sábado, 7 de julho de 2012

EBD: T03 L01 - NO MUNDO TEREIS AFLIÇÕES


Escola Dominical - Esboços da EBD

Vencendo as Aflições da Vida

Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor as livra de todas.

NO MUNDO TEREI AFLIÇÕES

Lição 1 - 1 de julho de 2012


Leitura Bíblica em Classe: João 16.20,21,25-33

ONZE LIÇÕES QUE NOS ANIMAM A SUPERAR AFLIÇÕES

1. SUPERE AS AFLIÇÕES E RESISTA TODAS AS TRISTEZAS ATÉ VIRAREM ALEGRIA

João 16.20 - Na verdade, na verdade vos digo que vós chorastes e vos lamentareis, e o mundo se alegrará, e vós estareis tristes; mas a vossa tristeza se converterá em alegria.

* Quem se alegra com a nossa tristeza Deus os fará ver a alegria da nossa vitória

I Samuel 2.1 Então orou Ana, e disse: O meu coração exulta ao SENHOR, o meu poder está exaltado no SENHOR; a minha boca se dilatou sobre os meus inimigos, porquanto me alegro na tua salvação.[1]

2. SUPERE AS AFLIÇÕES E CONSIDERE-AS SEMPRE COMO LEVE E MOMENTÂNEA

João 16.21 - A mulher; quando está para dar á luz, sente tristeza, porque é chegada a sua hora; mas, depois de ter dado à luz a criança, já se não lembra da aflição, pelo prazer de haver nascido um homem no mundo.

* Após o parto a dor sai vindo alívio e prazer assim deve ser em nossas tribulações

2 Coríntios 4.17 Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente;[2]

3. SUPERE AS AFLIÇÕES DISCERNINDO NO ESPÍRITO A RAZÃO DO TEUS PORQUES

João 16.25 - Disse-vos isso por parábolas; chega, porém, a hora em que vos não falarei mais por parábolas mas abertamente vos falarei acerca do Pai.

* Tendo discernimento o Senhor revelará as coisas que nos são incompreensíveis

Filipenses 3.15 Por isso todos quantos já somos perfeitos, sintamos isto mesmo; e, se sentis alguma coisa de outra maneira, também Deus vo-lo revelará. [3]

4. SUPERE AS AFLIÇÕES CLAMANDO PELO ESPÍRITO AO PAI EM O NOME DE JESUS

João 16.26 - Naquele dia, pedireis em meu nome, e não vos digo que eu rogarei por vós ao Pai,

* Tendo a presença do Espírito ficamos aptos a chegar na presença do Senhor

Tiago 4.8 Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações.[4]

5. SUPERE AS AFLIÇÕES COM A PRÁTICA DO AMOR RETRIBUTIVO COMO O DE DEUS

João 16.27 - pois o mesmo Pai vos ama, visto como vós me amastes e crestes que saí de Deus.

* Os efeitos superadores em nossa vida acontecem quando não visamos vantagens

Filipenses 4.17 Não que procure dádivas, mas procuro o fruto que cresça para a vossa conta.[5]

6. SUPERE AS AFLIÇÕES FAZENDO A VONTADE DIVINA DA MANEIRA QUE ELE QUER

João 16.28 - Saí do Pai e vim ao mundo; outra vez, deixo o mundo e vou para o Pai.

* A nossa vida deve estar em unidade perfeita com Deus e nunca de modo próprio

Apocalipse 3.8 Conheço as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra, e não negaste o meu nome.[6]

7. SUPERE AS AFLIÇÕES ENTENDENDO O MINISTÉRIO ENSINADOR DO ESPÍRITO

João 16.29 - Disseram-lhe os seus discípulos: Eis quer agora, falas abertamente e não dizes parábola alguma.

* É através dos ensinamento do Espírito que nos revestimos pelo poder da palavra

João 15.7 Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.[7]

8. SUPERE AS AFLIÇÕES PERSEVERANDO E CONFIANDO TUDO AO SENHOR JESUS

João 16.30 - Agora, conhecemos que sabes tudo e não precisas de que alguém te interrogue. Por isso, cremos que saíste de Deus.

