Escola Dominical - Esboços da EBD
Vencendo as
Aflições da Vida
Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor as
livra de todas.
NO MUNDO TEREI AFLIÇÕES
Lição 1 - 1 de julho de 2012
Leitura
Bíblica em Classe: João 16.20,21,25-33
ONZE LIÇÕES QUE NOS ANIMAM A SUPERAR AFLIÇÕES
1. SUPERE AS AFLIÇÕES E RESISTA TODAS AS TRISTEZAS ATÉ
VIRAREM ALEGRIA
João 16.20 - Na verdade, na verdade vos digo que vós
chorastes e vos lamentareis, e o mundo se alegrará, e vós estareis tristes; mas
a vossa tristeza se converterá em alegria.
*
Quem se alegra com a nossa tristeza Deus os fará ver a alegria da nossa vitória
I Samuel 2.1 Então orou Ana, e disse: O meu coração exulta ao
SENHOR, o meu poder está exaltado no SENHOR; a minha boca se dilatou sobre os
meus inimigos, porquanto me alegro na tua salvação.[1]
2. SUPERE AS AFLIÇÕES E CONSIDERE-AS SEMPRE COMO LEVE E
MOMENTÂNEA
João 16.21 - A mulher; quando está para dar á luz, sente
tristeza, porque é chegada a sua hora; mas, depois de ter dado à luz a criança,
já se não lembra da aflição, pelo prazer de haver nascido um homem no mundo.
*
Após o parto a dor sai vindo alívio e prazer assim deve ser em nossas
tribulações
2 Coríntios 4.17 Porque a nossa leve e momentânea tribulação
produz para nós um peso eterno de glória mui excelente;[2]
3. SUPERE AS AFLIÇÕES DISCERNINDO NO ESPÍRITO A RAZÃO
DO TEUS PORQUES
João 16.25 - Disse-vos isso por parábolas; chega, porém, a
hora em que vos não falarei mais por parábolas mas abertamente vos falarei
acerca do Pai.
*
Tendo discernimento o Senhor revelará as coisas que nos são incompreensíveis
Filipenses 3.15 Por isso todos quantos já somos perfeitos,
sintamos isto mesmo; e, se sentis alguma coisa de outra maneira, também Deus
vo-lo revelará. [3]
4. SUPERE AS AFLIÇÕES CLAMANDO PELO ESPÍRITO AO PAI EM
O NOME DE JESUS
João 16.26 - Naquele dia, pedireis em meu nome, e não vos
digo que eu rogarei por vós ao Pai,
*
Tendo a presença do Espírito ficamos aptos a chegar na presença do Senhor
Tiago 4.8 Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Alimpai
as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações.[4]
5. SUPERE AS AFLIÇÕES COM A PRÁTICA DO AMOR RETRIBUTIVO
COMO O DE DEUS
João 16.27 - pois o mesmo Pai vos ama, visto como vós me
amastes e crestes que saí de Deus.
*
Os efeitos superadores em nossa vida acontecem quando não visamos vantagens
6. SUPERE AS AFLIÇÕES FAZENDO A VONTADE DIVINA DA
MANEIRA QUE ELE QUER
João 16.28 - Saí do Pai e vim ao mundo; outra vez, deixo o
mundo e vou para o Pai.
*
A nossa vida deve estar em unidade perfeita com Deus e nunca de modo próprio
Apocalipse 3.8 Conheço as tuas obras; eis que diante de ti
pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a
minha palavra, e não negaste o meu nome.[6]
7. SUPERE AS AFLIÇÕES ENTENDENDO O MINISTÉRIO ENSINADOR
DO ESPÍRITO
João 16.29 - Disseram-lhe os seus discípulos: Eis quer agora,
falas abertamente e não dizes parábola alguma.
*
É através dos ensinamento do Espírito que nos revestimos pelo poder da palavra
João 15.7 Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras
estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.[7]
8. SUPERE AS AFLIÇÕES PERSEVERANDO E CONFIANDO TUDO AO
SENHOR JESUS
João 16.30 - Agora, conhecemos que sabes tudo e não precisas
de que alguém te interrogue. Por isso, cremos que saíste de Deus.
