milagre na verdade, para que a igreja continue com as portas abertas.

Como isso ocorrerá?  Horton parece saber: “Podemos ficar livre de dívidas se as cerca de 7 milhões de pessoas que foram abençoadas por esse avivamento nos ajudarem com um pouco”.

A TEOLOGIA DO MOVIMENTO “CAIR NO ESPIRITO”

Para John Arnott, o centro do movimento em sua igreja é uma nova apreensão do amor do Pai por parte dos cristãos. O lema do movimento é conhecido como: Conhecer o amor do Pai e espalhá-lo. Neste contexto, não há muito espaço no movimento para se falar em culpa, juízo, pecado e castigo, e muito menos na ira de Deus, ou seja, procura-se criar um ambiente em que as pessoas possam experimentar e expressar este amor de Deus com toda a liberdade - inclusive caindo no chão, tremendo, e gargalhando, reações que são vistas como um extravasar da alegria no Espírito que inunda a alma dos que foram alcançados.
Segundo Arnott, cada avivamento histórico teve uma ênfase característica.
  1. O avivamento pentecostal, no início do século, teve (e tem) como característica marcante a ênfase nos dons espirituais.
  2. A característica do avivamento de Toronto, segundo Arnott, é a ênfase no amor de Deus, e na alegria que ele produz na vida dos seus filhos.

Arnott está consciente de que coisas estranhas e bizarras estão acontecendo em sua enorme congregação. Mas ele tem várias justificativas para elas. Arnott procura mencionar textos das Escrituras para apoiar as reações físicas. Por exemplo, relatos bíblicos de como pessoas, diante da atividade extraordinária de Deus reagiram de forma incomum, caindo no chão, tremendo, perdendo as forças.

Os casos preferidos são:

  1. Abraão (Gn 17.3);
  2. O povo diante do fogo de Deus (Lv 9.24);
  3. Saul (1 Sm 19:24-25);
  4. Ezequiel (Ez 1.28; 3.23);
  5. Daniel (Dn 10.7-8);
  6. Os apóstolos no monte da transfiguração (Mt 17.6);
  7. E o apóstolo João na ilha de Patmos (Ap 1.17-18).

Em todos estes casos, houve reações físicas diante da manifestação da presença de Deus, argumenta Arnott. Portanto, segundo ele não se pode proibir que elas ocorram, quando Deus está presente. Não somente isto, Arnott também cita exemplos dos avivamentos históricos, em que pessoas, durante os cultos públicos, igualmente caíram no chão, tremeram, entraram em transe, interromperam o pregador aos gritos, etc. Uma de suas citações prediletas é de um livro de Jonathan Edwards[12], onde o famoso puritano americano narra experiências de várias pessoas durante o avivamento ocorrido em Northampton, na Nova Inglaterra, no século XVIII.


Algumas delas, narra Edwards, chegaram a cair durante a pregação da Palavra; outras entraram em transe, e ainda outras prorromperam em gritos de angústia. Arnott também está a par de reações físicas durante a pregação de João Wesley[13] e George Whitefield[14] durante o Grande Avivamento na Inglaterra, no século XVIII. Citando estes exemplos, Arnott procura colocar a "bênção de Toronto" como sendo similar aos avivamentos históricos acontecidos no passado.

O ponto é que, para Arnott, não podemos limitar o Espírito, nem proibir reações à sua operação na vida dos crentes. Não sabemos como o Espírito opera, continua ele, e seria temerário colocar barreiras ao que parece ser a sua atuação. Para ele, o que está acontecendo no movimento nada mais é que a repetição de fenômenos religiosos acontecidos através da história da Igreja cristã, em épocas de grande intensidade espiritual; embora esteja pronto a admitir que pessoas imitando animais, como profecia encenada, é a contribuição singular da "bênção de Toronto".

PERSPECTIVA DOS PRINCIPAIS SEGUIMENTOS RELIGIOSOS SOBRE ESTE ASSUNTO

A posição dos neopentecostais em relação ao fenômeno

Apesar de vários nomes ligados ao “cair no espírito”, com Kathryn Kuhlman, Benny Hinn, Kenneth Hagin[15], Charles Hunter, foi à igreja de Toronto por meio do pastor John Arnott, que espalhou o fenômeno do “cair no espírito” para o mundo inteiro, como um grande avivamento do Espírito Santo.

Hoje, esse modismo é amplamente aceito na maioria da denominações neopentecostais, com exceção da Igreja Universal do Reino de Deus[16] e da Igreja Internacional da Graça de Deus[17]. Muitas paróquias da Igreja católica que possuem o movimento da RCC (Renovação Católica Carismática) praticam o “cair no espírito”, que entre os católicos carismáticos é denominado de “repouso no espírito”.

Posição dos Pentecostais Clássicos em relação ao fenômeno

Algumas igrejas ou instituições relacionadas a denominações pentecostais incentivam a prática do cair no espírito. Todavia, a Assembleia de Deus, por meio da CGADB (Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil) é contra o “cair no espírito”. Na oitava ELAD, que é um encontro de pastores assembleianos ligados a CGADB, na cidade de Porto-Seguro- BA, em outubro de 2002, foi reafirmado a posição contrária da Assembleia de Deus em relação aos modismos neopentecostais[18].