* Devemos crer na presença constante do Senhor que sempre age em nosso favor

Mateus 28.20 Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.[8]

9. SUPERE QUALQUER AFLIÇÃO SE ALICERÇANDO NO CONHECIMENTO DE CRISTO

João 16.31 — Respondeu-lhes Jesus: Credes, agora?

* Temos que nos esforçar em evoluir a nossa fé nos alicerçando nos preceitos divinos

Oséias 6.3 Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao SENHOR; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra[9]

10. SUPERE AS AFLIÇÕES CRENDO QUE MESMOS SENDO FALHOS DEUS É POR NÓS

João 16.32 - Eis que chega a hora, e já se aproxima, em que vós sereis dispersos, cada um para sua casa, e me deixareis só, mas não estou só, porque o Pai está comigo.

* Contemos com a presença favorável de Deus ainda que todos venham nos abandonar

Salmos 27.10 Porque, quando meu pai e minha mãe me desampararem, o SENHOR me recolherá. [10]

11. SUPERE AS AFLIÇÕES NO EXEMPLO DE CRISTO QUE SOZINHO VENCEU O MUNDO

João 16.33 - Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.

* Caminhemos com a certeza de que o mundo jamais derrotará um crente em Cristo Jesus

Romanos 8.37 - Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou.[11]



LIÇÃO 01 – NO MUNDO TEREIS AFLIÇÕES




 Ø  A queda e a degeneração da raça humana são as chaves para se compreender a realidade do sofrimento (Gn 3. 13-19).
 Ø  Através da história, as pessoas vem lutando contra uma aparente contradição: Se Deus é absolutamente bom, então por que o mal existe? Se Deus é tanto “Bom” como “Poderoso”, Ele não permitiria que o mal e o sofrimento existissem em sua Criação.
 Ø  Então, ou Deus não é “Bom” (e por isso tolera o mal) ou não é “Poderoso” (e por isso não pode livra-nos do mal, mesmo que queira).
 Ø  Esse visível problema de séculos de história é chamado na Teologia e na Filosofia de Teodicéia, palavra derivada do grego “Theos (Deus) + Dikes (Justiça)” que significa “A justiça de Deus”, ideia que gerou a discussão do “Posicionamento teológico e filosófico para justificar a bondade de Deus em vista da existência do mal no mundo”.
 Ø  Este será o assunto que permeará a primeira lição como também todo este trimestre.

   1.   QUAL A DEFINIÇÃO DE AFLIÇÃO?

a.   A palavra aflição no grego é “Kakoucheõ” que significa:
                                         i.     “sofrer infortúnio, ser maltratado” (Hb 11.25; 11.37; 13.3)
b.   E a palavra “Kakopatheõ” que quer dizer:
                                         i.    “sofrimento, adversidade, padecer” (2Tm 1.8; 2.9; 4.5; Tg 5.13).
c.   A palavra “Kakopatheia” também poder ser definida como:
                                        i.    “aflição, maltrato, angústia” (At 7.34; Rm 8.18; 1Pe 1.11; 5.1; Hb 2.9; 2Co 1.5; Fp 3.10; 1Pe 4.13; 5.1).
                                        ii.    O Mestre amado falou sobre isso quando disse: “[...]no mundo tereis aflições, mas tendes bom ânimo[...]” (Jo 16.33-c).

               1.1        O justo e o ímpio sofrem igualmente.

i)     A fidelidade a Deus não é garantia de que o crente não passará por aflições, dores e sofrimentos nesta vida (Jo 16.33; 2Tm 3.12; Sl 34.19).
ii)   Podemos perceber esta verdade nas palavras de Jesus: “Porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos” (Mt 5.45).
iii)  Também nas palavras do sábio Salomão: Tudo sucede igualmente a todos; o mesmo sucede ao justo e ao ímpio, ao bom e ao puro, como ao impuro; assim ao que sacrifica como ao que não sacrifica; assim ao bom como ao pecador; ao que jura como ao que teme o juramento” (Ec 9.2).