*
Devemos crer na presença constante do Senhor que sempre age em nosso favor
Mateus 28.20 Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu
vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação
dos séculos. Amém.[8]
9. SUPERE QUALQUER AFLIÇÃO SE ALICERÇANDO NO
CONHECIMENTO DE CRISTO
João 16.31 — Respondeu-lhes Jesus: Credes, agora?
*
Temos que nos esforçar em evoluir a nossa fé nos alicerçando nos preceitos
divinos
Oséias 6.3 Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao
SENHOR; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como
chuva serôdia que rega a terra[9]
10. SUPERE AS AFLIÇÕES CRENDO QUE MESMOS SENDO FALHOS
DEUS É POR NÓS
João 16.32 - Eis que chega a hora, e já se aproxima, em que
vós sereis dispersos, cada um para sua casa, e me deixareis só, mas não estou
só, porque o Pai está comigo.
*
Contemos com a presença favorável de Deus ainda que todos venham nos abandonar
11. SUPERE AS AFLIÇÕES NO EXEMPLO DE CRISTO QUE SOZINHO
VENCEU O MUNDO
João 16.33 - Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais
paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.
*
Caminhemos com a certeza de que o mundo jamais derrotará um crente em Cristo
Jesus
LIÇÃO 01 – NO MUNDO TEREIS AFLIÇÕES
Ø A queda e a degeneração da raça humana são as chaves para se compreender
a realidade do sofrimento (Gn 3. 13-19).
Ø Através da história, as pessoas vem lutando contra uma aparente
contradição: Se Deus é absolutamente bom, então por que o mal existe? Se Deus é
tanto “Bom” como “Poderoso”, Ele não permitiria que
o mal e o sofrimento existissem em sua Criação.
Ø Então, ou Deus não é “Bom” (e por isso tolera o mal) ou
não é “Poderoso” (e por isso não pode livra-nos do mal, mesmo que
queira).
Ø
Esse visível problema de séculos de história é
chamado na Teologia e na Filosofia de Teodicéia, palavra derivada
do grego “Theos (Deus) + Dikes (Justiça)” que significa “A
justiça de Deus”, ideia que gerou a discussão do “Posicionamento
teológico e filosófico para justificar a bondade de Deus em vista da existência
do mal no mundo”.
Ø Este será o assunto que permeará a primeira lição como também todo este
trimestre.
1. QUAL A DEFINIÇÃO DE AFLIÇÃO?
a.
A palavra aflição no grego é “Kakoucheõ” que
significa:
i. “sofrer infortúnio, ser
maltratado” (Hb 11.25; 11.37; 13.3)
b.
E a palavra “Kakopatheõ” que quer
dizer:
i. “sofrimento, adversidade, padecer” (2Tm 1.8; 2.9; 4.5; Tg 5.13).
c.
A palavra “Kakopatheia” também poder
ser definida como:
i. “aflição, maltrato, angústia” (At 7.34; Rm 8.18; 1Pe 1.11; 5.1; Hb 2.9;
2Co 1.5; Fp 3.10; 1Pe 4.13; 5.1).
ii. O Mestre amado falou sobre isso quando disse: “[...]no mundo
tereis aflições, mas tendes bom ânimo[...]” (Jo 16.33-c).
1.1 O justo e o ímpio sofrem
igualmente.
i)
A fidelidade a Deus não é garantia de que o crente
não passará por aflições, dores e sofrimentos nesta vida (Jo 16.33; 2Tm 3.12;
Sl 34.19).
ii)
Podemos perceber esta verdade nas palavras de
Jesus: “Porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva
desça sobre justos e injustos” (Mt 5.45).
iii)
Também nas palavras do sábio Salomão: “Tudo
sucede igualmente a todos; o mesmo sucede ao justo e ao ímpio, ao bom e ao puro,
como ao impuro; assim ao que sacrifica como ao que não sacrifica; assim ao bom
como ao pecador; ao que jura como ao que teme o juramento” (Ec 9.2).