No relatório da ELAD, está escrito:

Sob o esfuziante tema “Não extingais o Espírito” o 8° ELAD trouxe a tona os fenômenos promovidos pelos movimentos neopentecostais como: “cair no Espírito”, “sopro do Espírito”, “benção de Toronto”, “dançar no Espírito”, “dentes de ouro” e outras enxurradas de práticas inovadoras que andavam perturbando o seio da igreja. Nas palestras ministradas pelos pastores José Wellington Bezerra da Costa, Antonio Gilberto, Elienai Cabral e Elinaldo Renovato de Lima, os mais de 700 pastores e evangelistas inscritos no encontro, puderam constatar que a Bíblia não oferece nenhum respaldo para tais acontecimentos e reafirmaram que o autêntico mover do Espírito é aquele que traz avivamento espiritual, batismo no Espírito Santo e transformação na vida do homem.

Por meios dos periódicos oficias, a Assembleia de Deus tem se colocado contra essas práticas. Exemplo disso é o Jornal Mensageiro da Paz, que na edição de Setembro de 2007, trouxe uma matéria de capa sobre o pastor Paul Gowdy, um ex-líder da igreja em Toronto, que hoje revela a farsa do movimento.


Vários teólogos assembleianos e pentecostais se posicionaram contra o “cair no espírito” de modo que é um consenso no pentecostalismo clássico à condenação desse fenômeno, sendo assim no próximo tópico estaremos analisando a opinião de vários teólogos contra e a favor deste movimento.

PERSPECTIVA DE ALGUNS TEOLOGOS SOBRE ESTE ASSUNTO

A polêmica em torno do fenômeno “cair no espírito” tem movimentado pastores e teólogos. Os que defendem a prática, afirmam ser o momento de maior intensidade na comunhão com o Espírito Santo, enquanto os que condenam esse movimento, o classificam como modismo.

Muitas pessoas ao redor do mundo têm dado testemunho de que têm sido abençoadas através do movimento da "bênção de Toronto". Um exemplo é o professor de teologia Clark Pinnock[19], que num recente (e polêmico) livro sobre o Espírito Santo reconhece seu débito para com o movimento.[20]

No geral, afirma Clark Pinnock que estas pessoas testemunham de uma renovação em suas vidas do amor e da alegria cristãs, e de um compromisso maior com a vida cristã.  Só podemos receber com alegria o crescimento destas pessoas na vida cristã.

Outra perspectiva foi apresentada pelo site The Christian Post que publicou a opinião do apologista Johnny T. Bernardo[21], do Instituto Nacional de Pesquisas Religiosas (INPR Brasil), para quem o “cair no espírito” é uma novidade que ainda não foi assimilada por todas as correntes evangélicas, e encontra resistência até nas próprias igrejas pentecostais.

 
São características esporádicas, presentes em igrejas de pouca formação teológica e que supervalorizam o ‘místico’ e o ‘sobrenatural’”, afirma Bernardo.

As pessoas de origem latina são tão sugestionáveis quanto as de origem anglo-saxônica, no ponto de vista do estudioso.

São características individuais e que variam de igreja para igreja, e de país para país”.

Para exemplicar, ele cita igrejas de Nova York que adotaram a prática como doutrina e afirma que no mesmo país e cultura, há as igrejas que optaram pelo neopentecostalismo mais leve, com louvores e estudos bíblicos.

 Trata-se, pois, de um fenômeno global, e não apenas regional”.

O movimento começou em igrejas que adotaram o sistema de células, e nessas igrejas, “cair no espírito” passou a ser uma demonstração de comunhão com Deus.[22]

Destacamos também a opinião de um dos fundadores do movimento o Pastor Paul Gowdy[23], que participou da fundação deste movimento na Comunidade Cristã do Aeroporto, hoje acredita que essa prática não é correta.

“Assim que Deus abriu meus olhos, vi que precisava tomar uma providência. Não creio mais nessas coisas. Hoje vejo como uma coisa macabra. Hoje eu acredito que esse espírito é um falso espírito, um espírito enganador”.


O renomado pastor assembleiano Antônio Gilberto[24] comenta de forma crítica:

“Cair no Espírito” é cair e ficar inconsciente; cair não subjetivamente; cair à toda hora; cair em grupos; cair por manipulação de alguém esperto, e ainda mais citando textos bíblicos truncados[25]. E continua: Nas reuniões de “riso no Espírito” há pouco ou nada de leitura bíblica, de pregação e ensino da Palavra de Deus. Durante essas reuniões, eles proferem repetidamente frases como: -Não tente usar sua mente para entender isso, Não ore agora; beba! Receba! Receba um pouco mais. Ora tudo isso é contrário aos ensinos da Palavra de Deus, pois a fé abrange a mente[26].


