Escola
Dominical - Esboços da EBD
Leitura
Bíblica em classe: Efésios 2.11-13;
Romanos 11.1-5
A PROSPERIDADE REAL ESTÁ NAS BENÇÃOS DE
PAZ E MISERICÓRDIA
1. COM
BENÇÃOS DE PAZ VEIO A VERDADEIRA PROSPERIDADE
* Éramos
um ninguém agora através de Cristo somos alguém
ü Efésios 2.11 Portanto, lembrai-vos de que vós noutro tempo éreis
gentios na carne, e chamados incircuncisão pelos que na carne se chamam
circuncisão feita pela mão dos homens;
ü Efésios 2.6 E nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez
assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus;
* Éramos
inimigos de Deus agora através de Cristo somos filhos
ü Efésios 2.12 Que naquele tempo estáveis sem Cristo, separados da comunidade
de Israel, e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança, e sem Deus
no mundo.
ü I João 3.1 VEDE quão grande amor nos tem concedido o Pai, que
fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso o mundo não nos conhece; porque não
o conhece a ele.
*
Estávamos longe de Deus, e o sangue de Cristo nos aproximou
ü Efésios 2.13 Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis
longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto.
ü Colossenses 1.21 A vós também, que noutro tempo éreis estranhos, e
inimigos no entendimento pelas vossas obras más, agora contudo vos reconciliou
2. A
VERDADEIRA PROSPERIDADE TEM A MISERICÓRDIA DIVINA
* Deus
nunca rejeita aquele que faz parte do seu pacto
ü Romanos 11.1 DIGO, pois: Porventura rejeitou Deus o seu povo? De
modo nenhum; porque também eu sou israelita, da descendência de Abraão, da
tribo de Benjamim.
ü Levítico 26.9 E para vós olharei, e vos farei frutificar, e vos
multiplicarei, e confirmarei a minha aliança convosco.
* Deus
nunca rejeita um povo que se tornou a sua herança
ü Romanos 11.2 Deus não rejeitou o seu povo, que antes conheceu. Ou
não sabeis o que a Escritura diz de Elias, como fala a Deus contra Israel,
dizendo:
ü Efésios 1.11 Nele, digo, em quem também fomos feitos herança,
havendo sido predestinados, conforme o propósito daquele que faz todas as
coisas, segundo o conselho da sua vontade
* Deus
nunca desampara todos aqueles que lhe são fiéis
ü Romanos 11.3 Senhor mataram os teus profetas, e derribaram os teus
altares; e só eu fiquei, e buscam a minha alma?
ü Salmos 37.28 Porque o Senhor ama o juízo e não desampara os seus
santos; eles são preservados para sempre; mas a semente dos ímpios será
desarraigada.
* Deus
reserva para si todos que o servem com fidelidade
ü Romanos 11.4 Mas que lhe diz a resposta divina? Reservei para mim
sete mil homens, que não dobraram os joelhos a Baal.
ü Hebreus 10.23 Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança;
porque fiel é o que prometeu.
* Deus
mostra que seus propósitos salvíficos não falham
ü Romanos 11.5 Assim, pois, também agora neste tempo ficou um
remanescente, segundo a eleição da graça.
ü
Efésios 1.4 Como também
nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e
irrepreensíveis diante dele em amor;
LIÇÃO 10 - UMA IGREJA VERDADEIRAMENTE PRÓSPERA
- Veremos que a sua natureza é universal e local, que é una, santa e apostólica.
- Observaremos também que a visão da Teologia da Prosperidade equivoca-se quanto a classificar a prosperidade de uma igreja limitando apenas a obtenção de bens materiais e não espirituais e eternos (Ef 1.3).
- Por fim, analisaremos o perfil das igrejas de Esmirna e Laodicéia sob a ótica de Cristo.
- CONCEITO
DA PALAVRA IGREJA
- “A palavra “igreja”, no grego,
ekklesia, significa “chamados para fora”. Originalmente, os cidadãos de
uma cidade que eram chamados mediante o toque de uma trombeta, que os
convocava para se reunirem como assembleia em determinado local, a fim de
tratarem de assuntos comunitários. Da mesma forma, a Igreja é um grupo de
pessoas chamadas para fora do mundo, para formar um povo seleto,
especial, pertencer a Deus e serví-lo” (I Pe 2.9,10; I Ts 1.9). (Cabral,
2007, p. 5)
- QUAL
A NATUREZA DA IGREJA
- Como um organismo vivo, a
Igreja de Cristo possui uma natureza e/ou essência.
- A palavra de Deus nos mostra
características dessa natureza. Citaremos algumas:
i. A igreja é universal e local.
1.
A igreja universal ou invisível é o conjunto de todos os salvos em
Cristo. É citada no Novo Testamento no singular - “igreja” nos textos de (At
20.28; I Co 12.28; Ef 1.22; 5.27 I Tm 3.15; Hb 12.23).
2.
Já a igreja local se trata da reuniãos dos fiéis em um local
específico. A Bíblia emprega o plural “igrejas”, a fim de referir-se às igrejas
locais (At 9.31; 16.5; Rm 16.4; 16.19; II Co 8.1; Gl 1.2).
ii. A igreja é una.
1.
Apesar da igreja ser composta de vários membros (povos, tribos,
línguas e nações), sua unidade tanto local como universal é retratada
perfeitamente na figura de um corpo, pelo apóstolo Paulo (I Co 12.12,13; 27).
iii. A igreja é santa.
1.
Como vimos acima, a igreja é um povo “chamado para fora”.
2.
Isto diz respeito a separação que a igreja deve ter em relação ao
mundo. Jesus Cristo, seu arquiteto, a santificou pelo seu sangue (Ef. 1.7;I Jo
1.7), por sua Palavra (Jo 17.17/Ef 5.26) e pelo seu Espírito (Tt 3.5/Rm 8.1).
iv. A igreja é apostólica.
1.
A igreja de Cristo está fundamentada nos seus ensinos, repassados
pelos seus santos apóstolos - este é o seu fundamento (Ef 2.20).
2.
O apóstolo Paulo reconhecia este sólido ensinamento como único, ao
ponto de alegar que se algum dos apóstolos ou até mesmo um anjo do céu pregasse
outro evangelho, deveria ser considerado maldito (Gl 1.8,9).
- CARACTERÍSTICAS
DE UMA IGREJA PRÓSPERA
- É extremamente equivocada a
visão dos Teólogos da Prosperidade, limitando-a apenas a obtenção de
riquezas, principalmente sob o ponto de vista do Cristianismo, que prega
a valorização do ser mais que do ter.
- No livro dos Atos dos Apóstolos
encontramos evidências na igreja primitiva, que atestam a verdadeira
prosperidade daquela igreja - sua saúde espiritual.
- Destacaremos aqui algumas
características de uma igreja verdadeiramente próspera, relatadas por
Lucas:
i. Aquela que persevera na doutrina.
1.
A palavra “doutrina” do gr. didache, denota ensinamento ou
instrução.
2.
Jesus havia exortado aos seus apóstolos que ensinassem aos que se
tornassem discípulos (Mt 28.19,20).
3.
Eles também haviam sido advertidos que “permanecer na palavra era
a garantia de um discipulado verdadeiro” (Jo 8.31).
4.
Fazendo assim, a igreja primitiva demonstrou em seu viver diário
apego ao que os apóstolos do Senhor ensinavam (At 2.42).
5.
Isto a qualificou como uma igreja próspera, que não crescia apenas
em quantidade, mas em qualidade (At 2.41;47).
ii. Aquela que persevera na comunhão.
1.
A palavra “comunhão” vem um termo grego koinonya que envolve a
ideia de participação, companheirismo e contribuição.
2.
Teologicamente significa “Vínculo de unidade fraterna, mantido
pelo Espírito Santo, que leva os cristãos a se sentirem um só corpo em Cristo
Jesus” (II Co 13.13; I Jo 1.3).
3.
A comunhão também reflete a prosperidade de uma igreja, pois mostra
que apesar de ser composta por pessoas distintas é coesa quanto a fé.
4.
É como um corpo que cresce de forma ajustada, pois está ligado,
segundo a cooperação de cada parte (Ef 4:16).
iii. Aquela que persevera no partir do pão.
1.
A expressão “partir do pão” diz respeito ao ritual sagrado da Ceia
do Senhor, a reunião mais solene da igreja, onde os membros reunidos celebram a
morte do Senhor até que venha, como ele assim ordenou (Lc 22.19).
2.
O corpo e o sangue de Cristo simbolizados no pão e no vinho
deveriam ser ingeridos com temor e reverência pela comunidade cristã (I Co
11.27,28).
3.
A celebração em si deveria ser realizada em amor e comunhão, como
demonstração da vida saudável da igreja.
iv. Aquela que persevera nas orações.
1.
A prática da oração persistente e fervorosa também é a marca de
uma igreja realmente próspera.
2.
Pois, a oração é um recurso eficaz (Tg 5.16); é o único meio de
comunicação com Deus (Jr 33.3); e é também uma arma defensiva e ofensiva (Ef
6.18).
3.
Os cristãos primitivos demonstravam uma vida próspera porque
viviam em constante oração (At 1.14; 2.42; 3.1; 4.31).
- A
PROSPERIDADE DE ESMIRNA E A POBREZA DE LAODICÉIA
- A prosperidade de uma igreja
não deve ser aferida e/ou avaliada pelos templos suntuosos que constrói,
ou pelos caros automóveis que seus membros possuem, muito pelo contrário,
a definição de uma igreja realmente próspera como já temos visto,
ultrapassa o material.
- Vejamos sob a ótica de Cristo a
definição de pobreza e riqueza, nas igrejas de Esmirna e Laodicéia.
i. A igreja de Esmirna:
1.
Chamada de coroa da Ásia.
2.
Atualmente conhecida como “Izmir”;
3.
Seu nome significa “mirra”, que é uma substância cheirosa, porém
extremamente amargosa, que por certo retrata as duas condições da igreja:
aprovada (Ap 2.9), porém provada (Ap 2.10);
4.
Tinha obras (Ap 2.8);
5.
Sofria tribulação (Ap 2.8);
6.
Era pobre, porém rica (Ap 2.8): como podemos ver essa declaração
parece uma contradição.
7.
Como pode alguém ser pobre, porém rico? Está claro que embora
fossem pobres em termos materiais, esses cristãos desfrutavam de uma
valiosíssima riqueza espiritual (Ap 2.9).
8.
Aqueles que ensinam que a espiritualidade obrigatoriamente deve
trazer riqueza, se esquecem de mencionar que a riqueza muitas vezes produz a
decadência espiritual (Mt 6.24; Lc 16.13; I Tm 6.10).
ii. A igreja de Laodicéia:
1.
Este nome foi dado a cidade por Antíoco II em homenagem a sua
esposa Laodice;
2.
Tornou-se o mais saudável e importante centro comercial da região.
3.
Era principalmente conhecida por três atividades comerciais:
bancária, lã e medicina;
4.
Tinha obras (Ap 3.14);
5.
Era espiritualmente morna (Ap 3.14);
6.
Era rica, porém pobre (Ap 3.17): como podemos perceber, a igreja
de Laodicéia encontrava-se numa situação oposta a de Esmirna.
7.
O conceito dos cristãos desta igreja sobre prosperidade era
equivocado aos olhos de Cristo, pois ele os adverte dizendo: “como dizes”, no
entanto ouvem dele “e não sabes que és”.
8.
Percebe-se nitidamente aqui a grande diferença entre o ter e o
ser.
9.
O materialismo presente na cidade afetou a igreja ao ponto dela
gloriar-se no que financeiramente possuía: bancos abarrotados de dinheiro, mas
era pobre; tinham lã para fabricar roupas, todavia estavam nus; e sua medicina
estava tão avançada que criou um tipo de colírio, que trazia cura para algumas
doenças dos olhos, entretanto eram cegos.
10. Por fim,
sua espiritualidade morna, era tão insuportável para Cristo como suas águas
mornas eram para o consumo.
CONCLUSÃO
- É necessário entender que nem a pobreza nem a riqueza caracterizam a prosperidade de uma igreja.
- Muito pelo contrário, a verdadeira riqueza de uma igreja, do ponto de vista divino, encontra-se numa fé verdadeira, que é mais preciosa que o ouro (I Pe 1.7); em vestes espirituais brancas (Ap 19.8); e por fim, na abertura dos olhos espirituais pela revelação da Palavra e do Espírito (Sl 19.8/Ef 1.8).
REFERÊNCIAS
MACARTHUR.
Bíblia de Estudo. CPAD.
ANDRADE,
Claudionor de. Dicionário Teológico. CPAD.
ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger. Comentário
Bíblico Pentecostal. CPAD.
CABRAL,
Elienai. Lições Bíblicas: a Igreja e a sua missão. CPAD.
SITES
CONSULTADOS
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