2. QUAL A ORIGEM DO MAL?
a.
Durante muito tempo se procurou respostas a
seguinte pergunta:
i. O Deus absolutamente BOM não poderia ter criado o MAL. Então, de onde
veio o mal?
ii. Podemos responder da seguinte forma:
1.
Deus é ABSOLUTAMENTE perfeito (Sl
145.17; Mt 19.17; Mc 10.8; Lc 18.19);
2.
Deus criou apenas criaturas PERFEITAS ( Gn
1.31; Ec 7.29 );
3.
Deus concedeu o LIVRE-ARBÍTRIO a
suas criaturas (Dt 30.11-20; Ec 12.14; Mt 7.13-14; Lc 13.24; Hb 11.24-25 );
4.
Algumas dessas criaturas ESCOLHERAM LIVREMENTE FAZER O
MAL (Gn 3. 13-19; Is 14.12-16; Ez 28.4-7 );
5.
Portanto, UMA CRIATURA PERFEITA, E NÃO DEUS, CAUSOU
O MAL (Gn 3. 13-19; Is 14.12-16; Ez 28.4-7).
3.
QUEM CRIOU O MAL?
a.
Se existe um Deus Todo Poderoso e cheio da amor,
que conhece todas as coisas, por que Ele permite que tanta agonia e sofrimentos
existam no mundo?
b.
Esta é uma das muitas perguntas que perturbam a
humanidade.
c.
A experiência humana tem atestado universalmente a
realidade do mal.
d.
A face sombria da realidade mostra-se concretamente
por meio de vários aspectos como:
i. Da dor;
ii. Da morte;
iii. Da angústia;
iv. Da injustiça;
v. De epidemias;
vi. Da fome;
vii. De guerras injustas;
viii. Da opressão política;
ix. Da morte de inocentes.
e.
Tudo isso são algumas das manifestações específicas
do que é normalmente chamado de MAL.
f.
A Bíblia é o único livro que tem condições de
responder a essa pergunta. Vejamos:
i. O Sofrimento é fruto diretamente do pecado (Gn 3. 13-19; Rm 5.12; 3.23; 8.20);
ii. Deus não é o culpado pelo sofrimento do povo. (Pv 26.2; Lm 1.8,9,14,18,20,22);
iii. Existe a Lei da semeadura (Gn 37.20-28;
42.21-22; 2Sm 16.22; Mt 7.1-2; 2Tm 3.13; Gl 6.7-8; 2Co 9.6; Mt 6.19-20; Tg
5.24; Ec 8.11-13; Os 5.7-8; 10.13; Pv 22.8; Jó 4.8; Et 3.6,8,9; 5.14; 10.8);
iv. Tudo que Deus criou era bom (Gn 1.31; Ec
7.29);
v. A situação trágica de Judá foi causa dos seus próprios pecados. (Jr 26.7-11,16; Lm 4.13; Jr 42.14; Lm 4.17);
vi. O homem queixa-se dos seus próprios pecados. (Gn 50.20; Lm 3.39; Pv 19.3; Mq 7.9).
4. POR QUE OS JUSTOS SOFREM?
a.
Orlando Boyer define sofrimento por: “Padecimento,
dor, amargura” (BOYER, 2008, p. 712).
b.
No grego é a palavra “Pathema” que
significa:
i. “Aflição” (2Tm 3.11; Hb 10.32; 1Pe 5.9;)
c.
E pode ser também a palavra “Paschõ” que
quer dizer:
i. “Sofrer” (Mt 16.21; 17.12; 1Pe 2.23; Hb 9.26; 13.12; 1Pe 2.21; 3.18;
4.1).
d.
A Bíblia nos mostra que a origem dos sofrimentos reside
no primeiro ato de desobediência contra Deus (Gn 3. 13-19).
e.
São diversas as razões por que os crentes sofrem.
f.