O teólogo pentecostal Claudionor Corrêa de Andrade[27] escrevendo sobre o “cair no espírito”, cita exemplo de Gunnar Vingren, um dos fundadores das Assembleias de Deus no Brasil, que viajou em 1923 de Belém do Pará até Santa Catarina para combater o que hoje é conhecido com “Bênção de Toronto”, e Andrade comenta:

Embora fervoroso pentecostal, Gunnar Vingren não se deixou embair pelo emocionalismo nem pelas aparências. Ele sabia que nem tudo o que é místico, é espiritual; pode brilhar, mas não é avivamento. O misticismo manifesta-se também em rebeldias e mentiras. Haja vista as seitas proféticas e messiânicas[28].


O Dr. Paulo Romeiro[29], professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie e pastor de uma igreja pentecostal em São Paulo, lembra do equilíbrio em relação ao assunto, mas sem deixar de destacar as mazelas que fenômeno tem trazido ao evangelicalismo, ele diz:

Reconheço que Deus tem poder para tocar alguém hoje de tal forma que a pessoa venha a cair. De modo algum sou contra a verdadeira manifestação do poder de Deus. Esta não me preocupa nem um pouco, pois quanto mais, melhor. O que realmente me preocupa são os abusos gerados em torno de tal prática. Estes trazem mais transtornos e divisões para o Corpo de Cristo do que edificação espiritual[30].


José Gonçalves, pastor da Assembleia de Deus no Piauí, escrevendo sobre fenômenos neopentecostais, lembra do perigo do sensacionalismo e pauta o assunto pelo equilíbrio. Em artigo, escreveu sobre a possibilidade de alguém cair sob influência divina assim como nos avivamentos do Século 19, mas reconhece os atuais exageros sobre o fenômeno. Gonçalves escreve:

Há o perigo dos “pneumatismos” que conduzem à anarquia espiritual. Na gênese das seitas que dizem ser criação do Espírito de Deus, encontra-se com abundância as mais insidiosas aberrações teológicas. Esse é um problema que não pode ser simplesmente ignorado por se desejar preservar um evangelicalismo ou um suposto avivamento[31]. 


Outra observação importante de um teólogo pentecostal, é o que está descrito no Dicionário do Movimento Pentecostal, em relação ao “cair no espírito”. Isael de Araújo escreve:

Isael

A comprovação para o fenômeno está inconclusiva. Do ponto de vista experimental, é inquestionável que, ao longo dos séculos, crentes venham experimentando fenômenos psicofísicos nos quais caem no chão. Além disso, eles sempre atribuem a experiência a Deus. É igualmente inquestionável que não existe nenhuma prova bíblica para a experiência como norma para a vida cristã[32].

Por fim de maneira ponderada o escritor e pastor Ciro Sanches Zibordi[33] também expressa sua opinião sobre o assunto dizendo:

“Não se pode limitar o limitar o poder de Deus. Claro que ele pode derrubar uma pessoa, mas isso não pode ser uma condição para a manifestação do Espírito Santo”.

PERSPECTIVA BÍBLICA SOBRE O FENÔMENO




Cabe ressaltar que até o presente momento podemos perceber que este assunto é profundamente, de modo que as opiniões são bem diversificadas em pessoas que são contra e a favor, com explicações e interpretações variadas, de acordo com a formação teológica de cada um.

Alguns chegam até a dizer que isso é coisa do diabo, mas devemos sempre ter um certo cuidado ao julgar qualquer assunto, inclusive este, pois, encontramos na Bíblia muitos registros em que pessoas desfaleceram diante da presença de Deus:

  1. O povo inteiro caiu “sobre suas faces”, diante da glória de Deus – Lv 9.24.
  2. Manoá e sua mulher, ao ver um anjo, “caíram em terra sobre seus rostos” – Jz 13:20.
  3. O povo inteiro caiu, novamente – I Rs 18.39.
  4. Daniel caiu sobre o seu rosto num profundo sono – Dn 10.9.
  5. Os discípulos, na transfiguração, caíram sobre os seus rostos – Mt 17.6.
  6. Os soldados que foram prender Jesus caíram por terra – Jo 18.4-6.
  7. Os guardas que crucificaram Jesus ficaram “como mortos” – Mt 28.4.
  8. Saulo caiu em terra, tremendo e atônito – Atos 9.4-6.
  9. O apóstolo João caiu como morto ao ver o Cristo Glorificado – Ap 1.17.

Diante destes textos bíblicos ainda fica no ar a questão primordial: Cair no Espírito pode ser considerado um fenômeno com fundamento bíblico?

Retomando os conceitos já apresentados ate o presente momento entendemos até então que a ideia de “cair no Espírito” é quando um pastor impõe as mãos sobre alguém e essa pessoa cai no chão, supostamente dominada pelo poder do Espírito.

Os que praticam "cair no Espírito" usam passagens bíblicas que falam de pessoas tornando-se "como morto" (Apocalipse 1:17), ou caindo sobre o próprio rosto (Ezequiel 1:28; Daniel 8:17-18; Daniel 10:7-9). No entanto, há vários contrastes entre os exemplos bíblicos de "cair sobre o próprio rosto" e a prática de "cair no Espírito".