   2.   QUAL A ORIGEM DO MAL?

a.   Durante muito tempo se procurou respostas a seguinte pergunta:
                                         i.    O Deus absolutamente BOM não poderia ter criado o MAL. Então, de onde veio o mal?
                                        ii.    Podemos responder da seguinte forma:

1.   Deus é ABSOLUTAMENTE perfeito (Sl 145.17; Mt 19.17; Mc 10.8; Lc 18.19);
2.   Deus criou apenas criaturas PERFEITAS ( Gn 1.31; Ec 7.29 );
3.   Deus concedeu o LIVRE-ARBÍTRIO a suas criaturas (Dt 30.11-20; Ec 12.14; Mt 7.13-14; Lc 13.24; Hb 11.24-25 );
4.   Algumas dessas criaturas ESCOLHERAM LIVREMENTE FAZER O MAL (Gn 3. 13-19; Is 14.12-16; Ez 28.4-7 );
5.   Portanto, UMA CRIATURA PERFEITA, E NÃO DEUS, CAUSOU O MAL (Gn 3. 13-19; Is 14.12-16; Ez 28.4-7).


   3.   QUEM CRIOU O MAL?

a.   Se existe um Deus Todo Poderoso e cheio da amor, que conhece todas as coisas, por que Ele permite que tanta agonia e sofrimentos existam no mundo?
b.   Esta é uma das muitas perguntas que perturbam a humanidade.
c.   A experiência humana tem atestado universalmente a realidade do mal.
d.   A face sombria da realidade mostra-se concretamente por meio de vários aspectos como:

                                         i.    Da dor;
                                        ii.    Da morte;
                                      iii.    Da angústia;
                                      iv.    Da injustiça;
                                       v.    De epidemias;
                                      vi.    Da fome;
                                    vii.    De guerras injustas;
                                   viii.    Da opressão política;
                                      ix.    Da morte de inocentes.

e.   Tudo isso são algumas das manifestações específicas do que é normalmente chamado de MAL.
f.    A Bíblia é o único livro que tem condições de responder a essa pergunta. Vejamos:

                                         i.    O Sofrimento é fruto diretamente do pecado (Gn 3. 13-19; Rm 5.12; 3.23; 8.20);
                                        ii.    Deus não é o culpado pelo sofrimento do povo. (Pv 26.2; Lm 1.8,9,14,18,20,22);
                                      iii.    Existe a Lei da semeadura (Gn 37.20-28; 42.21-22; 2Sm 16.22; Mt 7.1-2; 2Tm 3.13; Gl 6.7-8; 2Co 9.6; Mt 6.19-20; Tg 5.24; Ec 8.11-13; Os 5.7-8; 10.13; Pv 22.8; Jó 4.8; Et 3.6,8,9; 5.14; 10.8);
                                      iv.    Tudo que Deus criou era bom (Gn 1.31; Ec 7.29);
                                       v.    A situação trágica de Judá foi causa dos seus próprios pecados. (Jr 26.7-11,16; Lm 4.13; Jr 42.14; Lm 4.17);
                                     vi.    O homem queixa-se dos seus próprios pecados. (Gn 50.20; Lm 3.39; Pv 19.3; Mq 7.9).


   4.   POR QUE OS JUSTOS SOFREM?

a.   Orlando Boyer define sofrimento por: “Padecimento, dor, amargura” (BOYER, 2008, p. 712).
b.   No grego é a palavra “Pathema” que significa:

                                         i.    “Aflição” (2Tm 3.11; Hb 10.32; 1Pe 5.9;)

c.   E pode ser também a palavra “Paschõ” que quer dizer:

                                         i.    “Sofrer” (Mt 16.21; 17.12; 1Pe 2.23; Hb 9.26; 13.12; 1Pe 2.21; 3.18; 4.1).

d.   A Bíblia nos mostra que a origem dos sofrimentos reside no primeiro ato de desobediência contra Deus (Gn 3. 13-19).
e.   São diversas as razões por que os crentes sofrem.
f.    Vejamos algumas:

