Escola Dominical - Esboços da EBD
Lições Bíblicas 1° Trimestre de 2012
A verdadeira prosperidade - A vida cristã
abundante
AS BENÇÃOS DE ISRAEL E O QUE CABE À IGREJA
Lição 5 - 29 de Janeiro de 2012
Leitura
bíblica em classe: Gálatas 3.2-9
AS BENÇÃOS DE ISRAEL QUE COUBERAM A IGREJA
1. COUBE
A IGREJA SER MORADA DO ESPÍRITO SANTO
Gálatas 3.2 Quero apenas
saber isto de vós: recebestes o Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da
fé?
*
Israel rejeitou Jesus e não herdou a benção da salvação
João 1.11 Veio para o que era
seu, e os seus não o receberam.
2. COUBE
A IGREJA RECEBER A PLENITUDE ESPIRITUAL
Gálatas 3.3 Sois assim
insensatos que, tendo começado no Espírito, estejais, agora, vos aperfeiçoando
na carne?
*
Israel foi cortado da videira e nós fomos enxertados
Romanos 11.17 E se alguns dos
ramos foram quebrados, e tu, sendo zambujeiro, foste enxertado em lugar deles,
e feito participante da raiz e da seiva da oliveira,
3. COUBE
A IGREJA SER VENCEDORA NAS PERSEGUIÇÕES
Gálatas 3.4 Terá sido em vão
que tantas coisas sofrestes? Se, na verdade, foram em vão.
*
Israel fracassou e a igreja não pode seguir seu exemplo
I Coríntios 15.58 Portanto,
meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do
Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor
4. COUBE
A IGREJA A RECEPÇÃO AOS MILAGRES DIVINOS
Gálatas 3.5 Aquele, pois, que
vos concede o Espírito e que opera milagres entre vós, porventura, o faz pelas
obras da lei ou pela pregação da fé?
*
Israel ignorou os milagres divinos e nós tomamos posse
Romanos 11.11 Digo, pois:
Porventura tropeçaram, para que caíssem? De modo nenhum, mas pela sua queda
veio a salvação aos gentios, para os incitar à emulação.
5. COUBE
A IGREJA RECEBER A JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ
Gálatas 3.6 É o caso de
Abraão, que creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça.
*
Israel não creu que para ser salvo era a justificação pela fé
Romanos 5.1 Tendo sido, pois,
justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo;
6. COUBE
A IGREJA O DIREITO DE SERMOS FILHOS DE ABRAÃO
Gálatas 3.7 Sabei, pois, que
os da fé é que são filhos de Abraão.
*
Israel perdeu esse direito desobedecendo ao pacto com Deus– Mateus 3.9 E não presumais, de vós mesmos,
dizendo: Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que, mesmo destas pedras,
Deus pode suscitar filhos a Abraão.
7. COUBE
A IGREJA LEVAR AS BOAS NOVAS DA SALVAÇÃO
Gálatas 3.8 Ora, tendo a
Escritura previsto que Deus justificaria pela fé os gentios, preanunciou o
evangelho a Abraão: Em ti, serão abençoados todos os povos.
*
Israel falhou em tornar o nome de Deus conhecido aos povos
Jeremias 2.13 Porque o meu
povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e
cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas.
8. COUBE
A IGREJA TER CRISTO A MAIOR BENÇÃO DE ABRAÃO
Gálatas 3.9 De modo que os da
fé são abençoados com o crente Abraão.
*
Israel desprezou Jesus a benção da descendência abraãmica
Mateus 27.39 E os que
passavam blasfemavam dele, meneando as cabeças,
- Sem dúvida alguma, um dos temas bíblicos
mais deleitosos à vida cristã, é o que trata das bênçãos e promessas de Deus.
- Uma vez que todos nós, em qualquer circunstância,
somos dependentes das promessas de Deus contidas nas Escrituras.
- Contudo, nesta lição, iremos perceber que
existem três tipos de promessas, a saber: individuais, nacionais e universais,
e que cada uma delas têm um alvo determinado.
- AS PROMESSAS INDIVIDUAIS
- Existem
vários exemplos na Bíblia, tanto de homens como de mulheres que foram
alvos de promessas individuais.
- Dentre
eles podemos citar:
i. Noé,
ii. Abraão,
iii. Isaque,
iv. Jacó,
v. Ana,
vi. Paulo e outros (Gn
6.18; 12.1-3; 26.2-4; 28.13-15; 1 Sm 1.17; Jo 21.18,19; At 9:15,16).
- Aurélio
define a palavra “individual” como: relativo há um indivíduo.
i. Logo, fica entendido
que quando uma promessa é de natureza individual, não deve ser aplicada a todas
as pessoas, se não, a indivíduos em particular.
- A
cerca de Abraão, por exemplo, Deus lhe fez três promessas individuais:
i. Deus prometeu a
Abraão um filho, ainda que sua idade estivesse avançada e que sua esposa fosse
estéril:
1.