Biblicamente falando, cair no chão era o resultado da reação de uma pessoa ao que tinha visto em uma visão, quando ia muito além de acontecimentos comuns, tal como a transfiguração de Cristo (Mateus 17:6). Na prática não-bíblica de "cair no Espírito", essa pessoa responde ao "toque" de uma outra pessoa ou ao movimento do braço do pastor. Os exemplos bíblicos foram bem raros, de tal forma que aconteciam apenas nas vidas de uns poucos.

No fenômeno de "cair no Espírito", cair no chão é um evento semanal naquelas igrejas e essa experiência acontece com muitos. Nos exemplos bíblicos, as pessoas caíam sobre o próprio rosto quando maravilhadas pelo que viam ou por Quem viam. Já nesta perspectiva do "cair no Espírito", elas caem para trás, ou em resposta ao movimento do braço do orador, ou como resultado do toque de um líder da igreja (ou empurrão, em alguns casos).

Por meio destas comparações bíblicas com as práticas utilizadas pelos adeptos não estamos clamando que todos os exemplos de "cair no Espírito" sejam falsos ou apenas uma resposta a um toque ou empurrão. Muitas pessoas sentem uma energia ou uma força que as leva a cair para trás. No entanto, não achamos nenhuma base bíblica para esse conceito. Sim, talvez haja uma energia ou força envolvida, mas se esse for o caso, provavelmente não vem de Deus e não é o resultado do trabalho do Espírito Santo. Infelizmente, muitas pessoas buscam essas falsificações estranhas que não produzem fruto espiritual nenhum, ao invés de buscarem o fruto prático que o Espírito distribui com o propósito de glorificar a Cristo com nossas vidas (Gálatas 5:22-23).

Ser cheio do Espírito não é evidenciado por tais farsas, mas sim por uma vida que transborda com a Palavra de Deus de tal forma que a pessoa esteja sempre cheia de cânticos espirituais e de gratidão a Deus. Que Efésios 5:18-20 e Gálatas 5:22-23 sejam um retrato das nossas vidas!

Diante das perspectivas apresentada surgem alguns questionamentos importantes a serem esclarecidos a saber:

a) Esse fenômeno, hoje, não poderia ser apenas fruto de uma força pessoal, como a hipnose?

  • Sim, se consideramos, biblicamente, que a presença, a glória e o poder de Deus podem produzir esta reação em algumas pessoas, temos que considerar, também, que homens mal intencionados (e o próprio diabo) tentarão reproduzi-la por outros meios, ou, até mesmo, falsificá-la. Mas, não é tão difícil distinguir o falso do verdadeiro: O que é de Deus glorifica somente o nome de Jesus.

b) Não poderia ser uma possessão demoníaca?

  • O fenômeno do “cair no Espírito” é bem diferente do fenômeno de possessão demoníaca. Com um pouco de discernimento fica fácil distingui-los.

c) O que a pessoa sente, quando “cai”?

  • Isso varia de pessoa para pessoa. Alguns ficam surpresos (e até com vergonha), pois não esperavam por isso. Outros, após o desfalecimento, ficam simplesmente deitados por um tempo relativamente pequeno, até se recuperarem, e logo se levantam, sem experimentar algum sentimento mais forte ou especial. Há os que têm reações diversas, como riso e choro, ou ficam em silêncio profundo, como que desmaiadas, ou têm uma "sensação de uma enorme leveza e alegria". Uns poucos manifestam os chamados dons espirituais carismáticos, como a diversidade de línguas, visões etc.

d) O que muda na vida da pessoa?

  • Isso depende da pessoa. Alguns se levantaram para ser bênção, como o apóstolo Paulo, mas, para outros, nada muda, como os soldados que foram prender Jesus.

e) É certo alguém desejar ter esta experiência?

  • Mais uma vez, se consideramos, biblicamente, que a presença de Deus pode produzir tal fenômeno em algumas pessoas, não vejo nenhum problema em desejá-lo.

ANÁLISE E APONTAMENTOS REFERENTES A ESTE FENÔMENO



Antes de finalizarmos este artigo é importante abordarmos alguns aspectos que se fazem necessários para esclarecermos este assunto, ou seja, a ênfase do movimento no amor de Deus, e na necessidade da alegria na experiência cristã. Certamente precisamos mais e mais experimentar esta alegria, e dar testemunho ao mundo do gozo que temos em Cristo Jesus. Ao mesmo tempo, devemos cautelosamente indagar qual o preço que está sendo pago para isto, e se, ao final, vale a pena tomar este caminho para a renovação individual e da Igreja.

Por outro lado, a teologia de John Arnott é explicitamente influenciada por carismáticos como Benny Hinn, Howard Rodney-Brown, e Kathryn Kuhlman, e, portanto, sofre das mesmas deficiências que caracterizam a teologia neo-pentecostal, como a abertura para revelações diretas que se tornam, ao lado da Bíblia, uma segunda regra de fé e prática. Some-se a isto a ênfase nas experiências pessoais, e a tendência para receber como divino tudo que tem aparência do sobrenatural, sem o estabelecimento de critérios adequados que ajudem a fazer distinção entre o divino, humano, e demoníaco.

