terça-feira, 16 de agosto de 2011

T03 L08 - IGREJA - AGENTE TRANSFORMADOR DA SOCIEDADE

LIÇÃO 08 - IGREJA - AGENTE TRANSFORMADOR DA SOCIEDADE

INTRODUÇÃO

Transformar a sociedade por meio do Evangelho é a função da Igreja como agência do Reino de Deus.
E nesse particular, ela tem desenvolvido bem sua missão na recuperação de pessoas que viviam nas drogas, delinquência, idolatria, etc, e que agora foram ressocializadas, tornando-se cidadãos de bem.

1.O que é uma sociedade?
2.Há um projeto original de Deus para ela?
3.A Igreja deve assumir a função do estado?
4.Como ela deve se relacionar com a sociedade e transformá-la? 
Essas são perguntas que estarão sendo respondidas nesta lição. 



1.    O QUE É UMA SOCIEDADE?
a.     Segundo o sociólogo Pérsio Santos de Oliveira, em seu livro Introdução à Sociologia, sociedade é “uma reunião de indivíduos para um determinado fim; todo grupo ou agregado social que vive submetido às mesmas leis e cujas instituições fundamentais são determinadas por padrões culturais comuns” (Santos, 2001, p.250).
b.     Deus criou o homem um ser gregário, ou seja, tendente a se relacionar com o outro, constituindo-o em família (Gn 1.28), que  definida pela socióloga Eva Lakatos, é “considerada o fundamento básico e universal das sociedades, por se encontrar em todos os agrupamentos humanos, embora variem as estruturas e o funcionamento” (Lakatos, 1999, p. 171).
2.     QUAL FOI O PROJETO ORIGINAL DE DEUS PARA SOCIEDADE?
a.     Deus, ao criar o homem, institui a família e projeta a sociedade “...enchei a terra...” (Gn 1.28b);
b.     Estabelece o princípio da relação de trabalho e meios de produção “... e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar” (Gn 2.15),
c.     Do governo “... domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra”(Gn 1.26b);
d.     A constituição que regeria a sociedade, a lei moral “Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”(Gn 2.17).
e.     Portanto, o projeto de Deus sempre foi alcançar o homem em todos os seus aspectos
                                  i.    Físico;
                                 ii.    Emocional;
                                iii.    Social
                                iv.    Espiritual.
f.      O Senhor Jesus nasceu em uma família judaica (Lc 2.1-7), em uma sociedade politicamente dominada pelos romanos (Mt 2.1; Lc 2.1-3).
g.     Entretanto o evangelista Lucas registra que:
                                  i.    E crescia Jesus em:
1.     Sabedoria (intelectualmente),
2.     Estatura (fisicamente),
3.     Graça para com Deus (espiritualmente)
4.     E os homens (socialmente).
h.     Lucas registra o que Deus realizou na vida de Jesus e tencionava realizar na vida de todos.
                                  i.    Todas as coisas deveriam convergir para glorificação do Senhor (Rm 11.36), porém a presença do pecado desorganizou o projeto original, por isso, nos diz Paulo: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23).
                                 ii.    A cultura e as relações sociais tornaram-se vítimas da lei do pecado.
3.     A IGREJA COMO AGENTE TRANSFORMADORA DEVE ASSUMIR O PAPEL DO ESTADO?
a.     Não! Infelizmente, ao longo da história da Igreja surgiram algumas falsas analogias sobre a missão integral da Igreja e o seu papel de agente transformador da sociedade, levando alguns segmentos “considerados cristãos” a assumirem posições antibíblicas do conceito original.
b.     Dentre as quais podemos citar:
                                  i.    Igreja-Estado - Este conceito perdurou por mais de mil anos de modo quase universal, e hoje de maneira mais restrita (ex. Estado do Vaticano). Segundo esta visão, a Igreja e o Estado devem estar fundidos para cumprir sua missão precípua.
1.     Esta linha de pensamento trouxe sérios prejuízos históricos e doutrinários na compreensão da visão correta do Reino de Deus.
2.     Porém Jesus deixou claro que seu reino não é deste mundo e nem veio para fundar nenhum estado cristão (Mt 27:11-31; Mc 15:1-20; Lc 23:1-25; Jo 18.36,37; At. 1.6,7), embora saibamos que seu reino milenial será instaurado no final da Grande Tribulação (Ap. 20.1-4).
                                 ii.    Igreja-Isolacionista - Por conta do mundanismo e a excessiva institucionalização da Igreja Católica Imperial (313590 d.C.), surgiu um movimento chamado de Monasticismo, onde seus defensores assumiram uma postura de isolamento, longe da sociedade que considerava decadente e arruinada, para viverem uma vida de completa santidade.
1.     Todavia o Senhor deixou claro que somos a luz do mundo e o sal da terra, e que nossa missão deve ser realizada em meio a sociedade (Mt. 5.13-16); e orava, não para que saíssemos dela, mas para que fôssemos livres do mal (Jo 17.15).
                                iii.    Igreja-Mundana - Esta visão valoriza exclusivamente o bem estar físico, observando apenas a assistência social e a luta pela causa dos menos favorecidos.
1.     Segundo seus defensores, é do pobre o lugar da salvação, e a justiça social tem que ser implantada através da luta e da força.
2.     É a chamada Teologia da Libertação. Porém o projeto de Deus visa alcançar a todos (Lc 19.10; Jo 3.16. Tt 2.11;1 Tm 2.6; Hb 2.9; 2 Pe 2.1; 1 Jo 2.2), e não apenas os pobres.
