Escola
Dominical - Esboços da EBD
Vencendo as Aflições da Vida
Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor as livra de
todas
A ANGÚSTIA DAS DÍVIDAS
Lição 9 - 26 de Agosto de 2012
Texto
Áureo: "Bem-aventurado aquele que teme ao
SENHOR e anda nos seus caminhos! Pois com eras do trabalho das tuas mãos, feliz
serás, e te irá bem" (SI 128.1,2).
Leitura
Bíblica em Classe: 1 Timóteo 6.7-12
QUEM
SABE SE CONTENTAR EVITA A ANGÚSTIA DAS DÍVIDAS
1 - A
MAIOR POBREZA NUNCA SERÁ MENOR DO QUE QUANDO CHEGAMOS AO MUNDO - I Timóteo 6.7 -
Porque nada trouxemos para este mundo e manifesto é que nada podemos levar
dele.
* Viemos
ao mundo sem nada, e também nós partiremos dele sem nada – Jó 1.21 E disse: Nu saí do ventre de
minha mãe e nu tornarei para lá; o SENHOR o deu, e o SENHOR o tomou: bendito
seja o nome do SENHOR.
2 - A
NOSSA FELICIDADE NÃO PODE SER COLOCADA CONDICIONAL A COISA MATERIAL - I Timóteo 6.8 - Tendo, porém, sustento
e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes.
* As
coisas necessárias da vida devem ser a regra do verdadeiro cristão – Provérbios 30.8 Não me dês nem a
pobreza nem a riqueza; mantêm-me do pão da minha porção acostumada.
3 - A
AVAREZA É UM MAL NOCIVO QUE NÃO PODE FAZER PARTE DA VIDA DO CRENTE - I Timóteo 6.9 - Mas os que querem ser
ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e
nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína.
* O
tolo busca o que é para o corpo e o sábio o que é para a eternidade - Lucas 12.15 E disse-lhes:
Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste
na abundância do que possui.
4 - O
AMOR IMODERADO AO DINHEIRO LEVA MUITOS A TODA ESPÉCIE DE MALES - I Timóteo 6.10 - Porque o amor do
dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram
da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.
* A
cobiça é uma insensatez com inclinação de trocar a fé pelo dinheiro – Lucas 12.20 Mas Deus lhe disse:
Louco! esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem
será?
5 - OS
HOMENS DE DEUS NÃO PODEM COLOCAR O CORAÇÃO NAS COISAS DO MUNDO - I Timóteo 6.11 - Mas tu, ó
homem de Deus, foge destas coisas e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a
paciência, a mansidão.
* Se
nosso tesouro está em coisas materiais, é ai que está o nosso coração – Mateus 6.21 Porque onde estiver
o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.
6 - QUEM
É FIEL MILITANTE NÃO SE CORROMPE NA FÉ E TESTIFICA A SUA CONDUTA - I Timóteo 6.12 - Milita a boa milícia
da fé, toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado, tendo já
feito boa confissão diante de muitas testemunhas.
* Quem
luta pelas virtudes cristãs deve estar apartado do amor ao dinheiro – I Timóteo 6.10 Porque o amor ao
dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se
desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.
LIÇÃO 09 – A ANGÚSTIA DAS DÍVIDAS
INTRODUÇÃO
ü Veremos nesta lição que o consumismo é um dos
principais causadores do endividamento das pessoas, analisaremos ainda o que
Jesus falou sobre as questões financeiras e, por fim, elencaremos algumas
recomendações que nos ajudarão a nos livrarmos das angústias geradas pelas
dívidas, e a vivermos de forma sóbria e equilibrada do ponto de vista
financeiro.
ü O apóstolo Paulo já dizia: “A ninguém devais
coisa alguma, a não ser o amor...” (Rm 13.8).
ü O crente em Jesus deve esforçar-se ao máximo para
não se tornar uma presa das dívidas.
1) O CONSUMISMO E SUAS IMPLICAÇÕES
a)
O consumismo é um descontrole para adquirir bens,
serviços e produtos de forma indiscriminada, na tentativa de realizar-se
emocionalmente.
b)
Geralmente, pessoas fragilizadas por alguma
intempérie da vida, são tendenciosas a buscarem no consumo dos bens materiais a
satisfação para o vazio da alma.
c) No entanto, elas acabam endividadas, frustradas e
desesperadas. Lembremos que os bens existem para os possuirmos, e não
para sermos possuídos por eles.
d)
O consumista valoriza em extremo as coisas
materiais, enquanto o verdadeiro crente em Jesus prioriza as coisas espirituais
(Mt 6.33).
e)
Podemos perceber o sentimento contrário ao
consumismo nas palavras do apóstolo Paulo: “Tendo, porém, sustento e com
que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes” (I Tm 6.8).
f)
O contentamento é exatamente o oposto do
consumismo.
i) Contentamento. O Aurélio define esta expressão como: “Ter prazer com o que se
tem, Tornar-se satisfeito com o que possui, ter satisfação com o necessário”.