                                         i.    Pela decorrência da herança do pecado de Adão e Eva (Gn 3.16-19; Gn 25.21-34; Rm 5.12; 8.20-23; 2Pe 3.10-13);

                                        ii.    Pelos seus atos (Sl 42.7; Jó 34.11; Jr 17.10; Pv 6.27; Mt 16.17; 1Co 3.8; 2Co 5.10; Gl 6.7; Rm 2.6; Ap 2.23);

                                      iii.    Por habitar num mundo pecaminoso e corrompido (Ez 9.4; At 17.16; 2Pe 2.8);
                                      iv.    Por correção de Deus (Is 26.16; Jó 5.17; Pv 3.11-12; Sl 119.67, 71; Hb 12.6-8; 1Co 11.31-32; Ap 3.19);
                                       v.    Por enfrentar ataques do inimigo (Jó 1.12; 2.6; Mt 5.10-11; 1Pe 5.8-9; 1Jo 5.19; Ef 6.12; Gl 1.4; 2Tm 4.6,8);
                                      vi.    Por ter a natureza de Cristo (Mt 16.24; Jo 17.14; 1Co 2.16; 2Co 4.8; 2Tm 3.12; 1Pe 2.21; Lc 19.41; 2Co 11.23-32);
                                    vii.    Por perseguição religiosa (Mt 5.10-12; Mt 10.22; 24.9; Jo 15.19; At 5.41; 2Tm 2.11-13; 1Pe 4.12-14; Ap 3.1-4);
                                   viii.    Por “provação” da fé (Dt 8.3; Jó 19.25-27; Sl 23.4; Is 43.2; Rm 5.3-5; 1Co 10.13; 2Co 1.4; 12.9; Tg 1.3; 1Pe 1.7).



   5.   QUAIS OS EXEMPLOS DE ALGUNS JUSTOS QUE SOFRERAM POR PERMISSÃO DE DEUS?

a.   Há quem diga que as feridas abertas em nossas almas, são portas por onde Deus opera.
b.   Muitos sofrimentos que enfrentamos aqui nesta vida, têm como finalidade a manifestação do poder da glória de Deus.
c.   O Senhor NUNCA falou que “nos livraria DA fornalha, mas sim NA fornalha”.
d.   Existem alguns exemplos na Bíblia de justos que sofreram por permissão de Deus para um propósito determinado. Analisemos alguns destes exemplos:

                                         i.    José o governador do Egito (Gn 37-45);
                                        ii.    O profeta Daniel na cova dos leões (Dn 6.1-28);
                                      iii.    Os companheiros de Daniel na fornalha de fogo ardente (Dn 3.28-30);
                                      iv.    O salmista (Sl 119.67, 71);
                                       v.    O patriarca Jó (Jó 42.117);
                                      vi.    O homem cego de nascença. (Jo 9.1-38);
                                    vii.    Lázaro, o amigo de Jesus.(Jo 11.1-45);
                                   viii.    O mártir Estêvão (At 7.55-60; 1Pe 4.14; 2Co 12.9; Tg 4.6; 1Pe 2.20);
                                      ix.    O apóstolo Paulo (2Co 4.8-9; 11.16-33; Fp 3.7-11);
                                       x.    O apóstolo Pedro (1Pe 2.20);
                                      xi.    O próprio Jesus (Is 53.1-12; Jo 15.18-21; Mc 15.3-5; Lc 23.9; Jo 19.9; At 8.32-33; 1Pe 2.20-24; Ap 5.6).


   6.   COMO O JUSTO DEVE ENCARAR O SOFRIMENTO?

a.   Se conhecêssemos como Deus conhece as glórias ocultas que ele tem para cada um de nós na vida futura, saudaríamos com alegria por cada quebrantamento e prova, e o agradeceríamos por tudo!
b.   Deus é o melhor professor, ou seja, primeiro dá a prova e depois a bênção (Tg. 1.2-4).
c.   Como devemos encarar o sofrimento mesmo em tempos de crises?
d.   Vejamos alguns exemplos:

                                         i.    Tendo Esperança (Jr 17.7-8; Is 64.4; Jó 13.15; Pv 14.32; Lm 3.18-22, 26; Nm 13.14; Fl 4.13; Rm 8.24-25; 37).

