A
EXISTÊNCIA DE DEUS
1. “Como sabemos que Deus existe?
a.
A
resposta pode ser dada em duas partes:
i. Primeira, todas as pessoas têm uma
intuição íntima de Deus.
ii. Segunda, cremos nas provas
encontradas nas Escrituras e na natureza”.
b.
Todas
as pessoas de qualquer lugar têm uma profunda intuição íntima de que Deus
existe, de que são criaturas de Deus e de que ele é seu Criador.
i. Paulo diz que mesmo os gentios
descrentes tinham “conhecimento de Deus”, mas não o honravam como Deus nem lhe
eram gratos (Rm 1.21).
ii. Na vida do cristão essa íntima consciência
de Deus se torna mais forte e mais distinta.
iii. Além da consciência íntima de Deus,
que dá claro testemunho do fato de que ele existe, encontramos claras
evidências da sua existência nas Escrituras e na natureza.
c.
As
provas de que Deus existe se encontram, logicamente, disseminadas por toda a
Bíblia.
i. De fato, a Bíblia sempre pressupõe
que Deus existe.
ii. Além das provas encontradas na
existência dos seres humanos, há outra excelente evidência na natureza.
1.
Quem
olha para o céu, de dia ou de noite, vê o sol, a lua e as estrelas, o
firmamento e as nuvens, todos declarando continuamente pela sua existência,
beleza e grandeza que foi um Criador poderoso e sábio quem os fez e os sustém
na sua ordem.
2.
As
“provas” tradicionais da existência de Deus, arquitetadas por filósofos
cristãos (e alguns não cristãos) de várias épocas da história, são de fato
tentativas de analisar as evidências, especialmente as evidências da natureza,
de modos extremamente cuidadosos e logicamente precisos, a fim de convencer as
pessoas de que não é racional rejeitar a ideia de que Deus existe.
d.
A
maior parte das provas tradicionais da existência de Deus pode ser classificada
em quatro tipos importantes de argumento:
i. O argumento cosmológico considera o fato de que toda coisa
conhecida do universo tem uma causa.
ii. O argumento teleológico é na verdade uma subcategoria do
argumento cosmológico.
1.
Como
o universo parece ter sido planejado com um propósito, deve necessariamente
existir um Deus inteligente e determinado que o criou para funcionar assim.
iii. O argumento ontológico parte da idéia de Deus, definido
como um ser “maior do que qualquer coisa que se possa imaginar”.
iv. O argumento moral parte do senso humano do certo e do
errado, e da necessidade da imposição da justiça, e raciocina que deve
necessariamente existir um Deus que seja a fonte do certo e do errado e que vá
algum dia impor a justiça a todas as pessoas.
e.
Como
todos esses argumentos se baseiam em fatos sobre a criação que realmente são
verdadeiros;
i. Podemos dizer que todas essas provas
(quando cuidadosamente formuladas) são, num sentido objetivo, provas válidas
porque avaliam corretamente as evidências e ponderam com acerto, chegando a uma
conclusão verdadeira:
1.
De
fato, o universo realmente tem Deus como causa,
2.
Realmente
dá provas de um planejamento deliberado,
3.
Deus
realmente existe como ser maior do que qualquer coisa que se possa imaginar e
ele realmente nos deu um senso do certo e do errado e um senso de que seu juízo
virá algum dia.
ii. Mas noutro sentido, se “válido”
significa “capaz de conseguir que todos concordem, mesmo aqueles que partem de
falsos pressupostos”, então é claro que nenhuma das provas é válida, pois
nenhuma delas é capaz de fazer que todos aqueles que as ponderam acabem
concordando.
2.
Finalmente,
é preciso lembrar que neste mundo pecador Deus precisa possibilitar que nos
convençamos, senão jamais creríamos nele.
a.
Lemos
que “o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não
resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo” (2Co 4.4).
REFERENCIA
Teologia
Sistemática. Wayne Grudem, Edições Vida Nova. Parte 2 - A Doutrina de Deus – p.
98 - 359
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