Escola Dominical - Esboços da EBD
Lições Bíblicas 1° Trimestre de 2012
A verdadeira prosperidade - A vida cristã abundante
A PROSPERIDADE EM O NOVO TESTAMENTO
Lição 4 - 22 de Janeiro de 2012
Leitura bíblica em classe: 2 Coríntios: 8.1-9
SER PRÓSPERO NA GRAÇA É
TER RETIDÃO, PAZ E ALEGRIA
1. QUEM ESTÁ NA GRAÇA DIVINA TEM O ESPÍRITO LIBERAL
2 Coríntios 8.1 Também, irmãos, vos fazemos conhecer a graça de
Deus concedida às igrejas da Macedônia;
* Todos que tem graça divina aprendem a agir com liberalidade
Provérbios 11.15 A alma generosa prosperará e aquele que atende
também será atendido
2. QUEM ESTÁ NA GRAÇA DIVINA TEM O ESPÍRITO GENEROSO
2 Coríntios 8.2 porque, no meio de muita prova de tribulação,
manifestaram abundância de alegria, e a profunda pobreza deles superabundou em
grande riqueza da sua generosidade.
* Se ajudarmos o próximo seremos retribuídos pelo amor divino
2 Coríntios 9.7 Cada um contribua segundo propôs no seu coração;
não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria.
3. QUEM ESTÁ NA GRAÇA DIVINA TEM O ESPÍRITO VOLUNTÁRIO
2 Coríntios 8.3 Porque eles, testemunho eu, na medida de suas
posses e mesmo acima delas, se mostraram voluntários,
* A disposição em contribuir com o reino revela a nossa conversão
Atos 4.35 E repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada
um tinha.
4. QUEM ESTÁ NA GRAÇA DIVINA TEM O ESPÍRITO ASSISTENCIAL
2 Coríntios 8.4 pedindo-nos, com muitos rogos, a graça de
participarem da assistência aos santos.
* A felicidade está na prática de que é melhor dar do que receber
Atos 20.35 Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é
necessário auxiliar os enfermos, e recordar as palavras do Senhor Jesus, que
disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber.
5. QUEM ESTÁ NA GRAÇA DIVINA TEM O ESPÍRITO SACRIFICIAL
2 Coríntios 8.5 E não somente fizeram como nós esperávamos, mas
também deram-se a si mesmos primeiro ao Senhor, depois a nós, pela vontade de
Deus;
* Quem é comprado por Cristo não é mais senhor de si mesmo
I Coríntios 6.20 Porque fostes comprados por bom preço;
glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais
pertencem a Deus
6. QUEM ESTÁ NA GRAÇA DIVINA TEM O ESPÍRITO COMPASSÍVEL
2 Coríntios 8.6 o que nos levou a recomendar a Tito que, como
começou, assim também complete esta graça entre vós.
* Mesmo em pobreza devemos ser presentes aos apelos de ajuda
I Coríntios 16.1 Ora, quanto à coleta que se faz para os santos,
fazei vós também o mesmo que ordenei às igrejas da Galácia.
7. QUEM ESTÁ NA GRAÇA DIVINA TEM O ESPÍRITO BENEFICENTE
2 Coríntios 8.7 Como, porém, em tudo, manifestais superabundância,
tanto na fé e na palavra como no saber, e em todo cuidado, e em nosso amor para
convosco, assim também abundeis nesta graça.
* Quem vive no espírito se compadece pela necessidade alheia
Hebreus 13.16 E não vos esqueçais da beneficência e comunicação,
porque com tais sacrifícios Deus se agrada.
8. QUEM ESTÁ NA GRAÇA DIVINA TEM O ESPÍRITO DILIGÊNTE
2 Coríntios 8.8 Não vos falo na forma de mandamento, mas para
provar, pela diligência de outros, a sinceridade do vosso amor;
* Quem tem amor genuíno mostra interesse pelo seu próximo
Lucas 10.27 E, respondendo ele, disse: Amarás ao Senhor teu Deus
de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de
todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo.
9. QUEM ESTÁ NA GRAÇA DIVINA TEM O ESPÍRITO HUMANITÁRIO
2 Coríntios 8.9 pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo,
que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos
tornásseis ricos.
* A nossa transformação é vista pela caridade com o próximo
I Coríntios 13.2 E ainda que tivesse o dom de profecia, e
conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé,
de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
- Veremos nesta lição o que o Novo Testamento diz acerca da verdadeira prosperidade.
- Analisaremos o seu aspecto escatológico ou futuro, diferente dos heréticos teólogos da prosperidade, que se concentram somente no presente.
- Veremos ainda que o ter não pode prevalecer sobre o ser; e que, sem a filantropia, é inútil a prosperidade.