Vejamos algumas:
i. Pela decorrência da herança do pecado de Adão e Eva (Gn 3.16-19; Gn 25.21-34; Rm 5.12; 8.20-23; 2Pe 3.10-13);
ii. Pelos seus atos (Sl 42.7; Jó 34.11; Jr
17.10; Pv 6.27; Mt 16.17; 1Co 3.8; 2Co 5.10; Gl 6.7; Rm 2.6; Ap 2.23);
iii. Por habitar num mundo pecaminoso e corrompido (Ez 9.4; At 17.16; 2Pe 2.8);
iv. Por correção de Deus (Is 26.16; Jó
5.17; Pv 3.11-12; Sl 119.67, 71; Hb 12.6-8; 1Co 11.31-32; Ap 3.19);
v. Por enfrentar ataques do inimigo (Jó 1.12;
2.6; Mt 5.10-11; 1Pe 5.8-9; 1Jo 5.19; Ef 6.12; Gl 1.4; 2Tm 4.6,8);
vi. Por ter a natureza de Cristo (Mt 16.24; Jo
17.14; 1Co 2.16; 2Co 4.8; 2Tm 3.12; 1Pe 2.21; Lc 19.41; 2Co 11.23-32);
vii. Por perseguição religiosa (Mt 5.10-12; Mt
10.22; 24.9; Jo 15.19; At 5.41; 2Tm 2.11-13; 1Pe 4.12-14; Ap 3.1-4);
viii. Por “provação” da fé (Dt 8.3; Jó
19.25-27; Sl 23.4; Is 43.2; Rm 5.3-5; 1Co 10.13; 2Co 1.4; 12.9; Tg 1.3; 1Pe
1.7).
5. QUAIS OS EXEMPLOS DE ALGUNS JUSTOS QUE SOFRERAM POR PERMISSÃO DE DEUS?
a.
Há quem diga que as feridas abertas em nossas
almas, são portas por onde Deus opera.
b.
Muitos sofrimentos que enfrentamos aqui nesta vida,
têm como finalidade a manifestação do poder da glória de Deus.
c.
O Senhor NUNCA falou que “nos livraria DA
fornalha, mas sim NA fornalha”.
d.
Existem alguns exemplos na Bíblia de justos que
sofreram por permissão de Deus para um propósito determinado. Analisemos alguns
destes exemplos:
i. José o governador do Egito (Gn 37-45);
ii. O profeta Daniel na cova dos leões (Dn 6.1-28);
iii. Os companheiros de Daniel na fornalha de fogo ardente (Dn 3.28-30);
iv. O salmista (Sl 119.67, 71);
v. O patriarca Jó (Jó 42.117);
vi. O homem cego de nascença. (Jo 9.1-38);
vii. Lázaro, o amigo de Jesus.(Jo 11.1-45);
viii. O mártir Estêvão (At 7.55-60; 1Pe
4.14; 2Co 12.9; Tg 4.6; 1Pe 2.20);
ix. O apóstolo Paulo (2Co 4.8-9;
11.16-33; Fp 3.7-11);
x. O apóstolo Pedro (1Pe 2.20);
xi. O próprio Jesus (Is 53.1-12; Jo 15.18-21; Mc
15.3-5; Lc 23.9; Jo 19.9; At 8.32-33; 1Pe 2.20-24; Ap 5.6).
6.
COMO O JUSTO DEVE ENCARAR O
SOFRIMENTO?
a.
Se conhecêssemos como Deus conhece as glórias
ocultas que ele tem para cada um de nós na vida futura, saudaríamos com alegria
por cada quebrantamento e prova, e o agradeceríamos por tudo!
b.
Deus é o melhor professor, ou seja, primeiro dá a
prova e depois a bênção (Tg. 1.2-4).
c.
Como devemos encarar o sofrimento mesmo em tempos
de crises?
d.