                                        ii.    Tendo alegria (Jo 16.20-21; Mt 5.11-12; 1Pe 4.13; Rm 8.28; Gl 6.17; Fl 1.29; Cl 1.24);
                                      iii.    Através da Fé (Jó 42.5; 1Jo 5.4; Ef 6.10-18; Hb 11.1, 6, 33-38);

                                      iv.    Em oração (Sl 55.17; Dn 6.10; Lc 3.21-22; 4.1-13; 5.15-16; 6.12; 9.18-29; Hb 5.7; At 2.42; Ef 6.18; Fl 4.6);
                                       v.    Enfrentando as “fraquezas” da vida (Pv 24.10; Ap 3.10);
                                      vi.    Enfrentando o luto (2Sm 12.18-20; Jó 1.20-21);
                                    vii.    Enfrentando as enfermidades (Is 38.9-22);
                                   viii.    Enfrentando as necessidades (Hc 3.17-19);
                                      ix.    Enfrentando as perseguições (Mt 5.10-11; At 7.55-60; 20.24-25);
                                       x.    Enfrentando as angústias (Sl 50.15; 1Co 11 16-31).






 ü  Podemos concluir com as palavras do Mestre amado: Eu conheço as tuas obras” (Ap 2.9).
 ü  Lembremo-nos do profeta messiânico: “Quando passares pelas águas estarei contigo, e quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti” (Is 43.2).
 ü  “Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o SENHOR, o Criador dos fins da terra, nem se cansa nem se fatiga? É inescrutável o seu entendimento. Dá força ao cansado, e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os moços certamente cairão; Mas os que esperam no SENHOR renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão (Is 40. 28-31).
 ü  E do salmista quando falou: “DEUS é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia” (Sl 46.1).

REFERÊNCIAS

BOYER, Orlando. Pequena enciclopédia bíblica. CPAD.
CHAMPLIN, R.N. O Novo Testamento Interpretado versículo por Versículo. HAGNOS.
MACARTHUR JR, John. O poder do sofrimento. CPAD.
RIBEIRO, Hélio. Bênçãos e frutos do sofrimento.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD
VINE, W.E, et al. Dicionário Vine. CPAD.