“E
eis que veio a palavra do SENHOR a ele dizendo: Este não será o teu herdeiro;
mas aquele que de tuas entranhas sair, este será o teu herdeiro” (Gn 15.4);
ii. Deus prometeu a
Abraão muitos descendentes, tantos que se tornaria o pai de numerosas nações:
1.
“E
te farei frutificar grandissimamente, e de ti farei nações, e reis sairão de
ti. E estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência depois
de ti em suas gerações, por aliança perpétua, para te ser a ti por Deus, e à
tua descendência depois de ti” (Gn 17:6,7);
iii. Deus prometeu a terra
de Canaã a Abraão e a sua posteridade:
1.
“E
te darei a ti e à tua descendência depois de ti, a terra de tuas peregrinações,
toda a terra de Canaã em perpétua possessão e ser-lhes-ei o seu Deus” (Gn 17:8).
- Os
adeptos da Teologia da Prosperidade, equivocadamente, aplicam para si
promessas feitas a indivíduos específicos.
i. Hagin, o maior
difusor desse terrível engano, em um de seus livros, usa a passagem bíblica de
Gênesis 17.6, onde Deus promete a Abraão que ele seria extraordinariamente
frutífero.
ii. Afirmando que essa
expressão tem o objetivo claro de se referir às riquezas espirituais, física,
financeira e material e aplica estas promessas a todos os cristãos,
parafraseando-a com a declaração paulina contida em Gálatas 3:8, senão confira:
1.
"A
primeira coisa que Deus prometeu a Abraão foi que iria enriquecê-lo. 'Você quer
dizer que Deus vai enriquecer todos nós?' Sim, é isto que quero dizer"
(Pieratt, 1993, p.129)
iii. Três graves erros,
Hagin comete na interpretação deste versículo:
1.
O primeiro erro: ele aplica para
todos os cristãos uma promessa individual;
2.
O segundo erro: ele confunde a
palavra “frutificar” como sendo bênçãos materiais, mas fica claro que a
expressão diz respeito à descendência que viria do patriarca.
a.
Abraão
foi o pai dos israelitas, ismaelitas, midianitas, edomitas e outros árabes (Gn
17.20; 25.1-3,24-27);
3.
O terceiro erro: a bênção de Abraão
que Paulo faz menção nessa passagem não diz respeito a riquezas materiais,
muito pelo contrário, está aludindo às bênçãos espirituais que as nações
gentílicas foram incluídas na esperança da salvação por meio de Abraão.
a.
Isso
fica muito claro em Gálatas 3.7-9 onde Paulo afirma:
b.
“Sabei, pois, que os da fé é que são filhos
de Abraão. Ora, tendo a Escritura previsto que Deus justificaria pela fé os
gentios, preanunciou o evangelho a Abraão: Em ti serão abençoados todos os
povos. De modo que os da fé são abençoados com o crente Abraão”.
- AS PROMESSAS NACIONAIS À ISRAEL
- É
necessário distinguir as promessas feitas a nação de Israel daquelas
feitas a Igreja de Cristo.
i. Assim como as
promessas individuais dizem respeito a indivíduos específicos como vimos, as
promessas nacionais dizem respeito a uma nação, neste caso, a Israel.
ii. “Embora sejamos abençoados pelo fato de a
nação judaica ter desempenhado papel proeminente na história da salvação (Jo
4.19-24), não é biblicamente correto tomar promessas especificas de Deus para
Israel, muitas das quais terão cumprimento futuro, e aplicá-los à Igreja”
(Couto, 2007, p. 07).
- Existem
promessas de Deus feitas ao seu povo, Israel, que lhe são peculiares ,
como, por exemplo, podemos citar:
i. Deus prometeu a
Israel a terra e este recebeu (Gn 12.1; 13.15; 15.18-21; 17.7-8; 26.3-4;
28.13-14; Lv 20.24; 25.23),
1.
À
qual seu destino está ligado e jamais deixará de existir (Jr 31.35-40);
ii. Numerosas profecias
prometem a Israel a restauração na sua terra, com o Messias reinando no trono
de Davi por ocasião de Sua volta (2 Sm 7.10-16; 1 Re 9.5; Is 9.6-7; Ez
34.23-24; 37.24-25; Lc 1.31-33);
iii. É clara também a
promessa de que Deus derramará do Seu Espírito sobre o Seu povo escolhido que,
depois disso, jamais manchará novamente o Seu santo nome, e Ele não mais
esconderá de Israel o Seu rosto (Ez 39.7; 22, 27-29; Zc 8.13-14).
iv. Outra grande parte
das promessas destinadas a Israel dependiam da guarda da Lei de Deus: moral e
cerimonial e da obediência a Ele.
1.