Vejamos alguns exemplos:
i. Tendo Esperança (Jr 17.7-8; Is 64.4; Jó
13.15; Pv 14.32; Lm 3.18-22, 26; Nm 13.14; Fl 4.13; Rm 8.24-25; 37).
ii. Tendo alegria (Jo 16.20-21; Mt 5.11-12;
1Pe 4.13; Rm 8.28; Gl 6.17; Fl 1.29; Cl 1.24);
iv. Em oração (Sl 55.17; Dn 6.10; Lc 3.21-22; 4.1-13; 5.15-16;
6.12; 9.18-29; Hb 5.7; At 2.42; Ef 6.18; Fl 4.6);
v. Enfrentando as “fraquezas” da vida (Pv 24.10; Ap 3.10);
vi. Enfrentando o luto (2Sm 12.18-20;
Jó 1.20-21);
vii. Enfrentando as enfermidades (Is 38.9-22);
viii. Enfrentando as necessidades (Hc 3.17-19);
ix. Enfrentando as perseguições (Mt 5.10-11; At
7.55-60; 20.24-25);
ü Podemos concluir com as palavras do Mestre amado: “Eu conheço as
tuas obras” (Ap 2.9).
ü Lembremo-nos do profeta messiânico: “Quando passares pelas águas estarei
contigo, e quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo
fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti” (Is 43.2).
ü “Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o SENHOR, o Criador dos fins
da terra, nem se cansa nem se fatiga? É inescrutável o seu entendimento. Dá
força ao cansado, e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. Os
jovens se cansarão e se fatigarão, e os moços certamente cairão; Mas os que
esperam no SENHOR renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão,
e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão (Is 40. 28-31).
ü E do salmista quando falou: “DEUS é o nosso refúgio e fortaleza,
socorro bem presente na angústia” (Sl 46.1).
REFERÊNCIAS
• BOYER, Orlando. Pequena enciclopédia bíblica. CPAD.
• CHAMPLIN, R.N. O Novo Testamento Interpretado versículo por
Versículo. HAGNOS.
• MACARTHUR JR, John. O poder do sofrimento. CPAD.
• RIBEIRO, Hélio. Bênçãos e frutos do sofrimento.
• STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD
[1]
Podemos classificar aflições como um estado de ânimo perturbado causado por
situações adversas que venham nos atingir, tanto na área física, da alma, ou do
espírito. Jesus preparou os discípulos alertando aos mesmos de coisas
tormentosas que aconteceriam na ocasião da sua morte na cruz do calvário.
Muitos se alegraram com a morte de Cristo, principalmente o sistema religioso
judaico que estava totalmente corrompido. Enquanto os antagonistas festejavam,
os discípulos choravam e se lamentavam. Porém está situação se reverteu ao
terceiro dia quando Jesus ressuscitou e essa notícia chegou aos seus seguidores.
Nessa nova condição os inimigos de Cristo se entristeceram e se lamentaram
profundamente, porém os seguidores de Cristo festejaram e se alegraram, pois a
tristeza deles se transformou em alegria. Temos aqui o exemplo de Ana, que ano
após ano foi afligida pela sua rival e certamente outros mais riam e debochavam
dessa mulher sem demonstrar nenhum sentimento compassivo com relação a ela.
Mas, como a palavra diz que o choro pode durar uma noite, e a alegria vem pela
manhã, poderíamos ilustrar que a noite de Ana foi longa, porém como a prova vem
até onde podemos suportar, Ana no limite de suas forças orou ao Senhor fazendo
um voto que Deus aceitou atendendo o seu pedido de conceber um filho, pois isso
a livraria da sua esterilidade a qual era o motivo das zombarias que a faziam
sofrer grandes aflições. Notemos que Ana soube resistir sem se desesperar a
tudo que a afligia, sofrendo calada até alcançar a sua vitória. Esse é um
exemplo que devemos tomar para nós, para que, assim como Ana, em qualquer
adversidade que estivermos passando ou venhamos passar, possamos ter o mesmo
equilíbrio e perseverança e fé dessa mulher, confiando que Deus está no
controle de tudo e que Ele reverte situações em nosso favor.