[1] Podemos classificar aflições como um estado de ânimo perturbado causado por situações adversas que venham nos atingir, tanto na área física, da alma, ou do espírito. Jesus preparou os discípulos alertando aos mesmos de coisas tormentosas que aconteceriam na ocasião da sua morte na cruz do calvário. Muitos se alegraram com a morte de Cristo, principalmente o sistema religioso judaico que estava totalmente corrompido. Enquanto os antagonistas festejavam, os discípulos choravam e se lamentavam. Porém está situação se reverteu ao terceiro dia quando Jesus ressuscitou e essa notícia chegou aos seus seguidores. Nessa nova condição os inimigos de Cristo se entristeceram e se lamentaram profundamente, porém os seguidores de Cristo festejaram e se alegraram, pois a tristeza deles se transformou em alegria. Temos aqui o exemplo de Ana, que ano após ano foi afligida pela sua rival e certamente outros mais riam e debochavam dessa mulher sem demonstrar nenhum sentimento compassivo com relação a ela. Mas, como a palavra diz que o choro pode durar uma noite, e a alegria vem pela manhã, poderíamos ilustrar que a noite de Ana foi longa, porém como a prova vem até onde podemos suportar, Ana no limite de suas forças orou ao Senhor fazendo um voto que Deus aceitou atendendo o seu pedido de conceber um filho, pois isso a livraria da sua esterilidade a qual era o motivo das zombarias que a faziam sofrer grandes aflições. Notemos que Ana soube resistir sem se desesperar a tudo que a afligia, sofrendo calada até alcançar a sua vitória. Esse é um exemplo que devemos tomar para nós, para que, assim como Ana, em qualquer adversidade que estivermos passando ou venhamos passar, possamos ter o mesmo equilíbrio e perseverança e fé dessa mulher, confiando que Deus está no controle de tudo e que Ele reverte situações em nosso favor.
[2] Jesus não deixou ninguém enganado quanto a intensidade dos sofrimentos que iriam sobrevir sobre todos aqueles que o querem seguir piamente, empregando a figura de uma mulher quando chega as dores de parto. Só as mulheres devem saber sobre as dores que precisam suportar no momento do parto, mas também só elas podem descrever como é prazeroso quando dá a luz o seu bebe. Não há remédio para a dor do parto, porque elas são inevitáveis. Assim também não há remédio para as dores advindas de sofrimentos e tribulações, pois elas também são inevitáveis para aqueles que verdadeiramente têm tomado a cruz para seguir Jesus. O alento para tudo isso é que a palavra de Deus nos garante que toda tribulação a ser enfrentada quando estamos em Cristo, nunca será insuportável e ela tem um tempo de duração. É nessa confiança que adquirimos força e determinação para seguir adiante, pois Deus sempre tem reservado coisas maiores para todos aqueles que marcham resolutos sem nunca olharem para traz, pois Ele não tem prazer naqueles que recuam.
[3] Jesus em todo o seu ministério usou muitas figuras de linguagem com alegorias e parábolas e essa forma de comunicação tinha uma razão de ser, pois Jesus vivia cerceado de seguidores, mas também muitos antagonistas que o vigiavam, estavam sempre atentos aos seus pronunciamentos e constantemente faziam de tudo para tentarem pegá-lo em alguma falta. Se as pregações de Jesus fossem feitas abertamente, os seus inimigos que não tinham qualquer espiritualidade arrumariam pretextos distorcidos para acusá-lo. Jesus só falava abertamente quando estava reunido particularmente com os seus discípulos de confiança. Após a cruz, já nesta dispensação da graça, e com o início do ministério do Espírito Santo é que a palavra começou a ser revelada abertamente. Isso é para todos que tem discernimento espiritual, e que se esforçam em buscar o conhecimento da palavra de Deus. É através da palavra que caminhamos para a perfeição e transformação espiritual. Aqueles que se preparam têm condições para suportar todo tipo de perseguição, mas nem todos tem esse preparo, pois a sua vida não está edificada sobre a rocha e sim sobre a areia que não tem sustentação. Quando vêm as lutas ficam perturbados e confusos, correm de um lado para outro atrás de profecias que na maioria das vezes são falsas, sem entender o porquê das suas aflições. Nesses casos existe a solução que é buscar direto com o Espírito Santo, o único que pode revelar coisas que passamos e muitas vezes não entendemos. Nunca despreze o que o Espírito Consolador pode fazer por nós.