O movimento da "bênção de Toronto" faz parte do que tem sido chamado de reavivalismo moderno, em distinção aos avivamentos históricos dos séculos passados. Debaixo da influência de Charles Finney, os evangélicos do século passado até nossos dias passaram a ver avivamento como algo produzido diretamente pelo esforço organizado de igrejas ou denominações. Avivamento, dizem, é o resultado do emprego adequado dos métodos certos.

Nesta moldura teológica, os que desejam avivamento empregam todos os meios possíveis para produzi-lo, em contraste ao espírito dos antigos, que consideravam avivamento como obra soberana de Deus, pela qual poderiam orar, mas jamais produzir.

Avivamentos genuínos são produzidos pelo Espírito Santo, mas historicamente nenhum deles tem sido totalmente livre de excessos, erros teológicos, atitudes carnais, e espírito faccioso, devido ao fato que eles ocorrem entre nós, pecadores. Em toda obra divina, Satanás vem colocar seu dedo, e promover a confusão -- para não falar da contribuição da nossa natureza corrompida. Por este motivo, durante períodos de intensa atividade religiosa e despertamento espiritual, pastores e líderes conscientes destes fatos quase sempre procuraram manter vigilância.

A busca ansiosa e desesperada pela "unção", por avivamento, e pela manifestação do sobrenatural, acaba por abrir uma porta, pela qual fogo estranho pode entrar. Não é impossível que isto tenha ocorrido, em alguma medida, com os iniciadores do movimento de Toronto.

O que dizer do fato que a Igreja do Aeroporto de Toronto tem uma confissão de fé evangélica? Se por um lado isto nos tranquiliza, por outro, traz imensa preocupações, pois o grande problema hoje com movimentos neopentecostais nascidos dentro do evangelicalismo não é que eles contradizem as doutrinas centrais da ortodoxia evangélica, mas sim que lhes dão lugar secundário, e que lhes acrescentam crenças e práticas, que não são fruto de estudo e interpretação bíblicos (como as doutrinas confessionais), mas de experiências e mesmo revelações.

No fim das contas, a teologia e a prática acabam sendo controladas por experiências, visões, sonhos, e revelações através de profetas, coisa comum no dia a dia dos membros desta igreja, e de outras igrejas neopentecostais.

A justificativa apresentada para os fenômenos físicos não é convincente. Nos exemplos bíblicos citados por Arnott e outros líderes, as pessoas caíram prostradas sobre seus rostos, diante da manifestação extraordinária da glória de Deus. Se Deus se manifestasse em nossos dias desta forma, esperaríamos reações semelhantes. Mas não é isto que ocorre no movimento. As pessoas começam a cair, rir, chorar, tremer, pular e imitar animais sem qualquer manifestação especial da glória de Deus. Em muitos casos, não há nem mesmo pregação! Percebe-se por meio dos vídeos divulgados na internet[34] onde pessoas tremem e caem já no período inicial de louvor.

A verdade é que não existe justificativa bíblica para "cair" no Espírito, rir no Espírito, e imitar sons de animais. Não lemos destas coisas ocorrendo com os crentes da Igreja apostólica, no livro de Atos, nem há qualquer referência a estas manifestações nas cartas escritas pelos apóstolos às comunidades do primeiro século. Se estas coisas acompanharam a Igreja apostólica, e eram para ocorrer através dos séculos na Igreja cristã, é estranhos que não há qualquer referência, orientação, ou instrução, da parte dos apóstolos a este respeito.

Fazer referência aos fenômenos físicos ocorridos nos reavivamentos históricos também não justifica. Aqueles fenômenos foram resultado do impacto da pregação profundamente bíblica, penetrante, quebrantadora, de homens como Wesley, Whitefield e Edwards. Não existe pregação deste tipo no movimento. Não se prega sobre a ira de Deus, o juízo final, os horrores do inferno, a culpa do pecado; em parte, era a pregação sobre estas coisas que levavam as pessoas a caírem prostradas, tal a angústia de seus corações, durante os cultos dos antigos avivamentos. Mas pregações sobre a santidade de Deus, sua ira, e o castigo dos impenitentes não é frequente no movimento.

Além do mais, os principais líderes dos reavivamentos não encorajavam este tipo de coisas, e eram extremamente cautelosos quanto a comportamentos bizarros e estranhos. O que vemos na "bênção de Toronto" é o contrário, quando este comportamento estranho e anormal é abertamente encorajado por sua liderança.

CONCLUSÃO

Desejo concluir este artigo com algumas observações. Não podemos rejeitar o movimento como sendo algo totalmente do diabo, embora igualmente não possamos descartar o ensino bíblico de que Satanás provoca falsas sensações e experiências religiosas.

Existe suficiente Evangelho no movimento para garantir a atuação do Espírito Santo, mas a abertura para fenômenos físicos e novas revelações certamente garantem a possibilidade de falsas experiências, doutrinas e ênfases errôneas. Crentes genuínos que abraçam a experiência e ensinos de Toronto podem estar se expondo ao engano religioso, e suas consequências.