[2]
Jesus não deixou ninguém enganado quanto a intensidade dos sofrimentos que
iriam sobrevir sobre todos aqueles que o querem seguir piamente, empregando a
figura de uma mulher quando chega as dores de parto. Só as mulheres devem saber
sobre as dores que precisam suportar no momento do parto, mas também só elas podem
descrever como é prazeroso quando dá a luz o seu bebe. Não há remédio para a
dor do parto, porque elas são inevitáveis. Assim também não há remédio para as
dores advindas de sofrimentos e tribulações, pois elas também são inevitáveis
para aqueles que verdadeiramente têm tomado a cruz para seguir Jesus. O alento
para tudo isso é que a palavra de Deus nos garante que toda tribulação a ser
enfrentada quando estamos em Cristo, nunca será insuportável e ela tem um tempo
de duração. É nessa confiança que adquirimos força e determinação para seguir
adiante, pois Deus sempre tem reservado coisas maiores para todos aqueles que
marcham resolutos sem nunca olharem para traz, pois Ele não tem prazer naqueles
que recuam.
[3]
Jesus em todo o seu ministério usou muitas figuras de linguagem com alegorias e
parábolas e essa forma de comunicação tinha uma razão de ser, pois Jesus vivia
cerceado de seguidores, mas também muitos antagonistas que o vigiavam, estavam
sempre atentos aos seus pronunciamentos e constantemente faziam de tudo para
tentarem pegá-lo em alguma falta. Se as pregações de Jesus fossem feitas
abertamente, os seus inimigos que não tinham qualquer espiritualidade
arrumariam pretextos distorcidos para acusá-lo. Jesus só falava abertamente
quando estava reunido particularmente com os seus discípulos de confiança. Após
a cruz, já nesta dispensação da graça, e com o início do ministério do Espírito
Santo é que a palavra começou a ser revelada abertamente. Isso é para todos que
tem discernimento espiritual, e que se esforçam em buscar o conhecimento da
palavra de Deus. É através da palavra que caminhamos para a perfeição e
transformação espiritual. Aqueles que se preparam têm condições para suportar
todo tipo de perseguição, mas nem todos tem esse preparo, pois a sua vida não
está edificada sobre a rocha e sim sobre a areia que não tem sustentação.
Quando vêm as lutas ficam perturbados e confusos, correm de um lado para outro
atrás de profecias que na maioria das vezes são falsas, sem entender o porquê
das suas aflições. Nesses casos existe a solução que é buscar direto com o
Espírito Santo, o único que pode revelar coisas que passamos e muitas vezes não
entendemos. Nunca despreze o que o Espírito Consolador pode fazer por nós.
[4]
Jesus quando disse, eu não vos digo que eu rogarei ao Pai por vós, não se trata
que não mais rogaria por nós, e sim que Ele estaria agindo pelo ministério do
Espírito Santo, o qual faria tudo o que Ele dissesse. Ele mesmo diz que ninguém
vai ao Pai se não for por Ele e que é o único mediador entre Deus e os homens.
Porém toda essa comunicação é intermediada pelo Espírito e não somente isso,
pois a condição de que haja a nossa comunhão com Deus exige algo que deve
acompanhar o nosso processo de salvação que é o arrependimento, e o
arrependimento necessariamente envolve um trabalho de conscientização que é
realizado pelo Espírito, em que devemos reconhecer as nossas fraquezas, as
nossas falhas para que sejam confessadas, e possa haver a purificação dos
nossos pecados e com isso alcançarmos um relacionamento mais perfeito com Deus.
Esse relacionamento é tão importante que nos faz sentir seguros, protegidos e
consolados.
[5]
Algo muito importante que precisamos desenvolver e também praticar é o amor que
recebemos de Deus. Nós recebemos esse amor quando nos convertemos, pois antes
não o conhecíamos, mas agora nós não somente o conhecemos como também o
sentimos. Porém esse amor não é para ficar represado egoisticamente em nós.