[4] Jesus quando disse, eu não vos digo que eu rogarei ao Pai por vós, não se trata que não mais rogaria por nós, e sim que Ele estaria agindo pelo ministério do Espírito Santo, o qual faria tudo o que Ele dissesse. Ele mesmo diz que ninguém vai ao Pai se não for por Ele e que é o único mediador entre Deus e os homens. Porém toda essa comunicação é intermediada pelo Espírito e não somente isso, pois a condição de que haja a nossa comunhão com Deus exige algo que deve acompanhar o nosso processo de salvação que é o arrependimento, e o arrependimento necessariamente envolve um trabalho de conscientização que é realizado pelo Espírito, em que devemos reconhecer as nossas fraquezas, as nossas falhas para que sejam confessadas, e possa haver a purificação dos nossos pecados e com isso alcançarmos um relacionamento mais perfeito com Deus. Esse relacionamento é tão importante que nos faz sentir seguros, protegidos e consolados.
[5] Algo muito importante que precisamos desenvolver e também praticar é o amor que recebemos de Deus. Nós recebemos esse amor quando nos convertemos, pois antes não o conhecíamos, mas agora nós não somente o conhecemos como também o sentimos. Porém esse amor não é para ficar represado egoisticamente em nós. Esse amor deve ser retributivo em todos os sentidos para com Deus e para com o nosso próximo. O apóstolo Paulo incansavelmente propagou, propalou e estabeleceu a palavra de Deus por vários lugares, e, tudo que Paulo fazia jamais houve qualquer intenção de angariar lucros ou vantagens para si. Daí, entendemos como ele pode suportar e superar as grandes aflições motivadas por perseguições a qual tinha que passar. Era porque o que o movia em sua caminhada era o amor pelas almas pecadoras que precisavam de salvação, era o amor pelas coisas do reino de Deus, era o amor que ele tinha pelo seu Salvador. Isso lhe dava força para prosseguir para o alvo, pois visava o premio daquele que o escolheu e o predestinou com uma vocação soberana, cheio do poder e da graça de Deus. Experimentemos mais a caminhar na prática desse amor que é imprescindível para que possamos suportar todas as adversidades.
[6] A obediência e submissão a Deus são fatores essenciais para uma vida vitoriosa. Jesus realizou sua missão terrena em total submissão e dependência de Deus. Ele mesmo disse: eu e o Pai somos um, e também disse que não veio fazer a Sua vontade, mas, a vontade daquele que O enviou. Essa unidade perfeita foi um fator preponderante para o sucesso da sua missão até dar o brado de vitória na cruz do calvário. Esse é um exemplo a ser seguido por todos nós se quisermos avançar no reino de Deus. O que Jesus tinha que fazer Ele fez e ninguém pode impedi-lo, assim aconteceu com o pastor da igreja de Filadélfia, o qual enfrentou todo tipo de perseguições, mas, sempre manteve o seu testemunho pela palavra de Deus sem nunca adulterá-la como queriam os hereges e também nunca negou o nome do Senhor. O cumprimento desses requisitos foi do agrado de Deus que em razão disso agia em favor desse pastor abrindo portas para a expansão do evangelho. Se as coisas estão entravadas busque estreitar a tua comunhão com Deus e tenha certeza que as portas vão se abrir diante de ti.
[7] Os discípulos de Jesus teriam o privilégio de desfrutar sob o ministério didático do Espírito Santo que seria o seu mestre na dispensação da Igreja. Foi pelo Espírito que as coisas ainda não compreendidas, começaram a ser esclarecidas e reveladas. Dessa forma eles puderam compreender mais a fundo, a grandiosidade do plano de Deus e muito mais ainda, eles eram parte essencial nesse plano de salvação. Precisavam entender também que para estarem inseridos nesse plano precisariam de um revestimento sobrenatural dado pelo Espírito Santo. e quando perseveravam em oração no cenáculo para receberem o batismo do Espírito Santo eles já estavam conscientizados de que algo poderoso aconteceria naquele lugar e não só isso, mas eles próprios estariam nessa experiência, pois fariam parte dessa manifestação que aconteceu com o vento impetuoso e línguas repartidas como de fogo. Quando Jesus diz para pedirmos tudo que quisermos, evidentemente que essa petição não esta enfocada em coisas materiais, e sim e coisas espirituais. Para sermos militantes nesse mundo de trevas e seres malignos, o mais importante é estarmos equipados e preparados para enfrentar e lutar contras essa hostes espirituais da maldade, e, é com esse preparo que podemos suportar todas as investidas do inimigo sempre como vencedores e nunca como derrotados.