Embora não possamos negar a possibilidade da ocorrência de fenômenos físicos em resposta à uma obra intensa do Espírito, devemos recusá-los como evidência costumeira desta obra, devido, não somente à sua subjetividade, mas, especialmente, ao fato de que esta posição é biblicamente insustentável.

As evidências da obra do Espírito na vida dos crentes e descrentes são descritas em abundância na Escritura, e enfatizam especialmente uma vida santa em obediência à Palavra. Reações físicas estão no geral ausentes. Crentes que experimentam estas reações, como cair, tremer, ficar duro, emitir sons animais, e as consideram como resultado da operação do Espírito em suas vidas, podem estar trilhando o caminho perigoso da ilusão religiosa. Quando estas reações acabarem, serão tentados a reproduzi-las por si próprios.


[1]William Franklin "Billy" Graham Jr (Charlotte, 7 de Novembro de 1918) é um pregador batista norte-americano. Foi conselheiro espiritual de vários presidentes americanos. Foi ainda o mais proeminente membro da Convenção Batista Sulista dos EUA.
[2] John G. Arnott, The Father's Blessing (Florida: Creation House, 1995) 5.
[3]Kathryn Joanna Kuhlman (Concordia, Missouri, 9 de Maio de 1907 - Tulsa, 20 de Fevereiro de 1976) foi uma pregadora e evangelista norte-americana. Ela acreditava em milagres e libertação através do poder do Espírito Santo e fazia parte da ala pentecostal do cristianismo protestante. Tendo começado seu ministério com sua irmã e o marido desta, se casou com seu marido, Burroughs Waltrip em 1938. Em 1948 decidiu separar-se dele.
[4] Toufik Benedictus "Benny" Hinn (em árabe: توفيقبندكتوس "بني" الحن, nascido em 3 de dezembro de 1952) é um pregador, conhecido por suas frequentes "Cruzadas de Milagres", que são realizadas em grandes estádios em grandes cidades, e depois veiculadas mundialmente em seu programa de televisão "Este é o seu dia".
[5]John Richard Wimber (25 de fevereiro, 1934 - 17 de novembro de 1997) foi um músico, carismático pastor e um dos líderes fundadores do Movimento Vineyard , uma denominação que começou nos EUA e já se espalhou para vários países no mundo afora.
[6] Ibid: John G. Arnott, The Father's Blessing (Florida: Creation House, 1995) 5.
[7]O Reverendo Claudio Freidzon nasceu em Buenos Aires, República Argentina, em 19 de Setembro de 1955. Casado com Betty Freidzon, tem três filhos. Conheceu Jesus Cristo ainda muito jovem. Teve o seu encontro pessoal com Jesus Cristo, a sós, num lugar aberto, ao ar livre, fora da cidade de Buenos Aires. Ali experimentou a sua salvação de um modo extraordinário, desejando mostrar o amor de Cristo a todos os que o rodeavam. O ministério do pastor Claudio Freidzon caracteriza-se pela manifestação do Espírito Santo de forma poderosa com sinais e milagres. A sua busca pessoal levou-o a ter um poderoso encontro com o Espírito Santo em 1992, que revolucionou a sua vida e o seu ministério. A unção fresca do Espírito Santo inundou as reuniões da Igreja «Rey de Reyes» de uma forma surpreendente e gloriosa. Milhares de pessoas de todo o mundo chegaram à Igreja em busca de renovação espiritual. O seu ministério ultrapassou a esfera local, realizando conferências e campanhas com multidões nos cinco continentes.
[8] John G. Arnott, The Father's Blessing (Florida: Creation House, 1995) 58.
[9] John G. Arnott, The Father's Blessing (Florida: Creation House, 1995) 59.
[10] John G. Arnott, The Father's Blessing (Florida: Creation House, 1995) 168-169.
[11] John G. Arnott, The Father's Blessing (Florida: Creation House, 1995) 169, 183.
[12]Jonathan Edwards (5 de outubro de 1703 - 22 de março de 1758) foi pregador congregacional, teólogo calvinista e missionário aos índios americanos, e é considerado um dos maiores filósofos norte-Americano. O trabalho teológico de Edwards é muito abrangente, com sua defesa da teologia reformada, a metafísica do determinismo teológico, e a herança puritana. Edwards teve um papel fundamental na formação do primeiro Grande Despertar e supervisionou alguns dos primeiros fogos de avivamento em 1733-1735 na sua igreja em Northampton, Massachusetts. O sermão de Edwards "Pecadores nas Mãos de um Deus Irado", é considerado um clássico da literatura americana inicial, o que ele fez durante outra onda de renascimento em 1741, após a visita de George Whitefield as Treze Colônias. Edwards é amplamente conhecido por seus muitos livros: O fim para o qual Deus criou o mundo, A Vida de David Brainerd, que serviu para inspirar milhares de missionários de todo o século XIX, que muitos evangélicos reformados leem ainda hoje. Edwards morreu devido a uma inoculação contra a varíola, pouco após o início da presidência do Colégio de Nova Jersey (mais tarde a ser chamado Princeton University), e foi o avô de Aaron Burr.