Esse amor deve ser retributivo em todos os sentidos para com Deus e para com o
nosso próximo. O apóstolo Paulo incansavelmente propagou, propalou e
estabeleceu a palavra de Deus por vários lugares, e, tudo que Paulo fazia
jamais houve qualquer intenção de angariar lucros ou vantagens para si. Daí,
entendemos como ele pode suportar e superar as grandes aflições motivadas por
perseguições a qual tinha que passar. Era porque o que o movia em sua caminhada
era o amor pelas almas pecadoras que precisavam de salvação, era o amor pelas
coisas do reino de Deus, era o amor que ele tinha pelo seu Salvador. Isso lhe
dava força para prosseguir para o alvo, pois visava o premio daquele que o
escolheu e o predestinou com uma vocação soberana, cheio do poder e da graça de
Deus. Experimentemos mais a caminhar na prática desse amor que é imprescindível
para que possamos suportar todas as adversidades.
[6]
A obediência e submissão a Deus são fatores essenciais para uma vida vitoriosa.
Jesus realizou sua missão terrena em total submissão e dependência de Deus. Ele
mesmo disse: eu e o Pai somos um, e também disse que não veio fazer a Sua
vontade, mas, a vontade daquele que O enviou. Essa unidade perfeita foi um
fator preponderante para o sucesso da sua missão até dar o brado de vitória na
cruz do calvário. Esse é um exemplo a ser seguido por todos nós se quisermos
avançar no reino de Deus. O que Jesus tinha que fazer Ele fez e ninguém pode
impedi-lo, assim aconteceu com o pastor da igreja de Filadélfia, o qual
enfrentou todo tipo de perseguições, mas, sempre manteve o seu testemunho pela
palavra de Deus sem nunca adulterá-la como queriam os hereges e também nunca
negou o nome do Senhor. O cumprimento desses requisitos foi do agrado de Deus
que em razão disso agia em favor desse pastor abrindo portas para a expansão do
evangelho. Se as coisas estão entravadas busque estreitar a tua comunhão com
Deus e tenha certeza que as portas vão se abrir diante de ti.
[7]
Os discípulos de Jesus teriam o privilégio de desfrutar sob o ministério
didático do Espírito Santo que seria o seu mestre na dispensação da Igreja. Foi
pelo Espírito que as coisas ainda não compreendidas, começaram a ser
esclarecidas e reveladas. Dessa forma eles puderam compreender mais a fundo, a
grandiosidade do plano de Deus e muito mais ainda, eles eram parte essencial
nesse plano de salvação. Precisavam entender também que para estarem inseridos
nesse plano precisariam de um revestimento sobrenatural dado pelo Espírito
Santo. e quando perseveravam em oração no cenáculo para receberem o batismo do
Espírito Santo eles já estavam conscientizados de que algo poderoso aconteceria
naquele lugar e não só isso, mas eles próprios estariam nessa experiência, pois
fariam parte dessa manifestação que aconteceu com o vento impetuoso e línguas
repartidas como de fogo. Quando Jesus diz para pedirmos tudo que quisermos,
evidentemente que essa petição não esta enfocada em coisas materiais, e sim e
coisas espirituais. Para sermos militantes nesse mundo de trevas e seres
malignos, o mais importante é estarmos equipados e preparados para enfrentar e
lutar contras essa hostes espirituais da maldade, e, é com esse preparo que
podemos suportar todas as investidas do inimigo sempre como vencedores e nunca
como derrotados.
[8]
Precisamos apreender a depositar toda nossa confiança em Cristo, nunca
duvidando do que Ele é capaz de fazer por nós. A fé dos discípulos de Jesus foi
gradativa pelo tempo de convivência e aprendizado que eles tiveram. No final do
ministério de Jesus antes da cruz eles já estavam testificando com toda
veemência o crescimento espiritual e a sua fé no Senhor. Antes da ascensão de
Cristo ao céu, Ele deixa uma palavra confortadora na qual dava garantia da sua
presença todos os dias dando suporte, proteção, orientação em todos os lugares
que eles fossem levando o evangelho da graça divina. Essa garantia da sua
presença continua valendo, e não podemos esquecer disso. Em toda adversidade,
tribulações, perseguições, afrontas, calúnias e outros mais, lembre-se sempre
que Deus sempre vela pela sua palavra para fazê-la cumprir.