4.    COMO A IGREJA DEVE SE RELACIONAR COM A SOCIEDADE?
a.     As figuras de linguagem utilizadas pelas Escrituras à Igreja sempre demonstram o entendimento de que a mesma deve sempre interagir com a sociedade como serva e agência do reino de Deus no mundo, pois ela é chamada de:
                                  i.    Sal da terra e luz do mundo (Mt 5.13-16),
                                 ii.    Povo de Deus (2 Cor. 6.16; 1 Pe 2.9,10);
                                iii.    Corpo de Cristo (1 Cor 12.4-7, 12);
                                iv.    Templo do Espírito Santo (1 Cor. 3.16);
                                 v.    Sacerdócio dos crentes (1 Pe 2.9,10);
                                vi.    Noiva de Cristo (Ef. 5.23-32);
                               vii.    Lavoura e Edifício de Deus (1 Cor. 3.9)
                              viii.    Coluna e firmeza da verdade (1 Tm 3.15).
b.     Logo, a Igreja de Cristo promove campanhas em socorro às vítimas de catástrofes, faz um serviço de utilidade pública ao desenvolver projetos que visam ressocializar indivíduos imersos nas drogas, delinquência, etc. através da ministração da Palavra e utilização de recursos afins visando a transformação social.
c.     A Igreja é a luz que irradia e promove transformação nas relações humanas (Mt 5.16; 1Pe 2.9,10).
5.     COMO A IGREJA PODE TRANSFORMAR A SOCIEDADE?
a.     A Bíblia nos deixa claro que o Estado foi estabelecido por Deus e que deve exercer seu papel de “ministros da justiça”, mantendo a paz, a ordem e viabilizando o bem estar social dentro do projeto original de Deus.
                                  i.    O apóstolo Paulo ensinou que o estado, e não a Igreja, tem autorização divina de utilizar a espada (Rm 13.1-7).
                                 ii.    Todavia, a Igreja busca realizar a intervenção no espaço público, transformando a sociedade por meio:
1.     Oração ( At. 4.23-31; 1 Tm 2.1-5);
2.     Evangelização - Através da Evangelização, vidas são transformadas pelo poder do Evangelho, libertando os cativos oprimidos do diabo que antes estavam no mundo da delinquência, vícios e idolatria (Ef. 2.1-3; 4.17-31; 1 Ts 1.6-10);
3.     Exercendo sua missão profética - A Igreja sempre será o arauto de Deus que proclamará sua verdade em um mundo mergulhado no pecado (1 Tm 3.15, 1 Pe 2.9,10);
4.     Ajudando aos necessitados (2 Cor. 9.1-5)
5.     Zelando pelo bem-estar das viúvas (1 Tm 5.3-16);
6.     Através da ação social - A Missão suprema da Igreja é a evangelização. Entretanto há também uma responsabilidade social (Mt 28.19,20; Tg 1.26,27).
7.     Utilizando os meios de comunicação – através da proclamação da mensagem de Seu Reino, mostrando o projeto de Deus para a família, autoridades, Estado, patrões, empregado, etc, executando um serviço de prevenção contra doenças e mazelas sociais quando divulga e preserva os valores morais absolutos (Rm 2.1,2; 2 Cor. 10.4,5; Fl. 4.8; Ef. 4.17-31), enfatizando sempre a unidade familiar e a fidelidade conjugal, pois, geralmente os problemas se iniciam no seio familiar.
8.     Na representação política – proporcionando um novo modo de agir, traduzindo a presença da Igreja nos diversos segmentos sociais, não só proclamando a visão de Deus para uma sociedade em crise, bem como na elaboração de projetos e leis que visam promover a justiça social e o resgate dos valores cristãos na sociedade.
9.     Na produção de literatura cristã - a produção de literatura cristã tem crescido nas diversas áreas do conhecimento, onde cristãos dos diversos segmentos da sociedade tem feito uma releitura da cultura, do conhecimento técnico e científico, produzindo livros, periódicos, artigos que mostram que as diversas áreas do conhecimento não se conflitam com a fé, podendo e devendo as mesmas serem  utilizadas como ferramentas para a glorificação do nome do Senhor.
CONCLUSÃO
Como representante do Reino de Deus a Igreja tem a missão de evangelizar, transmitindo a graça salvadora de Deus e o Seu projeto para humanidade.
O projeto de Deus é para todos os homens, que em parte, conhecem a revelação geral e que, perante essa lei, algum dia todos terão que prestar contas a Ele (Ec 11.9; 12.13).
Todavia, essa missão, à luz das Escrituras, só será completa à medida que a mensagem de Cristo seja encarada para todo homem e o homem todo, influenciando e transformando a sociedade para que o nome de Jesus seja glorificado entre os homens (Mt 5:16).

REFERÊNCIAS
Cairns, Earle Edwin, O Cristianismo através dos séculos, Vida Nova.
Horton, Stanley. Teologia Sistemática, uma perspectiva pentecostal. CPAD.2008
Lakatos, Eva. Sociologia Geral.Atlas.1999.
Olson. Charle e Nancy Pearcey. E Agora como viveremos? CPAD. 2005
Pallister, Alan, Ética Crsitã Hoje. Shedd Publicações. 2005. Santos,
Persio de Oliveira. Introdução à Sociologia. Atica. 2001.
Ulrich, Hans Reifler. A ética dos dez mandamentos. Vida Nova.2009.

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2) Esforçar-se para conduzir pessoas a Cristo e, quando possível, estar em paz e comunhão com os irmãos (Hb 12.14), exceto quando estes se enquadrarem em 1 Coríntios 5.11.
3) Defender a verdade do Evangelho, mas com mansidão e temor (Fp 1.16; Gl 1.8; 1 Pe 3.15).
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