[13]John Wesley (Epworth, Inglaterra, 17 de junho de 1703 — Londres, 2 de março de 1791) foi um clérigo anglicano e teólogo cristão britânico, líder precursor do movimento metodista e, ao lado de William Booth, um dos dois maiores avivacionistas da Grã-Bretanha.
[14]George Whitefield, (16 de dezembro de 1714 - 30 de setembro de 1770) foi um pastor anglicano itinerante, que ajudou a espalhar o Grande Despertar na Grã-Bretanha e, principalmente, nas colônias britânicas norte-americanas. Seu ministério teve enorme impacto sobre a ideologia americana. Conhecido como o "príncipe dos pregadores ao ar livre", foi o evangelista mais conhecido do século XVIII. Pregou durante 35 anos na Inglaterra e nos Estados Unidos, quebrou as tradições estabelecidas a respeito da pregação e abriu o caminho para a evangelização de massa. Enquanto jovem sua sede de Deus o tornou consciente de que o Senhor tinha um plano para sua vida. Para preparar-se, jejuava e orava regularmente, e muitas vezes ia ao culto duas vezes por dia. Na Universidade de Oxford (Inglaterra) cooperou com os irmãos John e Charles Wesley, participando com eles no "Clube Santo".
[15]Kenneth Erwin Hagin (McKinney, 20 de agosto de 1917 — Tulsa, 19 de setembro de 2003), é considerado o pai do Movimento Palavra de Fé. Foi um dos primeiros pastores protestantes a escrever sobre as filosofias que se tornaram o fundamento do movimento carismático, e um dos primeiros autores a pregar sobre a Teologia da Fé, escrevendo O Toque de Midas. Foi considerado, até alguns anos atrás, um escritor de heresias, hoje seus livros são muito respeitados por pentecostais.
[16]Edir Macedo, pontífice máximo da IURD, é contra o modismo de “cair no espírito”. Na IURD, dificilmente um membro será incentivado a exercer os dons espirituais, consequentemente, os exageros relacionados aos dons são ausentes. Mas a IURD não escapa de uma demostração exótica de experiências, aja vista a prática de exorcismos, que é um verdadeiro espetáculo!
[17]R.R. Soares, apesar de ter sua teologia moldada por Kenneth Hagin, é contra o “cair no espírito” e disse no Jornal Show da Fé, que quem cai são “os endemoninhados”.
[18]Alguns estudiosos preferem chamar as igrejas praticantes desses modismos de “ultra-pentecostais”
[19]É um teólogo cristão, apologista e autor. Ele é professor emérito de Teologia Sistemática no McMaster Divinity College. Os elementos mais controversos da teologia de Pinnock nos últimos anos tem sido as suas afirmações de apoio ao Teísmo Aberto e sua opinião aniquilacionista sobre o inferno. Norman Geisler e Roger Nicole tentaram excluí-lo da Sociedade Teológica Evangélica em 2003. A questão sobre isto foi levado a votação em novembro do mesmo ano e Pinnock manteve-se na instituição por falta de votos necessários para sua expulsão.
[20] Clark H. Pinnock, Flame of Love: A Theology of the Holy Spirit (Downers Grove, IL: Intervarsity Press, 1996) 250. É importante observar que Pinnock tem sido bastante criticado pelos evangélicos nos Estados Unidos pelas posições que abraçou neste livro, e em outros, com respeito à Trindade.
[21]Johnny T. Bernardo é apologista, escritor, jornalista, colaborador da revista Apologética Cristã e do jornal norteamericano The Christian Post, palestrante e fundador do INPR Brasil (Instituto de Pesquisas Religiosas).  Há mais de dez anos se dedica ao estudo de seitas e heresias, sendo um dos seus campos de atuação a fenomenologia religiosa e religiosidade brasileira. É também o autor da matéria "Igreja Dividida, as fragmentações do Catolicismo Romano", publicada no final de 2010 pela revista Apologética Cristã (M.A.S Editora). Assina também a coluna Giro da Fé da referida revista.
[22]Uma das igrejas pioneiras é a Comunidade Cristã do Aeroporto, na cidade de Toronto, no Canadá. Essa igreja, inclusive, foi citada pela reportagem da TV Record sobre o tema. A Comunidade Cristã do Aeroporto ficou mundialmente famosa pelo “cair no espírito” e pela “unção do riso”.
[23]Paul Gowdy, um dos fundadores da doutrina do Cair no Espírito na Igreja do Aeroporto em Toronto
[24]Pastor Antonio Gilberto é consultor doutrinário da CPAD, membro da Casa de Letras Emílio Conde, mestre em Teologia, graduado em Psicologia, Pedagogia e Letras, membro da diretoria da Global University nos Estados Unidos e autor dos livros “Mensagens, Estudos e Explanações em 1 Coríntios”, “O Calendário da Profecia”, “O Fruto do Espírito”, “A Bíblia: o livro, a mensagem e a história”, “A Prática do Evangelismo Pessoal”, “Verdades Pentecostais”, “A Bíblia através de séculos”, “Crescimento em Cristo” e “Manual de Escola Dominical”, todos títulos da CPAD, sendo este último o seu maior best-seller, com mais de 200 mil exemplares vendidos.