- A PROSPERIDADE
NO NOVO TESTAMENTO É ESCATOLÓGICA
- O Senhor Jesus sempre preveniu
os seus seguidores quanto aos sofrimentos que decorreriam do fato deles
abraçarem o evangelho (Mt 8.18-22; 10.16-22; Jo 16.33; 17.14,15).
i. O Mestre
nunca prometeu uma vida de grandes
facilidades e comodidades.
ii. Isso,
logicamente, remeteria os discípulos a uma perspectiva futura, de recompensas
futuras.
- Um certo dia, Pedro se viu num
dilema que, por vezes, atingem os cristãos em geral.
i. Ele
perguntou o seguinte ao Senhor: “Eis que nós deixamos tudo e te seguimos; que
receberemos”? (Mt 19.27).
ii. No
versículo posterior, Jesus deixou claro que os seus seguidores receberiam a
recompensa na eternidade, quando se assentariam sobre doze tronos (Mt 19.28).
iii. Jesus
ainda disse que já neste tempo, ele receberia cem vezes tanto e também herdaria
a vida eterna (Mt 19.29).
iv. Quando o
Senhor falou sobre “cem vezes tanto” certamente estava se referindo a uma vida
espiritual abundante, pois nem Pedro e nem qualquer outro dos doze jamais
enriqueceram.
v. O maior
tesouro que um crente em Cristo pode ter é a vida eterna.
vi. Foi para
isso que o próprio Verbo se fez carne (Jo 3.16).
- É interessante notar que a
ideia de galardão sempre está relacionada com a perspectiva celestial e
com o futuro:
i. Mt 5.12
fala de galardão no céu;
ii. Mt 6.1
fala de galardão junto ao Pai que está nos céus;
iii. Mt 10.41
utiliza o verbo no futuro “receberá galardão”;
iv. Mt 10.42
também faz uso do futuro “de modo algum perderá o seu galardão” ;
v. Jo
4.34-36 diz que os trabalhadores da seara da evangelização ajuntam recompensa
para a vida eterna;
vi. Outros
textos que mencionam o nosso galardão futuro (I Co 3.8,14; Cl 3.24; Hb 10.35;
Ap 22.12);
- A ideia de prosperidade que
permeava a mente e o coração dos crentes da igreja primitiva residia na
esperança de um futuro de glória junto à Cristo.
i. Por
isso, as dificuldades desta vida não esmagavam o seu bem estar (Rm 8.18).
ii. Mesmo os
sofrimentos eram encarados como instrumentos de Deus para o bem de seus servos
(Rm 8.28), e não como consequência de pecado ou falta de fé.
iii. Paulo
chegou a dizer que sentia prazer nas angústias (Rm 5.3).
iv. A Carta
aos Filipenses, conhecida como a “Carta Feliz” ou a “Carta da Alegria”, foi
escrita de dentro de uma prisão.
v. O
apóstolo Paulo tinha a convicção de que nem mesmo a morte seria um impedimento
para o gozo da vida (II Co 5.1-6).
vi. Ele
chega a dizer que estava sempre de bom ânimo, pois, um dia, o mortal seria
absorvido pela vida (II Co 5.4).
vii. O que
importava nisso tudo é que a presença de Deus fosse conservada, pois nela está
o verdadeiro sentido da vida (Fp 1.21).
- A PROSPERIDADE
NO NOVO TESTAMENTO É MAIS UMA QUESTÃO DE SER DO QUE DE TER
- Na
realidade, o Novo Testamento fala muito mais dos perigos das riquezas do
que de seus benefícios.
i. O muito TER
geralmente leva as pessoas ao NÃO SER, ou a serem o que Deus e a Sua Palavra
condenam. Vejamos alguns casos:
1.
No texto de Mt 6.19-24, Jesus fala da inutilidade de se esforçar
demasiadamente para ajuntar tesouros nesta vida, pois aqui, a traça e a
ferrugem podem consumir, e o ladrão, pode roubar.
a.
Por que, então, não viver em função de riquezas que poderemos
desfrutar por toda a eternidade?
b.
Ainda nesta passagem, o Senhor diz que as riquezas podem dividir o
coração do crente, de forma que ele venha a ter dois senhores, a saber: Deus e
Mamom.
c.
Isso é pecado de idolatria.
d.
Por isso, o apóstolo Paulo disse que a avareza é idolatria (Cl
3.5; cf. Ef 5.5);
2.
O texto de Lc 12.16-21 nos mostra uma parábola acerca de um homem
rico, que por muito ter, acabou se tornando uma pessoa egoísta, soberba,
materialista, carnal e irracional.
a.
A sua insensatez não o deixou enxergar o óbvio: que as coisas
desta vida são transitórias.
b.
Tinha muito na perspectiva humana (era rico), mas não tinha nada
na perspectiva divina (era pobre).
c.
Faz-nos lembrar dos crentes da Igreja de Laodicéia, que se
julgavam ricos, porém eram desgraçados, miseráveis, pobres, cegos e nus (Ap
3.17).
d.
Isso não é prosperidade. Pelo menos, não o é segundo Deus!
3.
O texto de Mt 10.16-22 relata o episódio de um jovem rico, que até
era religioso, mas apenas superficialmente.
a.
A passagem deixa claro que o seu coração estava mesmo nas
riquezas.
b.
Prova disso, é que ele preferiu rejeitar o convite do Mestre a abrir
mão de suas propriedades.
c.
Ele rejeitou o tesouro do céu, oferecido por Cristo, e apegou-se
aos tesouros desta vida (10.21,22).
d.
Foi por causa desse ocorrido que Jesus disse: “Em verdade vos digo
que é difícil entrar um rico no Reino dos céus” (10.23);
4.
O texto de I Tm 6.9,10 é um dos mais contundentes do Novo
Testamento quanto ao perigo das riquezas.
a.
Nele, o apóstolo Paulo denuncia o risco que corre os que são
movidos pelo desejo de serem ricos.
b.
Tal sentimento induz as pessoas à tentação, aos laços e a
concupiscências nocivas, isto é, desejos desordenados, descontrolados que
somente danificam o crente em todas as esferas de sua vida.
c.
Os teólogos da prosperidade deveriam ler estes versículos e
atentarem para o fato de que os vivem em função do material naufragam na
perdição e na ruína.
d.
O versículo 10 diz que abraçar a mentalidade de prosperidade
material é praticar um suicídio espiritual;
5.
Podemos destacar o exemplo da Igreja de Esmirna, que era pobre na
perspectiva social, mas o próprio Jesus afirmou categoricamente: “Mas tu és
rico” (Ap 2.9).
a.
A sua riqueza consistia em boas obras para com Deus, uma vida de
santidade e intolerância ao pecado, ao fato de passarem por tribulações
diversas por amor a Cristo e não deixarem o seu lugar.
b.
Ser próspero é ser um crente fiel a Deus e à Sua Palavra e
desfrutar de todas as bênçãos e riquezas espirituais que acompanham a salvação proporcionada
por Cristo na cruz do Calvário, símbolo totalmente antagônico à teologia da
prosperidade (Ef 1.3-6; I Co 1.22,23).
- A PROSPERIDADE
NO NOVO TESTAMENTO É FILANTRÓPICA
- As
riquezas oriundas de Deus para uma pessoa nunca visará o bem-estar único
e exclusivo de quem as recebe apenas.
i. Tanto no
Antigo quanto no Novo, Deus manifestou o seu cuidado para com os pobres e
sempre exortou os mais abastados a repartirem a sua fartura com os que padeciam
necessidades.
ii. O
apóstolo Paulo, escrevendo à Timóteo falou que os ricos não deveriam colocar
suas esperanças nas incertezas das riquezas, mas em Deus (I Tm 6.17).
iii. E que os
ricos fizessem o bem e enriquecessem de boas obras, repartindo a sua fortuna com
os menos favorecidos (6.18).
iv. Deus dá
para que possamos REPARTIR.
v. Isso não
é válido apenas para os ricos, mas para todos os cristãos, que devem ser
movidos por um espírito generoso, dispostos muito mais a dar do que a receber.
- As
igrejas da Macedônia, mencionadas por Paulo, são um exemplo de
filantropia.
i. Mesmo em
meio à provas, tribulações e dificuldades financeiras, eles repartiram o pouco
que tinham de forma generosa e voluntária (II Co 8.1-4).
ii. Eles não
somente deram o que tinham, mas deram-se a si mesmos, doaram-se para ajudar o
próximo (8.5).
iii. A
verdadeira manifestação da nossa fé e do amor de Cristo se dá mediante as
nossas obras (II Co 8.9; Tg 2.14-17).
- Ainda
vemos a filantropia sendo realizada no Novo Testamento em textos como At
4.34, Rm 15.26, II Co 9.1-15, Gl 2.10.
i. Os
crentes em Cristo não devem apenas praticar a filantropia, mas “quererem
praticá-la” (II Co 8.10).
ii. Devemos
fazer isso não com tristeza ou por necessidade ou por conveniência (II Co 9.7).
iii. Uma
coisa, todavia, deve ser esclarecida: a contribuição deve ser feita conforme as
posses de cada um para que não aconteça o que o apóstolo menciona: “Mas não
digo isso para que os outros tenham alívio, e vós, opressão; mas para
IGUALDADE... como está escrito: O que muito colheu não teve de mais; e o que
pouco, não teve de menos” (II Co 8.13-15).
- Vimos que, numa perspectiva presente, a verdadeira prosperidade está no aprofundamento progressivo da nossa comunhão com Deus, no usufruto da nossa salvação.
- E no futuro, estaremos com o Senhor eternamente, desfrutando do novo céu e da nova terra onde não haverá morte, nem pranto, nem clamor, nem dor (Ap 21.1-4).
REFERÊNCIAS
Bíblia
de Estudo Pentecostal. Donald C. Stamps. CPAD.
Nenhum comentário:
Postar um comentário