BEM-AVENTURADO AQUELE A QUEM O SENHOR CASTIGA
2º
Segredo da Felicidade: Correção
Introdução
A
palavra “castigo”, do nosso ponto de vista humano, nunca encerra em si uma
coisa feliz, mas, a Palavra do Senhor revela-nos que, quando a correção vem de
Deus, ela produz mais que alegria, ela gera bem-aventurança.
Nas línguas originais em que foram escritos o Antigo e o
Novo Testamento aparecem quatro palavras para a idéia do castigo – nenhuma
delas têm o sentido de punição.
Logo, quando Deus castiga o ser humano, pensa em
corrigi-lo, aprimora-lo ou prepará-lo para desafios mais elevados em sua vida.
O castigo de Deus é disciplina corretiva e não meramente
penalidade punitiva.
No português, a palavra castigo vem do latim castum
agere que quer dizer tornar-se casto, puro, limpo, corrigido.
Precisamos também ponderar que não podemos dizer que
todo o sofrimento é fruto de correção de Deus (Jó, embora não fosse
absolutamente perfeito, parece que não fez nada para que merecesse seus
sofrimentos).
A atitude do ser humano quando recebe o corretivo vindo
do Todo-Poderoso é que irá definir se a ação de Deus tornou-se punição ou se
transformou em correção.
De um lado, para o Faraó dos tempos de Moisés, os
castigos de Deus tornaram-se somente punição (Ex 7.19 ao cap. 11 e 12.29-33,
14.27-31); por outro lado, o Faraó do tempo de Abraão foi correção (Gn
12.17-20).
Neste sentido, Paulo foi castigado com a cegueira (At
9.1-9), mas Barjesus (Elimas, o mago) foi punido (At 13.6-12).
Por que algo que, aparentemente, só produz em nós coisas
ruins como o castigo, quando aplicado por Deus, pode nos gerar bem-aventurança?
1.
PORQUE
DEUS, QUANDO NOS CASTIGA, NOS TRATA COMO FILHOS AMADOS A QUEM QUER MUITO BEM.
a. Da
mesma forma que a Bíblia determina que um pai terreno deve castigar seu filho
(Pv 13.24; 19.18; 23.13,14; 29.15), o Pai celeste disciplina aqueles a quem Ele
ama, pois são seus filhos (Hb 12.6).
i. A
nação de Israel do ponto de vista coletivo é o filho de Deus (Ex 4.22, Os 11.1,
Mt 2.15, Rm 9.4).
ii. Porém,
mais do que isso cada salvo da igreja, seja judeu ou gentio, é um filho de Deus
de modo individual, por força de estar unido ao Filho unigênito de Deus (Rm
8.14-19, 29; Gl 4.1-7; Ap 21.7).
iii. Quem
recebe esta revelação deve regozijar-se no Senhor!
2.
PORQUE
DEUS, QUANDO NOS CASTIGA. NÃO APENAS VISA COIBIR O ERRO, MAS SIM, REFORÇAR
NOSSOS ACERTOS.
a. Isso
nos leva a melhorar nosso caráter e nos conduz a nos autosuperar e produzirmos
mais frutos para o Senhor que temos produzido (Jo 15.2).
i. Isso
gera sentido à vida e bem-aventurança.
3. PORQUE DEUS, COMO É ABSOLUTAMENTE JUSTO
DISTINGUI O NOSSO PECADO DE NÓS MESMOS E NUNCA SE EXCEDE NA DISCIPLINA QUE
SOBRE NÓS APLICA.
a. “Ele
conhece nossa estrutura e lembra-se que somos pó” e nos perdoa (Sl 103.3,
8-14).
i. Isso
produz em nós uma felicidade tal que podemos bendizer ao Senhor com alegria
(vv. 1-3 do mesmo salmo).
4. PORQUE DEUS, QUANDO NOS CASTIGA, É
ESPECÍFICO, NÃO FAZ CONEXÃO DE UM PECADO QUE ELE QUER CASTIGAR COM OUTROS ERROS
PRÓPRIOS DA NOSSA FALIBILIDADE HUMANA.
a. Por
isso, o Senhor mesmo se compromete em resolver os sofrimentos advindos do
castigo que ele nos aplica (Jó 5.18).
i. Isso
é motivo para nós nos regozijarmos no Senhor.
5.
PORQUE
DEUS, QUANDO NOS CASTIGA, FAZ ISSO COM SEU AMOR E NÃO COM TERRORISMO, ELE
PROCURA NOS LIBERTAR DE UMA VEZ POR TODAS DO PECADO QUE QUER NOS ESCRAVIZAR.
a. No
amor não há medo; o amor que é totalmente verdadeiro afasta o medo (1 Jo
4.18,19).
i. O
homem quando puni o faz com ódio.
ii. Deus
quando corrigi o realiza com muito amor porque é Pai.
iii. O
rei Davi não quis cair nas mãos dos homens, depois que pecou arrogantemente, ao
querer fazer o censo de seu exército (2 Sm 24.14), tendo oportunidade de
Escolher o “homem segundo o coração de Deus” preferiu ser castigado pelo
Todo-Poderoso.
Conclusão
1. Peçamos
discernimento ao Senhor para distinguirmos se nossa luta é consequência natural
de escolhas erradas (pecados) feitas.
a. Se
for este o caso, entendamos que o Senhor como Pai amoroso quer sua correção e
restauração.
2. Aumentemos
nossa intimidade com Deus.
a. Se
o Senhor nos mostrar que Ele está nos castigando, aproximemo-nos d’Ele e iremos
perceber o seu amor e seu cuidado sobre a nossa vida.
3. Sejamos
zelosos e arrependamo-nos (Ap 3.19).
a. Se
o castigo de Deus visa mudança de atitude, certifiquemo-nos da área que
carecemos de nos santificar e peçamos ajuda do Espírito Santo para que Ele nos
auxilie.
4. Tomemos
cuidado para não nos precipitar como os amigos de Jó, julgando que todos
aqueles que sofrem estão debaixo de alguma espécie de castigo da parte de Deus
(Mt 7.1).
Fonte: PR. ROBSON
BRITO
Divulgação: http://www.admaringa.com.br
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