(1) É exatamente isso que o cristão deve sentir, pois
reconhece que o Senhor dispensa as bênçãos materiais sobre os seus filhos
conforme sua soberana vontade, pois o ouro e a prata pertencem a Ele (Ag 2.8);
(2) E, por certo, não deixará um filho seu ser provado
além das forças (I Co 10.13)
(3) E nem o deixará mendigar o pão (Sl 37.25).
(4) Se tivermos as coisas essenciais da vida, tais
como: alimento, vestuário e um teto, devemos estar satisfeitos.
(5) O crente, além de ter uma vida piedosa, deve também
estar sempre contente e consciente da transitoriedade desta vida (I Tm 6.6,7).
ii) O querer ser rico. No afã de querer consumir e gastar, o indivíduo busca ardorosamente
mais dinheiro, mais riquezas e acaba naufragando na fé: “Mas os que
querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências
loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína” (I Tm
6.9).
(1) Muitas vezes o crente acaba se afundando nas
dívidas por querer ser rico, buscando um nível e um estilo de vida que o seu
salário não permite.
(2) Tudo isso acontece por causas de dois terríveis
sentimentos que brotam no coração daqueles que se deixam envolver na dimensão
material. Vejamos:
(a) Inveja. Temos
um exemplo claro disso na vida do salmista Asafe:
(i) Que por invejar os ímpios, que eram mais sucedidos
financeiramente do que ele, quase se desviou (Sl 73.1-4).
(ii) Interessante que a inveja de Asafe o levou a uma
vida extremamente perturbada (Sl 73.16);
(iii) Pois se perturbam os que vivem em função das
riquezas (Pv 11.28).
(iv) A felicidade do salmista foi despertar antes da
queda propriamente dita (Sl 73.17).
(v) O seu desejo, então, passou a estar nas coisas
celestiais (Sl 73.25).
(b) Cobiça. Tem
sido a causa de muitos males financeiros e espirituais. Temos exemplos bíblicos
de pessoas que, por não se contentarem com o que tinham, terminaram por
naufragar definitivamente.
(i) Foi o caso de Acã, que cobiçou os despojos dos
inimigos do povo de Deus e acabou morrendo com toda a sua família e todas as
suas propriedades (Js 7.21-25).
(ii) O que dizer de Geazi, que por cobiçar o prêmio de
Naamã acabou leproso (II Rs 5.20-27).
2) OS ENSINAMENTOS DE JESUS SOBRE O DINHEIRO
a)
O Senhor Jesus deixou bem claro que não deveríamos
empreender grandes esforços para ajuntar bens nesta vida, pois as riquezas são
incertas, efêmeras e não satisfazem a alma e nem as expectativas humanas (Mt
6.19,20).
b)
O Mestre também sabia que o coração de alguém
inclinado às riquezas pode ser totalmente dominado por elas (Mt 6.21).
c)
É tanto que Ele explica a possibilidade das
riquezas se tornarem uma espécie de divindade na vida do crente (Mt 6.24).
d)
Nos versículos 25 ao 33, podemos observar diversas
lições:
i) Deus nos deu algo sublime, que foi a vida. Ele
pode, portanto, nos dar o que necessitamos (v.25);
ii) Se ele sustenta criaturas tão simples como os
pássaros, haverá de sustentar a coroa de sua criação, que somos nós (v.26);
iii) A ansiedade não é capaz sequer de acelerar o
crescimento de uma ave, muito menos de resolver os nossos problemas (v.27);
iv) Se Deus veste as plantas e cuida delas, Ele proverá
também a vestimenta dos seus filhos (v.28);
v) Devemos crer que a nossa vida está nas mãos do
Senhor, e Ele, a seu tempo, enviará o necessário (v.30);
vi) Deus conhece as nossas necessidades e não nos
desamparará (v.32);
vii) A prioridade da nossa mente e do nosso coração
deverá ser sempre o Reino de Deus (v.33);
viii) O crente deve viver um dia de cada vez, sempre
convicto dos cuidados constantes e minuciosos do Senhor (v.34).
3) FAZENDO MAL USO DO DINHEIRO
a)
Vejamos alguns problemas do mal uso do dinheiro:
i) Compulsividade - De acordo com o Aurélio, compulsividade é o “Sistema que favorece
o consumo exagerado” é a “tendência a comprar exageradamente”.
(1) A Bíblia adverte: “O que amar o dinheiro
nunca se fartará de dinheiro; e quem amar a abundância nunca se fartará da
renda; também isto é vaidade” (Ec 5.10).
(2) Alcançar todos os bens que se deseja não confere a
ninguém a satisfação plena.