[9]
Uma arma poderosa para enfrentar todo tipo de aflição, é o conhecimento da
palavra de Deus. Cristo venceu o Diabo pela palavra na tentação do deserto. Não
é pedindo fé que vamos receber fé, e sim compreendendo que a fé vem pelo ouvir
e o ouvir a palavra de Deus. Os apóstolos do Senhor tiveram grandes êxitos,
porque aprenderam com Ele durante o seu tempo de ministério. Israel pereceu por
falta de conhecimento, embora alertados pelos profetas não se preocuparam em
buscar e prosseguir no conhecimento do Senhor e isso os fez andar no caminho do
pecado e da desobediência até entrarem no juízo divino caindo e sendo
destruídos nas mãos dos assírios. A igreja que quer ser verdadeiramente
militante não pode se descuidar dos ensinamentos doutrinários que são
essenciais para sermos produtivos no reino de Deus. A falta desses ensinamentos
provoca grandes prejuízos espirituais deixando muitas almas sem o cuidado e
preparo para que possam ter forças para superar situações aflitivas.
[10]
Jesus previra o que iria acontecer após a sua prisão e caminhada para a cruz.
Seria o abandono que sofreria pelos discípulos que acovardados e assustados não
estariam presentes no cenário da via sacra, mas algo surpreendente aconteceu,
pois as mulheres foram mais corajosas e a bíblia diz que elas o seguiam de
longe, porém não O perdiam de vista acompanhando todo o seu sofrimento. Com
todo esse abandono Jesus em nenhum momento se sentiu só, pois Ele tinha a
certeza que o Pai estaria com Ele em todos os momentos. Somente no momento mais
crucial quando Jesus num momento de extrema agonia expressa as palavras “Deus
meu, Deus meu, porque me desamparaste”. Naquele instante Ele se sentiu abandonado,
na realidade era a ausência do Espírito Santo que precisou se retirar de Jesus,
porque Ele tinha que vencer aquela última etapa totalmente só. Porém
rapidamente Ele se recuperou para dizer... está consumado. Nunca diga que está
se sentido só ou abandonado, isso seria não dar crédito a palavra de Deus que
garante a Sua presença e o seu amparo em qualquer situação que tenhamos que
enfrentar em todos os momentos da nossa vida.
[11]
Lembremos sempre que o Senhor nos promete sempre amor, paz e alegria e também nos
assegura que a força dele também é a nossa e nos certifica que sempre
completaremos a nossa missão por mais difícil e complicada que possa ser As
circunstâncias adversas sempre irão acompanhar todos os que levam a sério o
compromisso a qual estão engajados no contexto de reino de Deus. É verdade que
em muitas situações ficamos deveras com alguma ou muita preocupação. Isso faz
parte da nossa natureza humana e Jesus que passou por tudo isso e muito mais,
sabe que não é fácil superar determinadas dificuldades. O que precisamos
entender e crer, é que tudo que passamos sempre será temporário, porque quem
está em Cristo nunca sentirá o sabor da derrota, muito pelo contrário, sempre
iremos saborear vitórias. O apóstolo Paulo passou por situações extremas de dificuldades
em todos os sentidos, porém nada o detinha como a tribulação, angústia,
perseguição, fome, nudez, perigo, ou espadas poderiam separá-lo do amor de
Cristo e isso lhe dava animo para dizer com ênfase que em todas essas coisas
somos mais do que vencedores em Cristo Jesus. Assim também podemos dizer que
somos mais que vencedores quando começarmos a superar todas as adversidades sem
qualquer expressão que venha desagradar a Deus. Lembre-se que a alegria do
Senhor é a nossa força.
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