[25]GILBERTO, Antônio. Desvios da Doutrina Bíblica. in Revista Ensinador Cristão. Rio de Janeiro: CPAD, Ano 7, n° 28, p. 19.
[26] Idem, n° 29, p. 20.
[27]Claudionor Correa de Andrade (São Paulo, 18 de novembro de 1955) é um pastor assembleiano e um dos principais teólogos pentecostais brasileiros.
[28] ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Fundamentos Bíblicos de um Autêntico Avivamento. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p. 142.
[29]Paulo Rodrigues Romeiro é pastor e apologista cristão evangélico. Foi presidente do Instituto Cristão de Pesquisas (ICP) em São Paulo, e atualmente dirige a Agência de Informações Religiosas (AGIR). Preocupado com problemas doutrinários nas igrejas brasileiras, em 1993 publicou o livro Super Crentes: O evangelho segundo Kenneth Hagin, Valnice Milhomens e os profetas da prosperidade que refuta a Teologia da Prosperidade neo-pentecostal e critica seus propagadores, especialmente Kenneth E. Hagin e Valnice Milhomens, prefaciado pelo renomado missionário Russell Shedd. Em 1995 ele publicou uma seqüência, Evangélicos em Crise: Decadência doutrinária na igreja. Outro livro é Decepcionados com a Graça: Esperanças e frustrações no Brasil neo-pentecostal, que foi lançado na Universidade Metodista de São Paulo, contando com a presença de vários líderes evangélicos. Seu último livro é Religião e Alienação: Um estudo sobre os desafios e tensões do adolescente testemunha de Jeová (Editora Reflexão, 2009). Seus livros sobre os modismos nas igrejas evangélicas quase não receberam críticas diretas de seus opositores. Atualmente é pastor da Igreja Cristã da Trindade em São Paulo, uma igreja de teologia assembleiana, e é professor no curso de pós-graduação em Ciências da Religião da Universidade Presbiteriana Mackenzie 1. Paulo Romeiro também escreve mensalmente na revista POVOS, da qual é consultor na área de religiões comparadas.
[30] ROMEIRO, Paulo. Evangélicos em Crise. 4. ed. São Paulo: Mundo Cristão, 1999, p. 77.
[31]GONÇALVES, José. Espiritualidade, Avivamento e Equilíbrio. Revista Manual do Obreiro. Rio de Janeiro: CPAD, ano 27, n° 29, Janeiro-Março, p. 40-45.
[32]ARAÚJO, Isael de. Dicionário do Movimento Pentecostal. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p. 616.
[33]Editor, escritor, articulista. Pastor na Assembleia de Deus no bairro de Cordovil, Rio de Janeiro-RJ. Membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil e da Casa de Letras Emílio Conde. Colunista do jornal The Christian Post e do portal OGalileo. Ministrou Hermenêutica, Exegese, Homilética, Teologia Sistemática e várias outras matérias durante dez anos na FAESP, em São Paulo-SP, onde se formou. Nesta cidade, pastoreou duas congregações ligadas à Assembleia de Deus do Ministério do Belém. Atuou na CPAD (RJ) como gerente de informática e editor de obras nacionais. É também autor dos livros "Perguntas Intrigantes que os Jovens Costumam Fazer" (2003), "Adolescentes S/A" (2004), "Erros que os Pregadores Devem Evitar" (2005), "Evangelhos que Paulo Jamais Pregaria" (2006), "MAIS Erros que os Pregadores Devem Evitar" (2007), "Erros que os Adoradores Devem Evitar", todos editados pela CPAD. Além disso, é coautor da obra "Teologia Sistemática Pentecostal", lançada em 2008 pela CPAD. Atua como preletor em escolas bíblicas, congressos, conferências, realizados no Brasil e no exterior.
[34]Cabe ressaltar que muitos poderiam dizer que esta avalição é de modo parcial, mas existem muitos vídeos que são divulgados pela própria denominação onde pessoas são entrevistadas que dão testemunho deste tipo de pratica citada acima, não tornando assim a nossa apreciação de modo parcial.

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7 METAS DIÁRIAS DO VERDADEIRO CRISTÃO

1) Cultuar a Deus, o que inclui adoração profunda, renúncia, intercessão, leitura bíblica com meditação e, eventualmente, jejum.
2) Esforçar-se para conduzir pessoas a Cristo e, quando possível, estar em paz e comunhão com os irmãos (Hb 12.14), exceto quando estes se enquadrarem em 1 Coríntios 5.11.
3) Defender a verdade do Evangelho, mas com mansidão e temor (Fp 1.16; Gl 1.8; 1 Pe 3.15).
4) Refletir a cada momento se tem andado conforme a Palavra de Deus (Sl 119.105).
5) Estar preparado para o Arrebatamento da Igreja (1 Jo 3.1-3; 1 Ts 5.23).
6) Estar mais cheio do Espírito Santo hoje do que ontem (Ef 5.18, gr.).
7) Ler bons livros, principalmente de autores que amam a Jesus e respeitam a sua Palavra.

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