Como
por exemplo, as que estão citadas em Deuteronômio 28, que diz:
2.
“O Senhor te abrirá o seu bom tesouro, o céu,
para dar chuva à tua terra no seu tempo, e para abençoar toda a obra das tuas
mãos; e emprestarás a muitas nações, porém tu não tomarás emprestado. E o
SENHOR te porá por cabeça, e não por cauda; e só estarás em cima, e não
debaixo, se obedeceres aos mandamentos do SENHOR teu Deus, que hoje te ordeno,
para os guardar e cumprir” (Dt 28.13,14).
v. Os teólogos da
prosperidade usam a referida passagem onde são pronunciadas as bênçãos da
obediência no monte Gerizim para erroneamente aplicar a Igreja.
1.
No
entanto, podemos claramente perceber que esta promessa condicional feita a
Israel não pode ser aplicada à Igreja pelo fato desta não estar debaixo da Lei
(Rm 6:14; Ef 2:14).
2.
A
Lei foi abolida para a Igreja e, portanto, tanto as bênçãos quanto as maldições
de Deuteronômio 28 não têm aplicação direta para ela.
3.
“As bênçãos aqui esboçadas são de natureza
quase exclusivamente material, o que é insuficiente do ponto de vista do
Cristianismo. Pois as bênçãos mais preciosas são aquelas de caráter espiritual”
(Mt 6:19;33) (CHAMPLIN, 2001, p. 855).
vi. Porém algo
extremamente importante merece ser destacado: o princípio da obediência como
causa da benção divina.
1.
Este
serve tanto para Israel como para a Igreja, pois é um princípio imutável.
- AS PROMESSAS UNIVERSAIS POR MEIO DA
IGREJA
- O
que foi prometido na Antiga Aliança a Israel, difere muito das bênçãos
prometidas na Nova Aliança à Igreja, que são espirituais e atemporais, ou
seja, eternas.
i. Enquanto a nação de Israel
foi prometida a posse de uma terra física (Gn 17:8; Êx 3.17), a Igreja foi
prometido à posse de uma terra espiritual (Ap 21.1,2;7).
ii. Por meio da Igreja,
o corpo místico de Cristo (Ap 5:9), todo aquele que é alcançado pelo Evangelho,
se torna participante destas extraordinárias bençãos:
•
|
A promessa de ser
templo do Espírito Santo (Jo 14.17,23);
|
•
|
A justificação (Gl
2.16; 2.21);
|
•
|
A liberdade (Gl
4.8-10; Gl 5.1);
|
•
|
A promessa do
Batismo com o Espírito Santo (Lc 24.49; At 2.38,39);
|
•
|
A adoção de filhos
(Jo 1.12; II Co 6.18; I Jo 3.1,2);
|
•
|
A promessa do
livramento da grande tribulação (Ap 3.10).
|
iii. Não podemos esquecer
que na igreja existe irmãos carentes e enfermos (1Tm 5.23; 2Tm 4.20), sendo
assim isso deve nos fazer entender que:
1.
Pobreza
não é sinônimo de vida espiritual plena como muitos afirmam.
2.
O
NT não condena o crente ter posses, bens e saúde plena;
3.
A
bíblia possui muitos exemplos de pessoas que possuíram bens (Jo 3.1; 19.39);
4.
Jesus
mesmo nos advertiu que no mundo teríamos aflições, logo doença, pobreza não é sinônimo
de falta de comunhão com Deus como afirmam os teólogos da Teologia da
Prosperidade.

- Concluímos afirmando que apesar de Deus
fazer extraordinárias promessas, devemos ter bastante cuidado a fim de
distingui-las, visto que não são todas que dizem respeito a nós.
- No entanto, algo podemos extrair de todas as
promessas de Deus: elas tem como objetivo conceder-nos a convicção de que Ele
também cumprirá suas promessas para conosco.
- Escrevendo aos filipenses, o apóstolo Paulo afirmou: "Mas a nossa cidade está nos céus, donde tambem esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo" (Fp 3.20);
- Não temos como escapar do lado temporal da vida, porem nosso olhar deve sempre estar fixo na redençao eterna.
- Os bens terrenos podem exercer sobre nós seduçao e cobiça tanto que Jesus ja nos alertou: "Porque onde estiver o vosso coração, aí estará também o vosso coração"(Mt 6.21)
- Enfim em tudo irmãos coloquemos o Senhor Jesus sempre em primeiro lugar nas nossas vidas.
REFERÊNCIAS
PIERATT, Allan B. O
evangelho da prosperidade. Vida Nova.
CHAMPLIN, R.N. O Antigo
Testamento Interpretado versículo por Versículo. HAGNOS.
COUTO, Geremias do.
Lições Bíblicas: as promessas de Deus para a sua vida. CPAD.
GONÇALVES, José. A
prosperidade à luz da Bíblia. CPAD