[8] Precisamos apreender a depositar toda nossa confiança em Cristo, nunca duvidando do que Ele é capaz de fazer por nós. A fé dos discípulos de Jesus foi gradativa pelo tempo de convivência e aprendizado que eles tiveram. No final do ministério de Jesus antes da cruz eles já estavam testificando com toda veemência o crescimento espiritual e a sua fé no Senhor. Antes da ascensão de Cristo ao céu, Ele deixa uma palavra confortadora na qual dava garantia da sua presença todos os dias dando suporte, proteção, orientação em todos os lugares que eles fossem levando o evangelho da graça divina. Essa garantia da sua presença continua valendo, e não podemos esquecer disso. Em toda adversidade, tribulações, perseguições, afrontas, calúnias e outros mais, lembre-se sempre que Deus sempre vela pela sua palavra para fazê-la cumprir.
[9] Uma arma poderosa para enfrentar todo tipo de aflição, é o conhecimento da palavra de Deus. Cristo venceu o Diabo pela palavra na tentação do deserto. Não é pedindo fé que vamos receber fé, e sim compreendendo que a fé vem pelo ouvir e o ouvir a palavra de Deus. Os apóstolos do Senhor tiveram grandes êxitos, porque aprenderam com Ele durante o seu tempo de ministério. Israel pereceu por falta de conhecimento, embora alertados pelos profetas não se preocuparam em buscar e prosseguir no conhecimento do Senhor e isso os fez andar no caminho do pecado e da desobediência até entrarem no juízo divino caindo e sendo destruídos nas mãos dos assírios. A igreja que quer ser verdadeiramente militante não pode se descuidar dos ensinamentos doutrinários que são essenciais para sermos produtivos no reino de Deus. A falta desses ensinamentos provoca grandes prejuízos espirituais deixando muitas almas sem o cuidado e preparo para que possam ter forças para superar situações aflitivas.
[10] Jesus previra o que iria acontecer após a sua prisão e caminhada para a cruz. Seria o abandono que sofreria pelos discípulos que acovardados e assustados não estariam presentes no cenário da via sacra, mas algo surpreendente aconteceu, pois as mulheres foram mais corajosas e a bíblia diz que elas o seguiam de longe, porém não O perdiam de vista acompanhando todo o seu sofrimento. Com todo esse abandono Jesus em nenhum momento se sentiu só, pois Ele tinha a certeza que o Pai estaria com Ele em todos os momentos. Somente no momento mais crucial quando Jesus num momento de extrema agonia expressa as palavras “Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste”. Naquele instante Ele se sentiu abandonado, na realidade era a ausência do Espírito Santo que precisou se retirar de Jesus, porque Ele tinha que vencer aquela última etapa totalmente só. Porém rapidamente Ele se recuperou para dizer... está consumado. Nunca diga que está se sentido só ou abandonado, isso seria não dar crédito a palavra de Deus que garante a Sua presença e o seu amparo em qualquer situação que tenhamos que enfrentar em todos os momentos da nossa vida.
[11] Lembremos sempre que o Senhor nos promete sempre amor, paz e alegria e também nos assegura que a força dele também é a nossa e nos certifica que sempre completaremos a nossa missão por mais difícil e complicada que possa ser As circunstâncias adversas sempre irão acompanhar todos os que levam a sério o compromisso a qual estão engajados no contexto de reino de Deus. É verdade que em muitas situações ficamos deveras com alguma ou muita preocupação. Isso faz parte da nossa natureza humana e Jesus que passou por tudo isso e muito mais, sabe que não é fácil superar determinadas dificuldades. O que precisamos entender e crer, é que tudo que passamos sempre será temporário, porque quem está em Cristo nunca sentirá o sabor da derrota, muito pelo contrário, sempre iremos saborear vitórias. O apóstolo Paulo passou por situações extremas de dificuldades em todos os sentidos, porém nada o detinha como a tribulação, angústia, perseguição, fome, nudez, perigo, ou espadas poderiam separá-lo do amor de Cristo e isso lhe dava animo para dizer com ênfase que em todas essas coisas somos mais do que vencedores em Cristo Jesus. Assim também podemos dizer que somos mais que vencedores quando começarmos a superar todas as adversidades sem qualquer expressão que venha desagradar a Deus. Lembre-se que a alegria do Senhor é a nossa força.

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2) Esforçar-se para conduzir pessoas a Cristo e, quando possível, estar em paz e comunhão com os irmãos (Hb 12.14), exceto quando estes se enquadrarem em 1 Coríntios 5.11.
3) Defender a verdade do Evangelho, mas com mansidão e temor (Fp 1.16; Gl 1.8; 1 Pe 3.15).
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5) Estar preparado para o Arrebatamento da Igreja (1 Jo 3.1-3; 1 Ts 5.23).
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