(3) O apóstolo Paulo encontrou na pessoa de Cristo, o
equilíbrio no que tange às coisas materiais: “...aprendi a contentar-me
com o que tenho” (Fp 4.11).
ii) Avareza - É
o amor ao dinheiro, que causa uma verdadeira escravidão e dependência. “Por
que o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns
de desviaram da fé e se transpassaram a si mesmos com muitas dores” (I
Tm 6.9,10).
(1) Deus não condena o dinheiro em si, mas, a ambição,
cobiça, exploração, e usura. Abraão era homem muito rico; Jó era riquíssimo,
antes e depois de sua provação (Jó 1.3,10);
(2) Davi, Salomão e outros reis acumularam bens e
nenhum deles foi condenado por isto.
(3) O que a Bíblia condena é a ambição desenfreada pelos
bens (Pv 28.20; Dt 8.11; Pv 11.28; Mc 4.19; Pv 23.4,5; Pv 28.11; Pv 5.10).
iii) Dívidas
(1) Muitas pessoas estão em situação difícil, por causa
do uso irracional de benefícios oferecidos como:
(a) facilidades pelo comércio,
(b) cartão de crédito,
(c) cheque,
(d) crediário,
(e) empréstimos, etc.
(2) As dívidas podem causar muitos males, tais como:
(a) desequilíbrio financeiro,
(b) inadimplência,
(c) intranquilidade;
(d) provocando até certos aparecimentos de doenças,
(e) desavenças no lar;
(f) perda de autoridade e o mau testemunho perante os
ímpios (Pv 6.1-5; 11.15).
(3) “O rico domina sobre os pobres, e o que toma
emprestado é servo do que empresta” (Pv
22.7).
4) EVITANDO AS DÍVIDAS
a)
Esta lição fala sobre a angústia das dívidas, e o
dicionário Aurélio define angústia como:
i) “aflição intensa, agonia, sofrimento, tribulação”.
b)
Há vários fatores que podem levar alguém a ficar
endividado tais como:
i) Uma enfermidade que demande a compra de muitos
remédios; o desemprego prolongado; uma catástrofe natural; ser fiador de uma
pessoa emprestando-lhe (dinheiro, cartão de crédito ou cheque).
ii) Mas, geralmente as dívidas têm origem no mau uso
das finanças.
c)
Vejamos algumas dicas que podem nos auxiliar a
administrarmos melhor o que nos foi dado:
i) Sejamos dizimistas fiéis. Há muitos que estão afundados nas dívidas por não
honrarem o Senhor com a sua fazenda (Pv 3.9).
(1) Por não trazerem os dízimos à Casa do Tesouro, não
estavam experimentando as provisões celestiais (Ml 3.10,11).
(2) Na época do profeta Ageu, o povo havia desprezado a
Casa do Senhor e haviam cerrado as mãos quanto à contribuição.
(3) Por isso, nada dava certo na esfera
financeira.
(4) Eles até ganhavam bem, mas o dinheiro simplesmente não
rendia (Ag 1.4-11).
ii) Respeitemos as prioridades. Depois de entregar o dízimo, o crente deverá
discernir o que é prioritário, o que é secundário e
o que é supérfluo.
(1) Por exemplo: saúde, alimentação, moradia, estudos e
vestimentas básicas são prioridades.
(2) Gastos com lazer é algo secundário;
(3) E a compra de roupas de marca ou aparelhos
eletrônicos de última geração é supérfluo.
iii) Evitemos o desperdício. Nunca devemos comprar o que não necessitamos, e
nem gastar além do que ganhamos.
(1) Deus não se alegra com o desperdício (Jo 6.12; cf.
Lc 15.13,14).
(2) Às vezes o crente mergulha nas dívidas por desperdiçar
o que tem.
iv) Planejemos os nossos gastos. Jesus deixou claro que o crente só deve iniciar um
empreendimento (construção, compra de algum bem, realização de um viagem)
depois de planejar e ter a certeza de que vai conseguir concluí-lo (Lc 14.28-32).
v) Economizemos o máximo. Dentro das possibilidades, o crente deve ter uma
reserva financeira, visando dias maus que possam lhe sobrevir.
(1) Esse princípio fica evidente na administração de José
na terra do Egito (Gn 41.33-35).
(2) Para que se consiga isso, são necessários
equilíbrio e sabedoria por parte do servo de Deus.
CONCLUSÃO
v Fica claro que as dívidas podem ser causadas por
fatores alheios à vontade do crente, mas também podem acontecer pela insensatez
e desequilíbrio do mesmo.
v O fato é que num e noutro caso, elas geram
angústias e perturbações.
v Oremos, vigiemos e sigamos os princípios bíblicos
no tocante a administração das finanças, e certamente experimentaremos as
provisões de Deus, que há de nos proporcionar dias melhores e mais prósperos.
BIBLIOGRAFIA
• STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal.
CPAD.
• DANIEL, Silas; COELHO, Alexandre. Vencendo as
Aflições da Vida. CPAD.
• FERREIRA, A B. de Holanda, Novo Dicionário Aurélio
da Língua Portuguesa. Positivo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário